Capítulo 7

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9 meses depois

6 de Abril de 2008

Mãe- Vamos logo, se fosse você que estivesse começando a sentir as primeiras contrações e ainda fosse ficar internado por uma semana já estariam lá no hospital né ?- disse apressada para meu pai que como sempre agia como se nada estivesse acontecendo

Pai- Eita exagero, o bebê vai nascer no tempo previsto, agora que as contrações começaram, não tem nenhum risco, e ainda vai ser normal, o que vai te livrar de uma semana internada como diz você, então se acalme - disse tranquilo

Mãe- Calma nada, o Sam já tá se contorcendo pra sair daqui, eu não estou aguentando mais, queria ver se fosse você, não ia aguentar nem a mais fraca das  contrações - olhou em volta - Cadê a mala de roupa ? E a Cindy ? Olha ai tá vendo ? Até quando eu vou dar à luz eu tenho que lembrar das coisas! Por Deus.- reclamou

Meu pai, agora vendo o a dor que minha mãe sentira, começou a correr pela casa procurando a mala de roupa. Eu estava calçando minha sandália quando ele passa correndo e pisa em um dos meus pés, massacrando meu dedinho.

Eu - Aaaaaiiiii - disse sentindo a terrível dor

Por que uma coisa tão pequena faz com que o corpo todo sofra ? Meu Deus, pra que tanta dor ?
Pois é, até eu sofro

Pai- Oh minha filha me perdoe, papai está louco atrás da bolsa de roupas do Sam, sua mãe tá pra dá um trosso e...

Ele e sua mania de falar na segunda pessoa
Pra que isso ? Não faz sentido.
Também acho, mas ele num liga

Eu- Esquece papai, olha, a bolsa está aqui - disse lhe entregando a bolsa que estava atrás de mim

Pai- Oh minha filha...

Eu- Tudo bem papai, agora vamos logo que o senhor ainda tem que me deixar na casa da vovó.

Pai- Tem razão, vamos logo.

Saimos de casa, com minha mãe berrando no carro de dor (agora sabem de quem peguei o drama ). Chegamos na casa da minha vó, e meu pai saiu em disparada, rumo ao hospital.

Autora on

Ao chegar no hospital, Clarice foi atendida imediatamente, pois a dor aumentara tanto, que o médico a analisou e descobriu que seu parto seria de alto risco, o médico avisou - lhe que infelizmente ela e o bebê corriam perigo de VIDA, e que a solução seria apenas um milagre. Estava previsto um parto normal, mas pelas complicações, optaram pela cesariana aproveitando a situação e a ligando, para não que não desse mais filhos, pois seu organismo não suportaria mais.

Entrando na sala de cirurgia e esmagando a mão de Jack, Clarice orou:

Clarice- Pai, o senhor sabe que o meu desejo é que nada de ruim comigo e com meu filho, mas faça a tua vontade, se esse filho realmente for da tua vontade, nada de ruim vai nos acontecer.

Estavam em casa, vó Mare, vô Roberth, Cindy, Rick e os tios Luci, Anne, Carl e Dennis, aguardavam notícias por um telefonema do Jack, orando à espera de um milagre.


Então começou o parto, no silêncio do hospital, só podiam se ouvir os gritos de Clarice que logo foram calados pela enorme injeção anestésica, a tensão tomou de conta da sala, só podiam se ouvir os "bips" das batidas do coração de Clarice, então, quando todos menos esperavam, ouviu - se um berro agudo, Sam conseguira nascer vivo, o alívio tomou de conta da feição de todos que ouviram seu grito, Jack não parava de chorar, e Clarice, ainda desacordada, também estava sã e salva.

Após a outra cirurgia, Jack saiu da sala com um sorriso estampado no rosto, não perdeu tempo e foi ligar para seus parentes, para dar a boa notícia. A festa foi grande na casa da vó Mare, só se ouviam Glória e Aleuia em agradecimento, Deus ouviu o clamor do seu povo e deu o milagre.

Autora off

Mais tarde...

Cindy- Meu Deus, como eu te amo, meu irmão e minha mãe estão bem, muito obrigada meu pai.

Vó Mare- Cindy, vamos logo.

Cindy- Hã ? Como assim ? Nós vamos pra onde ?

Vó Mare- Pelo amor de Deus Cindy, eu te falei, vamos pro hospital ver teu irmão.

Cindy- Perdão vovó, estava intertida orando.

Vó Mare- Ata, tudo bem, mas ande logo.

Cindy- Tudo bem.

Saimos todos juntos de casa, fomos ver o novo membro da família, meu irmão está bem, eu não podia acreditar que nossas orações foram ouvidas, mais uma vez. Deus é fiel.

Chegamos no hospital e eu saí correndo em direção à recepcionista perguntando sobre minha mãe.

Cindy- Mossa, tem como me informar onde está Clarice Laurence ?

Xxx- E você quem é ? - disse com desdém

Vó Mare- Filha dela - disse do nada

A mossa pareceu assustada pelo tom de voz ameaçador da minha vó, então abaixou a cabeça com vergonha

Xxx- Quarto 303 no segundo andar, depois segue direto e vira à direita

Eu- Ah, obrigada.

Pegamos o elevador e assim que abriu, saí correndo no corredor, até avistar meu pai sentado em uma das poltronas dormindo.

Eu- Ei papai, acorda.

Pai- O-oi minha filha, que bom que veio. - disse coçando os olhos - já viu seu irmão ?

Cindy- Vou lá agora.

Pai- É ali - apontou

Respirei fundo e fui em direção ao quarto, assim que entrei vi minha mãe o amamentado

Eu- Mamãe ?

Mãe- Oi minha filha - disse parecendo cansada

Eu- Tudo bem com senhora ? E com o Sam?

Mãe- Está sim Cindy, quer pegar ?

Eu- Claro

Pegar aquela coisinha branca, careca tão frágil, foi algo indescritível, foi maravilhoso, senti que poderia protegê-lo do mundo. Mas infelizmente minha alegria foi desfeita quando uma enfermeira entrou

Xxx- Menina, acabou seu tempo, chegou a vez da sua vó.

Eu- Aff, tudo bem - entreguei ele e saí

Assim que saí do quarto, vi meu pai conversando com o médico, e sua cara não estava nada boa. Cheguei mais perto quando o médico saiu, meu pai se sentou com as mãos na cabeça, expirando um forte e abafado - Não pode ser!

Eu- Papai, o que o médico te disse ?

Ele olhou pra mim assustado, como se estivesse procurando as palavras certas pra falar comigo, eu nunca tinha visto o olhar do meu pai tão amedrontado, quanto naquele momento.

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Cinderela, uma história sem magia. [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora