Maya Price

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3º dia em Buenos Aires.
Hoje fomos explorar o último andar da livraria, saindo de lá, Sam me levou a uma praça, onde tinha flores de inúmeras cores, formas e tamanhos.
Eram 16:00 horas, sentamos no banco que havia no meio da praça, encostei a cabeça no ombro do Sam.
Senti que era aqui e agora, tinha que contar o que vinha me perturbando.
- Tenho 3 semanas.— Disse já chorando.
- Como assim?— Perguntou Sam confuso.
- O médico disse que tenho 3 semanas.
Ele não fala nada, aquele silêncio me parte o coração mas entendo e acima de tudo respeito sua dor.
- Você só pode estar brincando, Maya eu não posso te perder.— Fala ele por sua vez, chorando muito.
- Eu daria tudo pra poder dizer-lhe que é apenas uma brincadeira, eu sei o quanto dói querido.
- Maya...
- Não precisa falar nada, eu só te amo...
Sinto que ele fica arrasado, me questiono sobre ter contado, se não tivesse cometido tal ato, ele estaria feliz agora.
Voltamos ao hotel, desde a praça, Sam não desgruda de mim.
- Sam, precisamos conversar.
E senta na ponta da cama, tenho que encara-lo e isso dói.
- Sam, eu não quero que se prive do mundo.
- Onde quer chegar?!
- Me prometa que vai amar novamente, quando eu partir.
- Maya, não posso te prometer uma coisa que não vou cumprir.
- Sam, porfavor me prometa.
- Maya, desculpe eu não posso, você é simplesmente o amor da minha vida, não poderei, nem conseguirei amar outra pessoa.
- Sam, não se prive do mundo, se permita amar outra, se permita ser feliz quando eu for, ao menos prometa-me que vai tentar.
- Eu prometo.
- Sam, olhe nos meus olhos e me prometa.
- Eu prometo que vou tentar Maya.
O abraço e deixamos que as lágrimas caiam.

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