Um Bom Lutador.
Capítulo 1
Quinze dias atrás..
_Você não vai dizer nada!.
Olho para Letícia e eu vejo como seus olhos estão semicerrados,isso queria dizer que ela realmente estava a falar sério,tão sério quanto a chuva que caia la fora,a mesma chuva que molhava telhados calçadas e asfaltos de Las Vegas, eu havia acabado de vencer a minha décima terceira luta, e eu estava satisfeito com o resultado,e por que eu não estaria 13lutas nenhuma derrota,"O fera indomável"era assim que alguns dos meus fãs estavam me chamando agora,e de certa forma eu gostava daquilo,da fama,do dinheiro, do sucesso de ser Eu,das mulheres, mais mesmo que eu tivesse vontade de me juntar aos outros caras da minha equipe,beber e jogar, eu estava preso em meu quarto de hotel,uma suíte para falar a verdade,a mesma em que eu ficava todas as vezes em que eu fazia minhas lutas na cidade,a mesma suíte que me dava uma boa visão de Las Vegas do alto, eu amava altura,as vezes somente a sensação de queda me atraía,ser quem eu era, me dava a sensação de queda as vezes.Mais hoje eu não estou la embaixo,no térreo no casino bebendo e jogando como os outros,procurando alguma mulher onde eu pudesse me enterrar por inteiro numa tentativa frustrada de esquecer meus problemas.
Problemas esse que a minha irmã,minha querida irmã,aquela por quem eu mataria e morreria trouxera a tona.E agora mais do que nunca eu queria sair daquele quarto de hotel e beber,e foder uma mulher qualquer,qualquer uma.Desde que eu não tivesse de ligar na manhã seguinte, mais no momento o uísque que havia disposto sobre o bar da suíte onde eu ficava teria de servir.
Levei o líquido em direção a minha boca e bebi metade do copo em um gole só,esperei que o líquido descesse sobre a minha garganta e finalmente olhei para a minha irmã,olhei diretamente para ela,dentro dos mesmos olhos da mulher a quem ela estava defendendo.
_O quê você quer que eu faça exatamente,Lety?_Pergunto a ela,torcendo para que ela caia em si e esqueça de tudo o que ela acabou de me dizer.
Mais isso não acontece,ela realmente me disse o que eu escutei da primeira vez._Eu quero..._Ela engoli em seco e eu sei que ela sabe o quanto é difícil para mim,aceitar o que ela me pediu_Quero que você a ajude!_Conclui finalmente e ela passa a língua por cima dos lábios volumosos outra marca que fazia com que ela se parecesse tanto com a nossa mãe.
_E por que eu a ajudaria?_Pergunto enchendo mais uma vez o copo de uísque.
_Por que ela é nossa mãe,Cruz!_Letícia responde e eu me viro na direção dela uma única vez.
_Ela é sua mãe,não minha,e eu não entendo por que você se importa tanto com ela depois de tudo o que ela nos fez_Faço uma pausa e tento controlar a minha respiração_O que ela lhe fez!.
Digo fazendo com que os olhos de Letícia fiquem arregalados.
_Cruz eu sei que você a odeia,por tudo o que ela nos fez mais...mais_gagueja_Ela é nossa mãe,é por ela que nos estamos aqui,é por ela que estamos...vivos.
_Não é por ela que estamos vivos,não é por ela que podemos respirar está bem, ela nunca se importou com a gente,a única coisa que importa de verdade para aquela mulher é a bebida e o pau onde ela poderá enfiar a buceta dela durante o dia!_Sei que estou gritando agora mais não me importo,ela não se importou quando tentou vender Letícia, em troca de bebida, ela não se importou em todas as vezes em que ela deixou eu e Letícia sozinhos em casa, sem água e sem comida durante dois dias.
Ela não era uma mãe, ela era...não me importava o que ela era,não me importava o que ela estava fazendo,não me importava sequer saber que ela estava viva.
_Então você não...não vai ajudá-la!?_A voz de Letícia implorando para que eu ajude aquela mulher é suficiente para eu me quebrar.
_Não!_Digo a ela com firmeza_Não irei ajudá-la e você deveria esquecer que ela existe.
_Eu não posso Cruz!_Leticia seca uma lágrima solitária em seu rosto e eu sei que eu a magoo por não ajudar aquela maldita mulher mais eu não posso,quase perdi Letícia por culpa dela,entendo até mesmo o fato de Letícia perdoar aquela mulher com facilidade mais eu não posso,talvez eu dela egoísta afinal de contas,cruel talvez, mais eu luto comigo mesmo desde que eu tinha doze anos, eu fui o pai de Letícia enquanto a nossa mãe,saia para foder um homem qualquer em troca de bebidas._Sei que você não pode perdoar a nossa mãe, mais eu não sou sem coração como você, ela está morrendo e precisa de ajuda, eu pensei que você pudesse, perdoar tudo o que ela nos fez e me ajudar, mais eu me esqueci de como você é,sem coração afinal de contas.
Antes que eu possa me controlar seguro no braço de Letícia e aviso com força.
_Nunca mais repita isso,nunca mais diga que eu não tenho um coração,por que eu amo você, mais não diga que eu não tenho um coração,quando ele bate em meu peito todos os dias,eu fiz uma promessa quando tinha doze anos de que eu protegeria você.Só você_Faço uma pausa então aviso_Mais não peça para que eu ajude uma mulher como aquela,pois ela não merece.
Letícia olha para a minha mão agarrada em seu braço e eu a solto,Letícia se afasta de mim e então avisa.
_Eu irei ajudá-la,Cruz, Eu...eu espero que você entenda.
Saio de perto de Letícia e mais uma vez sigo em direção ao bar da minha suíte e mais uma vez encho o copo com o uísque.
_Faça o que você quiser._Digo sem olhar na direção de Letícia.
Logo em seguida a porta se fecha,essa foi a última vez em que eu de fato conversei com Letícia já que depois daquela noite ela não voltou para casa.
Dias atuais.
_Ela vai ficar bem,Cruz,acredite!.
A voz de Cristian meu empresário faz com que eu desvie meu olhar do corpo imóvel de Letícia pela primeira vez.
Ela não se parece com a Letícia que eu vi dias antes,o rosto branco se encontra com um machucado sobre o lado esquerdo do rosto,a cabeça está coberta por uma faixa branca,uma máscara de oxigênio cobre seu rosto,e vários fios estão presos a seu corpo enquanto o sol do bipe do aparelho ao lado da cama é a única coisa que me indica que a minha irmã está viva,desvio meu olhar do corpo imóvel da minha irmã e recebo o copo de café que Cristian me ofereceu,o líquido forte desce pela minha garganta,e eu me lembro que a pergunta de Cristian ficou sem resposta,olho para o corpo de Letícia e aviso olhando para meu empresário e melhor amigo deseja de fato ouvir.
_Quando é a próxima luta.
Capítulo um.
Prontinho e concluído para vocês.
Gosta dessa história votem e comentem me dêem a opinião sobre elas beijos e até a próxima.Ps:Capítulo não revisado você pode encontrar possíveis erros nele.
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Um Bom Lutador.
ChickLitPara Cruz Wolts a vida era um ringue em que ele precisava lutar se quisesse continuar a ser ele mesmo. Cruz nunca foi o suficiente para ninguém,a mãe era uma alcoólatra e a irmã, a única a quem ele poderia chamar de família se encontra internada em...