Apenas Um Amor ...

"O Guarda - Costas"

Descia eu, Lawanny e Thabita para a casa de Felipe, tinha um almoço pra diretoria do nosso clube.
Quando chegamos na casa dele, só estava Felipe. Os outros ainda não tinham chegado. Ficamos brincando com o cachorrindo dele.
De repente, ouvimos bater no portão.
  - Pode ir abrir, Felipe? - eu disse.
  - Pode sim. Deve ser o Elias.
Elias era um "cachorrinho" que vivia atrás e fazendo tudo o que o Felipe queria.
Abri o portão e era ele. Ele entrou com a moto e estacionou.
  - Oi Larissa. Tudo bem? - disse Elias com aquela voz nojenta. Ele estendeu o braço pra me cumprimentar e a apertei, só para não para ser grossa.
  - Oi Elias. Estava bem. - eu disse com cara de falsa.
Entrei junto com ele e vi Lawanny chamando Thabita pra ir buscar Geovanna. Eu acabei indo junto. Não ia ficar lá pra atrapalhar o "casal".
Depois que voltamos, Lucas, Paulo, Geovanny, Daniel e Jhonatan já estavam lá. Felipe estava desesperado.
  - Que foi Felipe? - eu perguntei
  - Preciso de copo e colher descartável. - ele disse.
- Lá em casa tem. - Lawanny disse. - Larissa, vai lá em casa pegar.
  - Quem vai me levar? - eu perguntei.
  - Elias, leva a Larissa lá na casa dela pra pegar umas coisas pro almoço. - disse Felipe a Elias.
  - Pega o capacete ali. - disse Elias, apontando para o capacete no chão perto da porta.
E assim fiz. Elias colocou a moto pra fora e vi Lucas o acompanhando. Pensei que ele ia sair também. Montei na moto, Elias começou a dirigir e vi Lucas nos acompanhando.
  - Uai Lucas. Por que está vindo junto?
  - Não é pra eu ir não? - disse ele meio abafado por causa do capacete, freiando a moto em que ele estava.
Pensei " nossa Larissa, deixa de ser burra. Deixa ele ir junto. Melhor pra você."
  - Claro. Vamos logo.
Ele acelerou a moto e nos seguiu. Eu olhava pra trás pra ver se ele ainda estava vindo.
Quando cheguei em casa, mamãe abriu o portão, lhe entreguei o capacete e ela ficou conversando com os meninos. Enquanto isso, fui procurar os copos e as colheres descartáveis. Depois que achei, fui correndo para o portão.
  - Precisava de dois, Larissa? - disse mamãe rindo.
  - Claro. Meus guarda-costas uai. - eu disse com um sorriso malicioso no rosto. Peguei o capacete e lhe dei um beijo.
  - Cuida bem da minha filha. - disse mamãe.
  - Pode deixa tia. - disse Lucas.
Montei na moto de Lucas.
  - Uai? - disse Elias. Parecia confuso.
  - Vou com ele Elias. Vá na frente. - ele deu de ombros e me obedeceu.
Lucas me encarou e eu disse:
  - Não olha pra mim desse jeito. Nunca andei com você de moto. E o Elias é meio doido. Vou com você que é melhor.
  - Eu não disse nada, só te olhei.
  - Seu olhar já me fez a pergunta. -
  - Então se segura. - disse Lucas sorrindo.
Coloquei as mãos em seus ombros e me segurei. Ele ligou a moto e seguimos. Em uma parte do caminho, senti um buraco e pensei que ia cair. Acabei colocando uma das mãos em seu abdômen, assustada, "sem querer querendo". Ele me olhou pelo retrovisor, sorriu e pegou a mão que ainda estava em seu ombro e a colocou junto da outro. Eu só sorri de volta e deixei do jeito que estava. Dava para sentir seu tanquinho e sua cintura.
Quando chegamos na casa de Felipe, desci da moto e entramos. Devolvi o capacete e vi que Udson, Bianca, Simon, Ricardo e Juliana haviam chegado, só estava esperando nós chegarmos. Entreguei os copos e as colheres para Felipe.
  - Larissa? Dois? - disse Udson surpreso.
  - Claro querido. Comigo não tem essa de ser só um não. - eu respondi entrando na brincadeira.
  - Tá demais hein?! - disse Udson. - Demorou demais com eles. Precisava dos dois?
  - Era só o Elias, mas Lucas quis vim junto. Eu fui com Elias e voltei com Lucas.
  - E como você se segurou neles? - perguntou Udson ainda mais curioso.
Felipe começou a orar pelo alimento. Depois da oração, Udson me olhou esperando a resposta.
  - Com o Elias foi nos ombros foi em cima e com Lucas foi embaixo.
Todos começaram a rir e zombar da gente. Só fiquei rindo. Não tinha mais como eu colocar lenha na fogueira, então deixei com eles.
Na hora de comermos, Lucas, Jhonatan, Daniel, Paulo e Geovanny sentaram na cama de Felipe e eu na cadeira. Lawanny, Thabita e Geovanna sentaram no chão mesmo. Zombaram de mim e do Lucas, brincamos e rimos muito.
Depois do almoço, tinha açaí de sobremesa. Todos comemos, tiramos fotos, cantamos e brincamos uns com os outros de novo. Até que Geovanny, Daniel, Paulo e Elias cochilaram na cama de Felipe.
Sai do quarto e começaram a gritar lá dentro. Udson, Bianca, Jhonatan, Ricardo, Juliana e Simon se despediram e foram pra casa. Paulo saiu do quarto e sentou no sofá em que eu, Thabita, Geovanna e Lawanny estávamos.
Ele pegou um travesseiro, colocou no meu colo e deitou. Instantaneamente, coloquei a mão em seu cabelo e comecei a fazer cafuné. Lucas veio e sentou ao meu lado.
  - Larissa, seu cafuné é muito bom. - disse Paulo, quase durmindo.
  - Obrigada Paulo. - Agradeci e apertei suas bochechas.
  - Já experimentou Lucas? Você não faz ideia do tanto que é bom.
  - Não exagera, né Paulo? - eu falei criticando.
  - Fica de boa, Paulo. Oportunidades não vão me faltar. - disse Lucas.
Parei de fazer o cafuné em Paulo, ele virou o rosto pra mim e nos encaramos. Olhei para Lucas e ele me olhou de volta. Eu dei um pequeno sorriso e ele fez o mesmo. Senti meu rosto ficar quente (droga, estava ficando vermelha). Virei o rosto de Paulo e voltei a fazer o cafuné.

O que Lucas quis dizer com aquilo? Uma indireta direta entregue, vista e guardada com sucesso.