Aqueles Problemas

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Depressão era aquele problema.

Nunca ia embora, aquela cápsula de melancolia.

Meu coração quebrado, o cérebro em folia. 

Seria possível encontrar-se em paz plena? 

Os cortes levavam a mágoa para um lugar longe. 

As cicatrizes deixavam o sangue nas veias; pulsando.

Tum, Tum.

Mas, as cicatrizes não iriam para outro mundo. 

Dizem que é só deixar a felicidade entrar.

Mas eu deixei ela cair no fundo, no fundo.

No fundo do buraco negro de solidão.

Só eu, flutuando, e a escuridão.

Se luz entra, ela não sai. 

Comecei a fazer poemas.

Tive depressão duas vezes, 

E nenhuma delas me derrubou.

Todos tem seus lemas,

O meu é não deixar a cor dentro de mim morrer. 

E então eu pintei meu cabelo de azul. 

E eu parei de correr.

Já estava suando, exausto.

Libertei-me em uma explosão de aquarelas,

Em vermelho, laranja, e faixas amarelas.

Verde, azul e roxo, respectivamente. 

Seu cérebro pode apodrecer, 

Mas não abandone sua mente.

Ela me deixou respirando. 

Todos temos aqueles problemas.

E dilemas. 

Aqueles problemas.  



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