Eu juro que todos os dias chego mais perto do adeus. Estou me esforçando, porque já percebi que só pela minha presença, te estrago. Essa talvez seja uma das coisas mais difíceis que se pode fazer: deixar alguém que se ama, livre para amar outro. Nossas escolhas são concretizadas em um milésimo de tempo. Uma piscada. Uma respiração. E elas mudam tudo.
Ás vezes representam uma pequena coisa, outras, milhares. E o peso depende de uma pra outra. Escolhas grandes possuem pesos maiores, difíceis de serem carregadas. Mas nós as levamos como bagagens, pequenas bolsas, malas, malões, pastas, cargas.
Me pergunto se somos os aviões. Lotados de sonhos e esperanças, tristezas e... bagagens. Quem sabe por isso nada seja simples. São muitos comandos. Muitos botões. E se apertarmos os botões errados?
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Crônicas de uma meia-idade na adolescência
Não FicçãoNada melhor do que um desabafo para desconstruir padrões. Crônicas, de uma pessoa no mínimo esforçada.