《Sem revisão》
Ela está na minha frente, seu vestido branco esvoaçantes ao vento, ela estendia a mão para mim e pedia:
- Me ajuda, por favor! - uma pequena lágrima descia dos olhos castanhos exatamente iguais aos meus.
-Como eu posso lhe ajudar mãe? Me diz - ela não responde somente ficou com a mão estendida para mim
Eu tinha medo de me aproximar, não medo dela, mas sim, por que todas as vezes que eu chegava perto, ela desaparecia.
E a cena se repetia como em um pesadelo sem fim.-Me ajuda! Nádia me ajuda- ela suplicou novamente.
Ela começou a desaparecer na névoa da floresta, eu finalmente corri até ela, quando pus minhas mãos sobre as suas, ela desapareceu.
Eu acordei, minha pele coberta de suor, olhei ao redor para me orientar, meu subconsciente ainda me dizia que eu estava na floresta atrás da minha casa, mas ao invés disso me encontrava no meu quarto.
Sentei, amarrei os cabelos em um rabo de cavalo, desci até a cozinha peguei um copo com água e meu comprimido matinal para enxaqueca, estava começando a amanhecer lá fora, o relógio marcava 5h45 da manhã.
- O sonho de sempre? - pergunta minha avó atrás de mim, levei um tremendo susto e quase deixei cair o copo d'água.
-Como a senhora consegue fazer isso?- perguntei levando a mão ao peito para me acalmar.
-Fazer o que? - pergunta ela inocente, sua velha camisola esvoaçava enquanto ela andava pelo ambiente.
-Aparecer tão silenciosamente - acusei.
-Eu não sei apenas faço. Mais você não respondeu minha pergunta, foi o mesmo sonho?
-Foi, sempre o mesmo nunca muda, e eu nem sei porque eu os tenho, nem conheci minha mãe, mas parece tão... real - passei a mão no rosto, meus olhos ardia da noite mau dormida - eu queria entender porque ela pede minha ajuda, será que ela sofreu muito quando morreu?
Minha avó não olhou para mim quando respondeu.
-Eu não sei, espero que não! - ela me serviu uma xícara de café fumegante. - tenta esquecer, isso não é bom nem para você e nem para ela onde quer que ela esteja.
- A senhora sabe que eu não acredito nessas coisas de céu e inferno, então pra mim ela não está em lugar nenhum! - disse enquanto saboreava a bebida deliciosa.
- Mais devia acreditar porque essas coisas existem Nádia. - ela passou a mão pelo meu cabelo, seu toque era tão reconfortante, suave e carinhoso.
- Talvez eu seja incrédula demais!- respondi para agrada-lá.
Eu tinha tanto medo de perder minha avó, que nem gostava de deixar ela sozinha. Ela parecia tão frágil ultimamente, sua pele mais enrugada seus cabelos mais brancos , os anos passavam tão rápido para pessoas boas como ela.
- Vó tem certeza que pode ficar sozinha?
- não se preocupe comigo querida, estou velha mais ainda sou forte! - disse ela rindo - acho melhor você ir se arrumar, ou vai chegar atrasada na escola.
-está bem! - concordei levantando da mesa.
- quer que eu prepare um sanduíche para vc levar?
-Não precisa eu compro por lá mesmo.
Depois de vinte minutos eu já estava arrumada e a caminho da parada de ônibus.
Como morávamos longe da cidade, eu tenho que sair mais cedo que a maioria dos outros alunos.
Meus amigos sempre dizem que sou louca por morar tão longe de tudo, mas eu gosto do silêncio e minha avó também.
E lojas e boates nunca foram muito meu estilo mesmo.O ônibus passou dez minutos depois, ele não estava cheio, sentei na ótima cadeira, pus meus fones de ouvido e coloquei em uma música aleatória.
Fiquei tão distraída que não vi que tinham sentado ao meu lado, chegou a minha parada me virei e dei de cara com com um garoto lindo, ele sorriu pra mim mostrando seus dentes perfeitos, seus olhos brilharam por baixo do boné.
- Você vai descer?- ele perguntou, seus olhos eram tão impressionantes que fiquei meio sem palavras, ele continuou me olhando esperando a resposta.
Que cor eram mesmo? No primeiro instante achei que eram negros mas um raio de sol iluminou seus rostos e pude perceber que na verdade eram de um verde muito fechado, totalmente incomum.
- Sim!- Foi a única coisa que saiu da minha boca, apesar da minha pressa permaneci sentada, até que ele levantou para que eu saísse, ao passar por ele vi uma carta na mão dele estava escrito o nome da minha escola.
# esse é o primeiro capítulo do meu livro. Se vocês gostaram por favor deixe sua ☆ ela significa muito pra mim, e também não esqueçam de comentar 😊
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A Bruxa de Asas
ФэнтезиE se você tivesse uma vida muito boa, com amigos normais, uma boa casa e uma avó amada. E se de uma hora para outra tudo desmoronasse, e descobrisse que o mundo não era bem o que parece? Segredos revelados, escolhas a serem feitas, descobertas div...