Capítulo 2 ❤

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- Então ainda não falou com ele?

- Hum? - Anahí Puente continuou a trabalhar em sua mesa de desenho, marcando traços divisores no papel com uma experiência adquirida ao longo de anos.

- De quem você está falando?

Seguiu-se um longo suspiro de censura. Ao ouvi-lo, Anahí teve de se esforçar para não rir. Conhecia muito bem Dulce Maria, sua vizinha do andar de baixo, e sabia exatamente sobre "quem" ela estava falando.

- Do irresistível sr. Misterioso do 3B, Anny. Ele se mudou para cá há uma semana e ainda não trocou uma palavra com ninguém! É mistério demais para mim. Seu apartamento fica bem em frente ao dele e você nem tentou dizer "Olá"? Pelo amor de Deus, mulher! Você precisa fazer alguma coisa!

- Tenho andado muito ocupada ultimamente. - Anahí levantou a vista e arriscou olhar para Dulce, que estava andando pelo estúdio com ar impaciente, fazendo os cabelos ruivos balançarem com veemência.

- Mal notei a presença dele.

Dulce revirou os olhos, parecendo não acreditar no que estava ouvindo.

- Não me venha com essa história, Anny. Notou a presença dele, sim.

Dulce se aproximou da mesa de desenhos e inclinou-se por cima do ombro da amiga, então torceu o nariz. Nada além de algumas linhas azuis. Gostava mais quando Anahí começava a esboçar as figuras.

- Ele ainda nem pôs o sobrenome na caixa do correio. E ninguém o vê sair do prédio durante o dia. Nem mesmo a sra. Wolinsky, e olha que ninguém escapa daquele olhar de falcão.

- Talvez ele seja um vampiro.

- Uau... - Intrigada com a idéia, Dulce apertou os lábios. - Sabe que essa hipótese seria mesmo excitante?

- Excitante demais - anuiu Anahí, voltando a se concentrar no desenho, enquanto Dulce retomava sua caminhada impaciente pelo estúdio, falando sem parar.

Anahí nunca se importara em ter companhia enquanto trabalhava. Na verdade, até gostava disso. Não era do tipo que gostava de isolamento e quietude. Talvez por esse motivo se sentisse tão feliz vivendo em Nova York, em um prédio de apartamentos cheio de vizinhos animados e, quase sempre, muito barulhentos.

Aquele tipo de coisa a satisfazia não apenas em nível pessoal, mas também servia de base para seu próprio trabalho.

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Está ai, meninas ,espero que gostem . Me fale o que estão achando . Beijos ,e até à próxima 😘

Um vizinho perfeito- Adaptada.Onde histórias criam vida. Descubra agora