Capítulo 1 - Goodbye St. Michaels

12K 505 369
                                    

Oi oi oi gente, como vocês estão? Espero que estejam bem!

Depois de meses enrolando, eu finalmente decidi passar minha primeira história pra cá. Espero que vocês gostem, se divirtam, se emocionem, etc etc etc.

Erros ortográficos corrijo depois!



Point of view – Camila Cabello

Meu nome é Camila Cabello, moro em St. Michaels, tenho 16 anos e duas melhores amigas, Ally e Dinah. Até agora pareço ter uma vida normal né? Pois é, eu não tenho. Minha mãe tem Alzheimer e desde que descobrimos, a vida de ninguém dessa casa é normal. Conseguimos um tratamento em Miami para ela, então, hoje à noite, iremos nos mudar pra lá. Eu detestei a ideia, mas é a saúde da minha mãe que está em risco, então eu encaro o desafio.

Moro em St. Michaels desde que nasci, um lugar onde não temos um shopping e nem aquele lugar que os jovens vão pra dançar, acho que se chama balada, não tenho certeza. Um lugar onde se vivem apenas mil e oito pessoas, mas mesmo assim consegue ser o melhor lugar do mundo.

Todo mundo conhece todo mundo... Ou pelo menos reconhece o rosto. Todos são simpáticos uns com os outros e quase não existe violência. Eu amo aqui, mas infelizmente aqui não tem um tratamento adequado para minha mãe e da última vez o médico deixou bem claro a situação pra mim e pro meu pai. Ele disse: "Se não começarem o tratamento dela imediatamente, eu sinto muito, mas ela irá piorar e acabar se esquecendo até da própria filha." Isso foi o fim pra nós e por isso fomos em busca de um tratamento bom para minha mãe e conseguimos, em Miami, mas conseguimos.

Iremos pegar estrada às oito horas da noite. Agora já são duas da tarde, o dia está voando e até agora não consegui levantar da minha cama, mas como meu pai sempre me disse: "Enfrente sua realidade seja ela qual for" e é isso que tentarei fazer de agora em diante.

Levanto-me e coloco um short, pois sempre dormi só de blusa e calcinha, abro a porta do meu quarto e sigo o corredor em direção as escadas, desço e vou para cozinha almoçar, já que não está mais na hora de tomar café da manhã.

– É isso que temos para o almoço? – Pergunto olhando para a caixa de pizza.

– Sim, não queremos tirar nada das caixas, coma e vá terminar de arrumar suas coisas. – Disse meu pai enquanto terminava de lacrar uma caixa.

Termino de comer e vou para o meu quarto terminar de arrumar minhas coisas. Ainda falta embalar os enfeites e os porta-retratos que tenho. Enquanto coloco tudo em uma caixa começo a chorar, pois lembro que talvez eu nunca volte para St. Michaels e isso é de partir o coração.

Depois de terminar tudo, deito em meu colchão - pois a cama também já foi desmontada - e começo a pensar sobre como deve ser Miami e as pessoas de lá. Deve ser todo mundo tão esnobe e cheio de violência, só espero conseguir pelo menos uma amiga lá para que as coisas fiquem mais fáceis.

Falando em amigas, tenho que ir despedir dos meus anjos... Aliás, irei fazer isso agora! Levanto-me e faço o mesmo trajeto de antes, aviso meu pai que estou indo até a casa de Ally e saio. Não demora muito até eu chegar lá, afinal Ally mora na casa ao lado. Bato na porta e ela que vem abrir.

– Então é hoje que vou ter que deixar minha baixinha sozinha. – Falo enquanto tento segurar o choro.

– Ainda não estou acreditando que te perderei hoje. – Ally me abraça com uma força, como se estivesse perdendo o mundo naquele instante.

– Hey, não fala isso, você nunca vai me perder, estou me mudando, mas prometo manter contato. – Tento a acalmar enquanto estamos abraçadas. – Vamos na Dinah comigo?

– Claro. – Ela me solta e eu enxugo uma lágrima sua que havia caído.

Dinah também não mora longe, ela mora do outro lado da rua, em frente minha casa. Atravessamos a rua e batemos em sua porta, Dinah abre a mesma e me abraça.

– Camila, não faz isso.

– Não posso ficar, tenho que ir, já te expliquei. – Nesse momento não consigo segurar o choro e desabo nos braços de Dinah, então Ally me abraça por trás e ficamos abraçadas durante uns cinco minutos, no mínimo.

– Vamos entrar e ver algum filme, vamos nos divertir nessas últimas horas que temos juntas. – Diz Dinah enquanto enxuga minhas lágrimas e depois as dela.

– Só entro se formos ver As aventuras de Gumball. – Diz Ally tentando me animar.

– Mas isso nem é um filme, pequena. – Sorrio para ela.

– Não importa, é muito legal e é melhor que Bob esponja.

– Nunca. – Grita Dinah – Bob esponja é o melhor desenho do mundo, ou melhor, da galáxia.

Começo a rir e as puxo pra dentro, se não aquela discussão iria durar o resto do dia. Quando entramos, eu e Ally cumprimentamos os pais de Dinah e fomos em direção à cozinha enquanto Dinah nos seguia. Fizemos brigadeiro e pipoca, fomos para sala e escolhemos um filme na Netflix. Assistimos Marley e eu e depois O mistério das duas irmãs. Quando olho no relógio já eram sete da noite e eu precisava ir pra casa tomar banho e arrumar para finalmente ir pra Miami.

A despedida foi horrível, ficamos uns vinte minutos abraçadas e chorando, chorando muito, chorando de soluçar. Elas me levaram até a porta de minha casa e eu as prometi nunca as abandonar, conversar com elas todos os dias e nunca, nunca mesmo, perder um aniversário sequer delas. Elas me prometeram a mesma coisa e então eu entrei.

Vou direto para meu quarto, tomo um banho rápido, coloco uma roupa qualquer e desço. Era sete e trinta da noite, meu pai estava terminando de por as coisas no caminhão de mudança e minha mãe estava o ajudando.

Íamos de avião e nossas coisas iriam num caminhão, tinha ficado caro, mas meu pai nem se importou. Depois que ele terminou de colocar tudo no caminhão, entramos no táxi que já estava ali há uns vinte minutos e ele nos levou até o aeroporto. Quando chegamos, meu pai pagou o táxi e fomos em direção ao embarque.

A viagem foi um pouco longa e bem cansativa, fiquei ouvindo música e lendo um livro do Dan Brown chamado Anjos e demônios. Chegamos duas horas da manhã, pegamos um táxi e ele nos levou até o nosso novo endereço. Quando chegamos, a casa estava vazia, afinal nossas coisas só chegariam pela manhã, nos ajeitamos no chão mesmo e dormimos um pouco.

A luz que entrava pela janela era extremamente forte e me acordou... Era a luz do sol. Olho no relógio do meu celular e era oito da manhã. Meus pais já estavam acordados e meu pai já havia ido ao supermercado comprar algo para nós comermos.

Como não tinha como preparar nada, afinal nossas coisas ainda não havia chegado, iria chegar só nove da manhã, meu pai apenas comprou biscoito e refri, então tomamos café tranquilos e ficamos satisfeitos.

Fiquei sentada na escada enquanto esperava minhas coisas chegarem. Quando finalmente chegaram, continuei sentada observando meus pais entrarem com as caixas em casa.

– Vem ajudar, anda. – Pede meu pai enquanto colocava uma caixa no chão.

Levanto-me e vou os ajudar, pego uma caixa e quando viro, percebo que há uma menina no portão da casa ao lado nos observando. Ela era extremamente linda, os olhos dela eram de uma cor que não conseguia identificar, mas eram claros e brilhavam muito.

Vou em direção a minha casa para por a caixa e volto pra pegar mais, havia só mais duas caixas no caminhão. Puxo a caixa pro meu lado e quando vou finalmente pegá-la, sinto uma respiração em meu pescoço e meu corpo todo arrepia.

– Quer ajuda com isso? – Uma voz rouca, feminina e extremamente linda diz isso em meu ouvido, meu corpo se arrepia mais ainda e eu fico sem reação.



Então é isso... Espero que tenham gostado!

Terá capítulo novo toda segunda, quarta e sexta.

Amo vocês ❤

A menina da casa ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora