[𝕽𝖊𝖒𝖆𝖐𝖊]↬𝕷𝖔𝖔𝖐𝖎𝖓𝖌 𝖋𝖔𝖗 𝕵𝖎𝖒𝖎𝖓↫

↬𝕺𝖓𝖊 𝖍𝖚𝖓𝖉𝖗𝖊𝖉 𝖆𝖓𝖉 𝖔𝖓𝖊 𝖉𝖆𝖞𝖘 𝖇𝖊𝖋𝖔𝖗𝖊↫

𝔑𝔞𝔬 𝔢𝔰𝔮𝔲𝔢𝔠𝔞 𝔡𝔢 𝔳𝔬𝔱𝔞𝔯 𝔢 𝔠𝔬𝔪𝔢𝔫𝔱𝔞𝔯!

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𝕄𝕒𝕚𝕤 𝕦𝕞 fim de semana se iniciava na linda e adorável e agora úmida cidade litorânea de Busan. Aqui estava eu, com minha pobre e medíocre alma solitária novamente sozinha no quarto 23. O tão esperado fim de semana extremamente prolongado chegou e como eu não iria pra casa, fiquei na aclamada e bem falada Culver Creek. Para a surpresa geral da nação, Min Yoongi não se encontrava em nosso dormitório. Nem no de Park Jimin; Nem no de Jin, e muito menos no de seu queridíssimo bem falado e vestidoJung Hoseok. Ok, admito que se fosse eu lendo isso, me assustaria com a última informação, mas sim, ele não estava em nenhum dormitório e nem mesmo nas enormes e ainda inexploradas (por mim) dependências da Creek. Ele foi pra casa pois sua mãe estava precisando de ajuda com alguma coisa a qual ele não se deu ao trabalho de contar ao seu ilustre colega de quarto, vulgo eu. Saio de meus pensamentos ao ouvir batidas sutis em minha porta que se sobrepõem aos barulhos da chuva. Me levanto rapidamente, mas paro ao lado da escrivaninha, logo soltando palavras ácidas. Qual é? Eu tava no meu cantinho e vem me atrapalhar no meu dia de paz e sossego?

-Se você, seja lá quem for que estiver atrás desta porta por algum motivo mais inútil que eu, espero que saia daqui neste exato momento sem ao menos exitar!- falei com uma enorme preguiça ao ter levantado do quase-sofá-tão-confortável-e-acolhedor em que me encontrava. Após muitos dias de sol, calor e principalmente suor excessivo, o céu despencou em forma de chuva-de-canivete. Não foi apenas um ou dois dias de chuva esparsas e leves. O céu chorava mais que um acadêmico de engenharia a mais de uma semana sem pausa como se nunca mais fosse parar de despencar água. Como não sou bobo nem nada do tipo, estava deitado placidamente aproveitando minha coberta quentinha mas tive que levantar, pois a pessoa não parava com suas batidas ritimadas na porta escura. Peguei o restante de coragem que ainda tinha e me direcionei a porta, mas de forma demorada. Ao abri-la me deparei com algo, ou melhor, alguém. E bem eu a não esperava que esse alguém específico fosse bater na minha porta tão cedo, visto que seu melhor quase amigo estava fora e não somos realmente amgios, né? Pois bem, um Park-fodidamente-molhado-e-tremendo -Jimin estava estacionado em minha frente. Ele veio, tremendo mais que vara verde para perto e sem ao menos dizer um olá, me abraçou como se não houvesse amanhã e acabou me molhando inteiro, me causando arrepios quando um vento extremamente gelado tomou conta do cômodo vindo da porta. Olhei rapidamente para fora e só se via água e mais água, além de poucos alunos correndo para fugir das grossas gotas. Ainda com ele colado em meu corpo, fechei a porta com um certo esforço e observo seus cabelos acinzentados bagunçados e úmidos mas ainda extremamente cheirosos de encontro ao meu peito.
-E-er, você quer falar o que houve?- pergunto meio incerto. Mas a resposta não vem, apenas escuto um fungar baixinho e o sinto esfregar o rosto em minha camiseta totalmente molhada. -O que aconteceu Jimin? Por quê você está molhado desse jeito?- insisto e ele levanta o rosto, penetrando meu olhar com seus olhos amendoados de um forma tão profunda que me perdi por um segundo. Ele soltou um dos braços que me circundavam e limpou uma pequena lágrima que saíra de seus pequeninos olhos, cortando nossa troca de olhares extremamente reentrante.
-Jungoo-ah e-eu não quero falar sobre isso! Podemos deixar isso de lado por favor, p-pelo menos por agora?- exclama em tom choroso, ainda me encarando e abraçando. O puxo mais para dentro do pequeno dormitório e peço para que ele vá ao banheiro para tomar uma banho quente, afim de não pegar uma friagem ou algo do tipo. O deixo lá dentro e pego uma muda de roupas minhas, que com toda a certeza que possuo ficará grande pro menor. Ouço o chuveiro ser ligado e respiro um pouco aliviado, embora eu imagine que ele possivelmente está se debulhando em lágrimas enquanto a água cai não tão silenciosamente. Após longos e demorados minutos o vejo sair do cubículo, sendo acompanhado por um cheiro gostoso de banho tomado. Ele já estava vestido e usava uma blusa vermelha, que com certeza eu não veria mais nas minhas coisas tão cedo. O silêncio nos cercou e apenas olhávamos para a decoração fajuta de meu quarto. No entanto, a chuva começou a se intensificar e um raio cortou o céu, vindo acompanhado de um trovão estrondoso, tão forte que balançou um pouco o vidro da janela.