Capítulo 2

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Essa é sua última chance de parar de ler. Essa história é cheia de tristeza e desventuras. Eu te avisei. Bom, tudo começou quando mais uma manhã agradável começava em Holmes Chapel. Parecia que estava a mesma calmaria de sempre, quando me deparei com o barulho ensurdecedor e movimento contagiante do pequeno vilarejo em que eu vivia. Os policias e as ambulâncias chegando indicavam que algo de ruim havia acontecido. Logo reparei que a confusão vinha da casa da Sra. Scarmander, que estava sendo levada para fora de sua casa em uma maca, coberta por um pano.

Não conseguia entender o que estava acontecendo, e, já que minha curiosidade falou mais alto, desci rapidamente as escadas da minha casa e corri até o outro lado da rua, onde Sra. Scarmander costumava morar.

Ao chegar mais perto, vi pessoas paradas em frente a casa, algumas chorando descontroladamente e outras paralisadas, chocadas com o que tinha acontecido. Quando passei pelo Sr. Scarmander, que estava sendo consolado por uma de nossas vizinhas, ouvi ele dizer que a Sra. Scarmander tinha sido assassinada. Eu entrei em choque. Cheguei mais perto deles para escutar a conversa, e ouvi que ninguém sabia como tinha acontecido. O Sr. Scarmander simplesmente a encontrou morta no chão da cozinha, sem pistas e sem evidências. Naquele momento, só consegui ver a casa intacta, como se nada daquilo tivesse acontecido.

Com um pouco de esforço para passar pelos policiais, adentrei a casa e percebi que os móveis estavam exatamente no mesmo lugar. Exceto por um retrato do Sr. e Sra. Scarmander, que se encontrava um pouco inclinado para a direita, em cima da prateleira de utensílios de cozinha. Encarei tanto o retrato que finalmente a ficha caiu. Ela tinha morrido.

Sra. Scarmander, ou Rose, como ela gostava que eu a chamasse, era uma mulher dócil, adorável e simpática, era muito religiosa, já tinha uma certa idade e tinha uma linda família, dois filhos e seu marido, que agora estava viúvo. Ela, além de minha vizinha, era uma de minhas melhores amigas. Ela me deu os melhores conselhos, principalmente quando cheguei abalada nesse vilarejo, no qual não conhecia ninguém, e ela me ajudou com meu principal problema: a perda da minha carreira. Compartilhávamos tudo, até os mínimos detalhes. Sra. Scarmander era como um livro aberto, não tinha segredos, talvez um pouco de mistério. Creio que eu saiba muito sobre ela, e sei que ela não faria mal nem a uma formiga. Então, como alguém poderia matar a Sra. Scarmander?

Nada fazia sentido pra mim naquele momento. Confusa e com os olhos marejados, comecei a andar pela sua casa, procurando por algo que me ajudasse a entender o que tinha acabado de acontecer. Então achei um pequeno papel preso a uma fenda na parede. Nele estava escrito o número 480.

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⏰ Última atualização: Jul 19, 2017 ⏰

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