Cap. 2

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Mesmo ele parando de andar com os garotos eles insistiam em  implicar com a gente, isso me incomodava muito. Nunca havia sido tão invadida. Eu estava cansada de tudo aquilo, naquele instante algo muito forte mudou dentro de mim. Simplesmente cortei e pintei o cabelo, mudei o meu estilo, comecei a variar meus gostos e decidi dar um motivo para todos aqueles insultos, pelo menos assim eu achava que as coisas poderiam mudar. Mas eu estava errada. Pra falar a verdade isso foi bom e ruim. Até que os garotos saíram do meu pé, talvez com medo, mas o Lourenzo começou a se distanciar um pouco de mim, eu voltei a ficar sozinha, mas desta vez foi diferente, ouve todo um sentimento de abandono.

Eu estava me sentindo mais vazia do que nunca, estava desesperada, então fui ate a casa dele, mas apenas como eu, do jeito que ele me conheceu. Ele me deixou entrar, estava sozinho em casa, me levou ate o quarto e conversamos. Eu esclareci o que estava ocorrendo e ele me esclareceu também, a verdade foi que ele começou a ter medo de mim como muita gente. Eu o mostrei que nada havia mudado. Ele já não parecia acreditar em mim. Isso me deixou sem chão.

Tentei prova-lo mas foi inútil. Decidi ir embora, na saída ele  me beijou e disse que gostava de mim. Foi a primeira vez que isso ocorreu, eu fiquei  muito feliz e cheia de esperanças que talvez pessimismos namorar ou algo do tipo. Voltei para casa e procurei voltar ao normal, mas deixando o que dava medo dos meninos.

As coisas com o Lourenzo melhoraram , na verdade voltaram ao normal. Ele nunca falou do beijo, sempre me tratou como uma amiga ou uma irmã. O tempo passou e as coisas continuavam as mesmas, comecei a pensar que ele estava me usando ou algo do tipo, como uma aposta. Depois de algum tempo ele me apresentou sua "NAMORADA". Fiquei desorientada, para manter a postura à cumprimentei e me apresentei de forma formal, conversamos e ele se esclareceu, eu fingi passar mau e fui para casa. Comecei a chorar muito, peguei um frasco de remédio antigo que estava na minha maleta de emergência e tomei todos, eram no total mais de trinta. Lembro de ter andado até a minha cama, depois disso só me lembro de acordar no meu próprio vomito nos braços do Lourenço. Ele havia ido até a minha casa saber se eu estava melhor e acabou vendo o que ouve, minha mãe estava desesperada, não parava de chorar e se lamentar pelo que havia ocorrido, ela se culpava e que aquilo não deveria ter ocorrido. Eu não entendi ao certo o que estava ocorrendo, ela parecia não me escutar. 

As coisas estavam bem confusas, todos choravam, então a minha mãe chamou uns médicos que me analisaram, não consegui ouvir o que eles falaram para a minha mãe mas provavelmente era que eu estava super saudável e que havia sido apenas um susto. 

Me levaram para um lugar estranho, acho que era um hospital, então me analisaram por inteira e me deixaram em repouso, algum tempo depois minha mãe foi me ver e eu voltei para casa. Minha rotina voltou ao normal, mas era como se as pessoas não me vissem. Era como se todos me achassem louca pelo ocorridos e decidissem me  ignorar. Mas isso não me incomodou, eu tinha o Lourenzo.

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⏰ Última atualização: Nov 26, 2016 ⏰

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