Cap.1

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Viver sozinha é bem complicado, mas não sozinha tipo morar longe dos pais e familiares, e sim sem amigos ou com quem possa conversar frequentemente.
Eu moro em Veneza, uma ótima cidade, estudo em uma excelente escola, com notas boas, e tenho a melhor família que Deus poderia me dar. Infelizmente vivia sem amigos, sem quem tirasse minhas duvidas nas aulas, sem ninguém para conversar ou ate mesmo almoçar entre as aulas na manhã e tarde. Vivia sozinha.
A única coisa que nunca me deixou de lado era a música, escutava todos os dias e em todas as horas, escrevia e tocava para tentar me consolar.Também sempre tive o costume de viver com a cara nos livros, talvez esse seja o motivo de nunca virem falar comigo.
Todos os dias era a mesma coisa: Acordar, pegar o ônibus para a escola, assistir as aulas, ler no intervalo, terminar as aulas, almoçar sozinha (enquanto estudava), assistir as outras aulas, voltar para casa, compor e me preparar para o outro dia.
No meio do ano letivo chegou um aluno novato do Rio de Janeiro, Brasil, se chamava Lourenzo, era estiloso, muito bonito, inteligente e rapidamente fez parte de um grupo de garotos.
Ele parecia legal, por coincidência ele frequentava as mesmas aulas que eu no período da tarde, e foi assim que nos conhecemos. Ele se sentava próximo de mim, perguntava algumas coisas que não compreendia e me explicava algumas coisas quando eu fazia uma carinha de desorientada durante a explicação. Com o tempo ele começou a almoçar perto de mim e a procurar debater sobre as aulas, era muito divertido, mas nem tudo é perfeito.
Com o tempo os amigos dele começaram a se aproximar de nós e ficavam fazendo piadas de mau gosto, começaram a me chamar ofensivamente de "prostituta que fica dando pro novato". Isso me tirou o equilíbrio. Então tentei me afastar dele, mas isso só fez os garotos me chamarem de "cu doce", uma gíria brasileira.
As coisas não poderiam piorar.
Era sexta-feira e era festa de "formatura adiantada" da minha turma. Decidi não ir, minha mãe decidiu sair com minha tia anoite e me deixou sozinha em casa, mas fui surpreendida. Quase 30 minutos depois Lourenzo apareceu na minha porta com um buquê de flores.
- Vai embora.
Falei fechando a porta.
- Me desculpa, eu realmente quero me aproximar de você!
Ele empurrou a porta em sentido contrário ao meu a fazendo-a abrir. Pude olhar seu rosto machucado. Olhei fixamente enquanto ele se sentia machucado. Eu olhei para os lados da rua e o puxei para dentro. Ele não perguntou nada.
- Vem aqui, deixe-me arrumar esse machucado!
O levei ate a minha cozinha, o sentei na mesa e peguei um pedaço de carne externamente congelada que seria retirada do congelador de qualquer forma para que eu jantasse.
- Eu vou pegar uns remédios, me espera aqui.
Fui no banheiro, peguei meu gel para machucados, pomada para aliviar a dor, spray para regular a corrente sanguínea, comprimidos para dores de cabeça por machucados. Corri de volta para a cozinha.
- Para que isso tudo? Foi apenas um soco.
- Isso pode ser apenas um soco agora, mas daqui a uns 10 anos pode se tornar algo sério, como um tumor ou uma danificação nas suas células e pode criar uma deformidade no seu rosto. Você quer isso?
- Para de exagerar!
- Fica quieto!
Eu segurei seu rosto pelo queixo e virei a 60% para a esquerda para melhorar o campo de visão sob o machucado. Coloquei um pouco do spray no rosto, o que fez Lourenzo ficar imóvel. Fiquei assoprando seu rosto por cinco minutos apara agir, então comecei a aplicar o gel e lembrei que havia me esquecido do algodão.
- Eu esqueci as bolas de algodão. Volto logo.
Fui correndo, mas haviam acabado minhas bolas de algodão. Então voltei para a cozinha e fui me virar por lá. Peguei a ponta da minha blusa e dei batidinhas leves com pomada. Fui na geladeira e peguei uma garrafa de água.
- Tome remédio!
- Por...?
- Você vai sentir dores de cabela por aproximadamente três dias dependendo da intensidade da pressão em que seu rosto foi atingido. Com todo esse cuidado sentirá apenas um desconforto pelas próximas 12h.
- Obrigada, mas como sabe disso tudo?
- Eu passo muito tempo sozinha lendo. E eu acho fantástico Anatomia. Quero curar as feridas físicas.
- Isso é incrível.
Ele tomou o remédio sem reclamar.
- Eu já volto!
- Onde vai?
- Você não pode voltar para casa sozinho, vai sentir algumas tonturas em menos de 20 minutos e só se sentirá melhor depois de umas nove horas de sono.
Eu peguei minha jaqueta e minha bolsa e meu celular. Ele me deu a rota mais rápida e eu o acompanhei, no meio do caminho o remédio estava fazendo efeito. Precisei arrasta-lo. Chegamos a casa, expliquei o aie havia ocorrido aos país dele, ele me agradeceram e me deram uma carona de volta para casa.
No dia seguinte fui a escola normalmente, Lourenzo já não andava mais com os amigos e estava mais amigável comigo. Acho que finalmente encontrei um amigo.

I ❤... I! ... And Song!... and you!?Onde histórias criam vida. Descubra agora