Capitulo 1

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21 de Julho de 2010

Narrado por Amélia

- Eu Draco Thomas, aceito-te a ti Amélia Figueiredo como minha esposa e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. - declarou-se profundamente o homem que eu mais temia ter a meu lado.

Olho na direção do meu pai esperançosa que fizesse algo para impedir que esta loucura realmente se realizasse, mas tudo o que recebi foi o seu olhar severo pressionando-me a repetir toda aquela estupidez que o Draco disse.

- Eu, Amélia Figueiredo, - comecei com um nó na garganta - aceito-te a ti Draco Thomas como meu marido, - onde está o príncipe para me salvar? - e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. - termino com lágrimas nos olhos contrariada com a situação.

- Pelo poder que a mim me foi concedido, declaro-vos, marido e mulher. Pode beijar a noiva. - informou o padre contratado pelo Draco.

- É para me beijares agora. - mandou aproximando os seus lábios dos meus.
- Eu sei. - retorqui antes de sentir o beijo que depositava.

- O que Deus uniu, o homem não conseguirá separar. - finalizou o padre.

Mentirosos, pessoas sem escrúpulos nenhuns e egoístas eram os presentes que aplaudiam aquela estupidez onde embora obrigada eu era a protagonista.

Como vim aqui parar é outra das coisas que me deixa bastante indignada!
O meu pai simplesmente chegou perto de mim à um tempo atrás enquanto eu estudava descansada no meu quarto e disse:

- Vais casar-te com o Draco em Julho, não adianta refilares. Ele tem dinheiro, vai dar-te uma boa vida e com este casamento eu vou lucrar também na empresa.

Se eu for analisar estas afirmações à letra, vejo que aos olhos do meu pai sou materialista, obsecada pelo dinheiro e um pau mandado. Onde na realidade o dinheiro para mim não importa nada, sou a mesma pessoa com 20€ ou 20.000€, pau mandado também não sou, se assim fosse não teria feito frente a quem me obrigou a casar quando cursei música em vez de advocacia como era o seu desejo. Mas tirando esta enorme conquista, aqui estou eu, Amélia Figueiredo, órfã de mãe, com 20 anos, um curso universitário terminado e obrigada a casar com um homem mil vezes pior do que o meu pai, isto tudo, para o bom funcionamento da empresa de ambos.

- Sorri quando sair-mos da igreja, há fotógrafos lá fora. - mandou o meu agora marido enquanto caminhavamos já sorridentes para a saída da casa de Deus.

Coloquei um sorriso ainda melhor do que o que tinha, acenei "feliz" às pessoas presentes e fomos andando até à limusine branca que nos esperava.
Seguimos para o lugar onde a festa do meu casamento se realizaria. Ao menos uma coisa o meu pai e o Draco souberam fazer, o local que escolheram era lindo, uma quinta, com um salão enorme decorado de cinzento e branco, ao centro do mesmo uma mesa com uma toalha branca e um bolo de tamanho excessivo era notado pelos convidados, todos paravam perto para o observar, ao fundo uma banda composta por um baterista, um cantor, um pianista e dois guitarristas tocavam a valsa dos noivos, como nosso dever fui dança-la com Draco, escusado será dizer que todas as atenções se mantiveram na nossa dança.

Fuga para a FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora