Hate And Love - Destiel

Profecia

Os olhos de Castiel se arregalaram ao olhar ao redor: Sangue em todos os lugares. No chão, Gabriel chorava ao lado do corpo desacordado de Sam, Chuck estava desmaiado, e ao lado esquerdo, Alvo e Scorpius. Estes pareciam realmente mortos. Mais pálidos do que o normal, o sangue escorrendo de seus corpos já sem vida, uma mão sobre a outra. O choro de Harry Potter inundava o local. Cas tentou levantar-se, mas não conseguiu ao que algo pesado encontrava-se sobre si. Seu coração apertou ao ver que Lucy também estava sem vida, jogada aos seus pés.

- Nós tentamos, Cas. Tentamos. Mas quem poderia imaginar? - Era Charlie. Ela chorava, descabelada, próximo ao casal de professores mortos.

- Lutamos até o último segundo...

Castiel não tinha visto, mas John Winchester estava lá também. Estava chocado demais para perceber que ele estava se levantando e pegando sua varinha. Quando virou, não viu o fugitivo, mas sim, Dean. Ele dava um leve sorriso cansado para Castiel, e por algum motivo, o coração do garoto de olhos azuis se apertou.

- Dean?

- Cas. - Dean aproximou-se do outro garoto e o abraçou. - Sempre irei te proteger. Eu te amo. Você sabe, não sabe?

- Avada Kedavra!

- DEAN!

-X-

Castiel acordou suando. Seus pulmões clamavam por ar desesperadamente, e seus batimentos cardíacos estavam acelerados. Mais um pesadelo. Durante o último ano, Cas tinha sempre o mesmo sonho, e já temia dormir, fazendo-o apenas quando via que não aguentaria lutar contra o sono. Por Merlin, por que esse tipo de coisa acontece comigo? Suspirou. Era só um garoto de quatorze anos com problemas demais, e não queria pensar que poderia existir um significado por trás de tudo aquilo. A cada ano que passava, a sua vida parecia dar um passo para frente e dois para trás. Talvez alguém estivesse brincando com sua cara, e amasse vê-lo sofrer. Sempre que achava que podia ver a luz, era puxado de volta para a escuridão de seus pensamentos e sentimentos. É como uma maldição. Algo sempre me leva ao pior.

Bufou e sentou-se na sua cama, constatando que ainda estavam no meio da madrugada, devido ao escuro que o dormitório se encontrava. Normalizou sua respiração, e abraçou suas pernas. Tinha vontade de chorar. Tinha vontade de gritar que não aguentava mais viver em tais condições, como se estivesse dentro de um pesadelo que jamais acabava. Pensou nele novamente: Dean. Por que diabos estou sonhando com ele? Sabia que tinha ficado mais próximo dele no último ano, e até mesmo podiam dizer que eles tinham uma boa relação, mas não entendia o motivo de sua mente obrigá-lo a lembrar do Winchester. Era cansativo e desgastante lutar contra aquilo, então Cas apenas aceitava e chorava. Porque garotos crescidos choram quando seus corações quebram, e o coração de Novak estava quebrado, tanto por as mortes como por os fantasmas que o assombravam.

Enquanto arrumava-se na cama macia, fez o que sempre fazia desde que começou a ter os pesadelos: Desviou seu olhar para a cama ao lado da sua, mais especificamente, a de Dean. Assustou-se quando não viu o Winchester nela. Repentinamente, sua mente começou a reproduzir a imagem do loiro morrendo para salvá-lo, e seu coração disparou. Talvez estivesse começando a se importar com Dean, ou talvez apenas não quisesse ser salvo por alguém da família rival a sua. Não importava no momento. Quando percebeu, estava com os pés descalços no piso frio do dormitório, seguindo para o salão comunal, em busca de Dean Winchester.

- Não deveria ter entrado aqui, Sammy! Não acredito que burlou regras! - Castiel ouviu ao longe, e aproximou-se da porta entreaberta que levava para o salão da Sonserina.

- Sinto muito se burlei, sabe que odeio isso, mas o que posso fazer? Tomar uma poção Polissuco para te ver é bem menor do que tudo o que você fez nos últimos tempos.