os vampiros que me mordam

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Primeiramente gostaria de dizer que já estou em um nível expert de fã de Harry Potter e todas as palavras, frases e pontos que direi em seguida estão sobre fortes influências de magia bruxa.

Segundo, mas não menos importante, Hansol está cada dia mais Cullen.

Não do tipo "ah Seungkwan, você está exagerando". Não meus amigos. Hansol Vernon Chwe mostrou suas garras mais uma vez.

Ou presas, como você preferir.

Talvez você se pergunte "ué, mas tem como alguém ser mais vampiro do que brilhar no sol?"

Eu também achava que ele tinha alcançado o nível master de vampiridade.

Isso, é claro, até aquela bela manhã de terça-feira.

Depois do fim de semana maravilhoso assistindo Harry Potter com o crush – que shippa dramione, infelizmente nem todos somos perfeitos –, tive de ficar ouvindo Jeonghan reclamar do Jisoo ter feito ele e o Seungcheol acordarem às seis da manhã para a caça de Pokémon no domingo, mesmo que tenha nevado durante a manhã toda, e fora a segunda onde Hansol não apareceu.

Depois de todos esses acontecimentos que já começavam a fazer com que eu desistisse da ideia de que o meu crush é um vampiro, ele se mostrou ainda melhor que a encomenda.

Lá estava eu, caminhando fabulosamente até o portão da escola tentando não escorregar no chão coberto de gelo quando eu vi ele do outro lado da pista.

E então eu parei para dar um "oi" de longe mesmo, mas antes que eu pudesse exibir meu sorriso de quem está tentando conquistar alguém, ouvi um grito vindo de longe.

— Cuidado! – e não levo mais de cinco segundos para perceber que definitivamente a pessoa podia ganhar um Nobel de gênio do ano.

Porque essa pessoa não é nada mais nada menos que Kwon Soonyoung.

Em cima de uma bicicleta.

Isso mesmo, meus amigos. Eu já me pergunto como o garoto enxerga normalmente com aqueles óculos fundo de garrafa e daí ele me inventa de subir em uma bicicleta com o chão coberto de gelo sem eles.

Quando o ser humano quer ser burro ele faz até esforço, não é possível.

Eu mesmo teria me movido se não estivesse tão paralisado com o esforço do garoto de não pensar.

A cena toda pareceu passar em câmera lenta; eu inclusive pude ver o momento exato em que os cantos dos olhos de Soonyoung alargaram e seus olhos ficaram maiores que os do monitor das trevas – Do Kyungsoo, provável mentor de trevosidades de Wonwoo – enquanto a bicicletinha ficava mais e mais perto.

E tão inesperado quanto Soonyoung conseguir enxergar sem óculos, senti um braço contornando minha cintura e me puxando uns bons três passos para o lado, fazendo com que nós dois caíssemos nos estatelando no chão frio.

Bom, eu não tanto já que eu estava sendo abraçado pelo meu herói, já Hansol fez uma carinha de dor que me fez ficar com dó - mesmo eu tendo consciência de que vampiros não sentem dor, além da emocional, fato que fazem eles escreverem romances melancólicos pela eternidade.

E tomando consciência de outras coisas também, eu notei justo naquele momento o quanto nós estávamos próximos.

Na frente da escola inteira, ou ao menos de quem teve coragem de se levantar naquele frio para ir pra aula. Senti minhas bochechas quentes.

Meu santo Draco Malfoy (é nesse momento que você nota aquele nível expert que citei inicialmente), eu conseguia sentir o hálito de menta se misturando com o meu da forma mais romântica-estranha que já imaginei.

Eu sei o que você é «verkwan»Onde histórias criam vida. Descubra agora