Prólogo

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- Não acredito que você já está tão grande. - dizia minha mãe com os olhos cheios de lágrimas. - Já é um homem, meu garotinho.

Ela me puxou para mais uma série de abraços. Meu pai apenas nos observava, ainda de frente para o painel do aeroporto que mostrava os vôos que decolariam nas próximas horas.

- Me ligue assim que chegar em São Paulo. Assim que sair do avião. - Exigiu ela.

- Tudo bem mãe. - eu sorri e beijei sua testa uma última vez.

Mamãe sempre foi muito próxima de mim. Eu a amava. Sempre passava muito tempo com ela. Contava tudo para ela. Não conseguia imaginar como seria agora, tão longe de seus afagos.
Papai se aproximou e me puxou para um abraço de urso.
Nós dois nunca fomos muito próximos. Nos amávamos é claro, mas era uma coisa mais "você fica na sua que eu fico na minha".
Eu correspondi ao seu abraço, afinal, a situação pedia. Em apenas uma hora eu entraria em um avião e então os dois só me veriam daqui a um ano.

- Cuidado na vida Danilo. E vê se arruma uma namorada gringa por lá. - meu pai riu, aproveitando a última oportunidade que tinha de me zoar com isso.

Meus pais não sabiam da minha sexualidade é claro. Quer dizer, nem eu mesmo podia afirmar com certeza que eu era gay. Pra mim, eu só tinha uma queda por alguns garotos, mas nada de mais.
A voz de uma mulher soou nos alto falantes:

- Os passageiros do vôo 3774, com destino à São Paulo, por favor, se dirijam à sala de embarque.

Eu girei em meus calcanhares e dei um último sorriso para meus pais. Cara, eu ia passar um ano sem vê-los. Ia ser difícil.
Não me contive e mesmo no meio do aeroporto, corri e abracei os dois, atraindo alguns olhares das pessoas ao redor.

- Bom, tchau. Vejo vocês no ano que vem.

Como eu tinha combinado com eles mais cedo, eu apenas virei de costas e fui em direção à sala de embarque, para evitar que eu começasse a chorar. Passei rápido pelo detector de metais. Eu só estava com uma pequena mochila nas costas. As duas malas que eu enchi com roupas e coisas pessoais já haviam sido despachadas mais cedo no guichê da companhia aérea.
Quando entrei na sala de embarque, já fui logo procurar o portão e conversar com algum funcionário da empresa, por conta daquele lance de "menor de idade não pode viajar sozinho", apesar de eu achar um pouco desnecessário, já que eu tinha 16 anos. Já poderia me virar durante uma viagem de avião.
Não demorou muito, eu estava sentado na minha poltrona, esperando a decolagem.
Agora seria uma hora de Goiânia até São Paulo. E depois, mais 10 horas até chegar em Nova York. O melhor a fazer, era com certeza dormir.
Eu fechei os olhos e adormeci logo depois da decolagem.

Oi oi gente. Então, eu vou começar a contar essa história. Espero que gostem. Lembrando que ela é de minha autoria. Qualquer semelhança com fatos reais, é mera coincidência. Perdoem o primeiro capítulo pequeno, mas foi só pra apresentar o Danilo pra vocês mesmo (coisa que eu não fiz direto, mas prometo me aprofundar mais nele rsrs).
Desculpem qualquer coisa e continuem lendo pfv. Garanto que não vão se arrepender.♡
Espero que gostem!!!

Meu Diário de Intercâmbio (Romance GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora