O som era ensurdecedor. O público se multiplicava cada vez mais e a música fazia qualquer um dançar.
Mais uma noite comum no Red.
As pessoas gritavam pedidos por cima da música e brigavam por um lugar perto do bar. Ser Bartender não é fácil e o salário não é bom, mas as gorjetas são incríveis quando se tem um par de seios legais e um sorriso convidativo.
— Hey, princesa, me vê uma Guinness. — um universitário bêbado dá um sorriso amarelo.
Eu olho para Amy que revira os olhos servindo um casal que estava se esfregando no bar. Aceno para meu amigo bêbado e o sirvo logo em seguida, pronta para o próximo cliente.
— Ai, eu estou exausta e ainda são duas e quarenta da manhã, duvido que essa noite tenha fim. — choraminga Amy.
Amélia Campbell é minha melhor amiga desde que eu ingressei em Harvard , apesar do temperamento forte que faz jus ao seu cabelo cor de fogo, ela é a pessoa mais doce que eu conheço, com olhos escuros e um corpo de matar, Amélia sempre impressionou a todos com seu cérebro gigante.
Eu a conheci em uma festa de uma fraternidade de Harvard, desde então nos tornamos inseparáveis, de dividir o apartamento a trabalhar no mesmo bar.
— Relaxa, as gorjetas estão incríveis! — pisco para ela.
— É fácil para você falar, Kennie, se eu tivesse seus peitos, as minhas também estariam!
Bom, talvez eu não ficasse para trás também. Qual é, não sou como aquelas mocinhas de romances água com açúcar, eu sei que sou bonita, com meus cachos negros e olhos azuis sempre tive uma atenção extra dos meninos, meus seios também cresceram bastante desde meus quinze anos. Mas também não sou uma modelo, tenho curvas demais para isso.
— Oh, meus Deus, pare de ser uma puta reclamona e volte a trabalhar! — digo rindo da sua cara emburrada. Amy revira os olhos e ajeita a mini-saia.
Volto a servir o resto dos clientes quando um olhar agarra o meu fazendo meu corpo esquentar. Ele está um pouco longe, sentando em uma mesa no canto, bebendo uma cerveja e me encarando como se eu fosse sua próxima refeição, e talvez seja. Na maioria das vezes eu não ligo para esse tipo de olhar, eu evito homens o máximo possível, mas aquele tinha algo mais.
Seus olhos cinza-esverdeados fazem um mapeamento dos meus olhos até meu decote generoso, não tendo uma visão geral pelo fato de eu está atrás de um bancão. Ele toma um gole de sua cerveja e lambe os lábios me fazendo imaginar outros lugares possíveis onde eles possam ir. Seus cabelos loiros bagunçados e uma camisa branca que abraça seu peitoral delineado faz parte um conjunto delicioso. Desenhos negros vão do seu pulso sumindo pela manga da camisa, fazendo-o ser um estereótipo de um bad-boy.
Saio do meu devaneio e evito olhar para o senhor estranho enquanto continuo a servir o resto dos universitários bêbados ao redor. Porém sinto meu corpo continuar a queimar com com o seu olhar em mim.
— Kennie!!! Um modelo da Abercrombie* está olhando para você! — diz Amy, me cutucando.
— Eu sei! — murmuro para Amy. Tento não encarar o Ken enquanto Amy simplesmente baba por ele.
— Olha! Ele quer mais uma cerveja. — Amy sorri quando eu o olho.
O estranho está com a mão para cima sinalizando para mais uma.
— Amy, eu sou bartender, não garçonete! — reviro os olhos. Se ele pensa que eu vou até ele, está muito enganado.
— Droga, Kennie! Vai lá, você não pode desperdiçar essa chance! — Amy diz fazendo biquinho. — E se você não for, eu vou!
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Selvagens
RomantikPor toda sua vida Kendall seguiu o roteiro de filha perfeita, a garota de grife, bonequinha da mamãe. Agora depois de se formar com honras na melhor faculdade do país, ela está muito bem obrigada trabalhando em um bar a noite e surfando nas horas va...