14' Real

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"You can't wake up, this is not a dream"

P

ov's Rose

"Ei Rose" vejo Louis me chamar e começar correr até mim, logo parando em minha frente

"Oi" digo e cruzo os braços esperando que ele me diga o que quer

"Ãn.....Minha mãe me disse que foi em casa ontem" ele começa, e eu suspiro, havia me esquecido desse detalhe "está tudo bem ?"

"Sim....é que...eu....." dou de ombros "não tinha nada pra fazer" Louis franze o cenho

"Você foi me ver, porque não tinha nada pra fazer ?" Ele questiona incrédulo "desde quando eu sou a pessoa que você procura quando está entendiada?" Soa divertido e seus olhos azuis me encaram com um brilho brincalhão

"Desde........ontem" murmuro, não sei porque estou mentindo, deve ser porque meio que me sinto culpada por saber sobre Ernest, já eu não gostaria que ele soubesse do meu pai

"Ok" Tomlinson ri ainda me encarando desconfiado "bom...eu tenho que ir" ele aponta para o carro "até qualquer hora"

"Tchau" digo e o observo sair, imaginando porque de repente não consigo parar de pensar na noite em que nos beijamos.

Pov's Louis

Eu andava de um lado para o outro em meio quarto tentando parar de pensar no gosto dos lábios de Rose. Tentando parar de imaginar se ela também pensa naquele dia. Porque eu penso, o tempo todo, mas só agora percebi o quanto quero repetir e quanto eu não poderia querer isso.

Eu tenho evitado a Emma, esse final de semana é a festa de aniversário dela e eu não sei o que fazer sendo que não paro de pensar no que aconteceu com Rose.

Eu tenho evitado isso a todo custo, tento não pensar, mas agora, parece que só piorou. É como se quanto mais eu reprimisse esse desejo, maior ele ficasse.

Talvez eu só esteja assim porque Emma nunca me beijou daquele jeito, ou talvez seja porque fiquei com Emma por tanto tempo que nem me lembro do gosto de outros beijos. Mas de uma coisa eu tenho certeza, é algo que eu quero repetir.

Então sem pensar direito eu caminho até a garagem.

Eu não sei o que estou fazendo

É o que penso quando entro no carro

Eu deveria voltar pra casa

É o que penso quando estaciono em frente a casa de Rose

Eu não deveria estar fazendo isso

É o que penso quando toco a campainha dela

Eu deveria ir embora enquanto posso

É o que penso quando ela abre a porta com o rosto amassado e a expressão sonolenta.

Eu preciso disso

É o que penso quando invado sua casa, fecho a porta e a espremendo contra a mesma, logo atacando seus lábios em um beijo tão necessitado quanto o primeiro.

A princípio Rose não reage, mas assim que percebe o que está acontecendo ela coloca as mãos em minha nuca, ja as minhas, que antes estavam em seu rosto, agora se encontram na sua cintura, puxando cada vez mais, precisando de contato. Sinto seus dedos se fecharem em meus cabelos, apertando-os e um gemido rouco escada de mim, ela me deixa completamente louco.

As hábeis mãos de Evans começam a puxar a minha blusa para cima, logo tirando-a.

Eu ainda não sei o que estou fazendo

Então, eu sinto um desejo louco de sentir a pele dela, minhas mãos fazem um caminho perigoso para dentro de sua camisa e eu sinto, sua pele quente e macia, tão macia quanto achei que fosse. Eu também tiro sua camisa e um sutiã preto cobrindo seios médios aparece na minha linha de visão. Eu começo a traçar uma linha de beijos pelo seu pescoço, passando pelo colo, e logo pelo meio de seus belos seios, ergo uma mão e percebo como se encacha perfeitamente na minha palma.

Eu levanto meu olhar para encara-la, e ela sorri, sorri tão abertamente que me pergunto se é real. E ela é tão linda que eu também sorrio

"Louis" ela me chama "Louis" chama mais alto "Louis acorda" grita e então tudo some, e eu acordo, em meu quarto, na minha cama, com Madalena parada em frente a minha cama com a expressão divertida

"Eu não queria te acordar querido, pelo visto estava tendo um sonho bom, já que estava até sorrindo, mas é que seu pai quer conversar com você" ela diz e eu olho em volta, tentando acreditar que fora um sonho, parecia tão real, como se eu realmente pudesse sentir a textura da pele dela, o que está acontecendo comigo ?

"Diga a ele que logo eu desço Madalena, obrigado" eu digo e ela sai do meu quarto

Me levanto indo até o banheiro, tenho que falar com meu pai, mas antes tenho que cuidar de uma outra coisa em minhas calças que está me incomodando

(...)

Bato na porta do escritório de meu pai e logo ouço sua voz me pedindo para entrar, então assim o faço.

"Sente-se" ele diz ainda assinando alguns papéis

"Aconteceu alguma coisa ?" Pergunto me sentando, a princípio ele não responde ainda assinando os papéis, mas então ele me olha e solta um suspiro

"Quem é ela ?" Ele pergunta simplesmente e eu franzo o cenho, de quem ele está falando ?

"Ela ?"

"A garota que esteve aqui" diz "diversas vezes" ele só pode estar falando de Rose

"Ah....é uma amiga da escola" murmuro da de ombros, tentando soar indiferente

"Olha Louis, já tive sua idade" começa "sei como essas coisas com garotas funcionam, mas não pode se esquecer da Emma, você não pode por tudo a perder com ela por uma garota qualquer" meu pai solta longo suspiro "então, eu espero que ela não seja mais que uma amiga"

"Ela não é" eu garanto, mesmo não estando tão certo sobre isso e me levanto me sentindo estranho com aquela conversa

"Eu espero mesmo" diz sério quando estou prestes a sair "porque ela estava no quarto de Ernest ontem" minha mão para na maçaneta congelada e penso não ter escutado direito

"O que ?" Pergunto num sussurro ainda de costas para ele

"Sua mãe disse que ela estava no quarto de Ernest, ou ela é muito curiosa, ou muito intrometida" sem dizer mais nada, eu saio dali, tão furioso quanto não achei que seria possível

(...)

Assim que chego em meu destino, toco a campainha diversas vezes, e depois de alguns longos segundos a garota marrenta que aprendi a gostar aparece na porta com o rosto amassados e a expressão sonolenta. Exatamente como eu sonhei....

Balanço a cabeça para me livrar da lembranças do meu sonhos e me recordo do real motivo de eu estar ali

"Eu tentei te entender Rose" começo "realmente tentei! Eu não falo sobre seu pai porque sei que você não gosta, na verdade essa é a primeira vez que toco no assunto" ela me encara confusa "sei que nossa estranha amizade é recente, e que não temos intimidade, e exatamente por isso que não entendo que diabos você estava fazendo no quarto de......" ainda não consego falar o nome dele "do meu irmão" digo e percebo que ela finalmente compreende por que estou tão bravo "eu só peço que por favor, nunca mais entre lá, e não fale sobre ele, porque você não tinha o direito de saber sobre isso" assim, eu viro as costas voltando para o meu carro, deixando uma Rose sem palavras para trás.

Fireproof // L.TOnde histórias criam vida. Descubra agora