Nos últimos dias minha rotina anda mais corrida que o normal, já se passou 1 mês desde que recebemos a notícia.
Anne está cada vez mais rebelde, semana passada ela não entrou na escola porque queria ficar mais tempo com o Charles, não sabia se esse namoro estava fazendo bem para o seu futuro, mas não quero ser uma mamãe proibindo ela de namorar. Possivelmente era reflexo de tudo que passamos durante esse mês.
Felizmente eu consegui pagar o dinheiro Sean, mas ainda estava recebendo ameaças pois eu devia mais uma prestação. Minha mãe ainda está na UTI, o médico disse que é um verdadeiro milagre ela ainda estar viva. As contas estão chegando, com o salário do meu trabalho não consigo pagar um plano de saúde que cobre os medicamentos que a mesma está tomando. Não tínhamos dinheiro para nada, Anne comia na casa do namorado, as coisas não estavam fáceis.Hoje eu estou mais um dia naquela bancada, olhando o movimento de pessoas ricas que não tem os mesmos problemas que eu, Beatriz e a única para me consolar.
— Acalme-se, amiga. Vai ficar tudo bem. — Ela se senta ao meu lado.
— O banco vai tomar minha casa. — Indago triste.
— Você vem morar comigo, há um quarto sobrando em minha casa. — Ela sorrir.
Eu tento sorrir em meio a desgraça, deito minha cabeça sobre seu ombro.
— Você me faz muito bem, Beatriz.
— As duas menininhas podem parar com a conversinha e voltar a trabalhar? Pensei que fosse para isso que foram contratadas. — Vanessa diz acabando com o clima. — Alice, vou precisar de você, sim mais uma vez!
Eu saio de trás da bancada, caminho até ela.
— Sim, senhorita Vanessa?
— Quero que você leve as roupas que estão nos fundos, para a lavanderia. - Vanessa diz.
— Me desculpe senhorita Vanessa, mas eu não sou sua assistente pessoal. — Todas que estavam no balcão olham para mim incrédulas.
— Acho que você não entendeu, não deixei claro o suficiente? Eu mando, você obedece. — Ela fala em um tom de autoridade.
— Fui contratada para a vaga de recepcionista, não para atender aos seus caprichos. — Rebato.
O nosso gerente que estava conversando com algumas pessoas vem ao nosso encontro com um sorriso amarelo que logo se desfaz em uma carranca.
— O que está acontecendo aqui?! — Perguntou.
— Nada demais, senhor. Temos uma funcionária mau educada. — Vanessa se adiantou.
— Não quero saber, as duas na minha sala agora.
Ele nos conduz a sua sala ─ a mesma sala cujo fui contratada ─. Nós entramos e nos sentamos a sua frente.
— Muito bem, qual foi a situação?
— Eu apenas pedir um favor a Alice e ela tratou de fazer um escândalo.
— Com licença, mas você não me pediu, ordenou. — Continuo — não fui contratada para atender seus desejos.
O homem iria falar quando o telefone que estava em sua mesa toca. Ele atende, fala sobre nós duas e depois desliga.
— Dante solicitou a presença da senhorita Vanessa em sua sala.
— Ótimo, agora resolva o problema dessa funcionária sem educação. — Vanessa levanta da cadeira arrumando sua saia.
— Ele pediu para que as duas subissem, isso nunca aconteceu, porém ele fez questão de tratar desse assunto pessoalmente.
Levanto da cadeira já nervosa, estava com medo de ser demitida para completar minha desgraça.
Eu e Vanessa fomos lado a lado até o elevador, ela apertou o botão, as unhas dela banhadas em um gel vermelho quase não permitirão que ela acionasse o elevador.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Quatro paredes (Degustação)
Romance(Obra completa no Hi-Novel, disponível para download em Android e iOS). Se para salvar a vida pessoa que mais ama, você tivesse que dormir com um homem charmoso mas dominante por quantas noites ele quisesse, você faria? Com a doença de sua mãe, Alic...