Prólogo

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Em algum lugar do Texas ás 18:32
30 de Dezembro de 1998.

A floresta estava cada vez mais escura e difícil de se locomover nela a medida que a adentrava, galhos estalavam sob meus pés a cada passo, estava muito frio, talvez a noite mais fria de um inverno rigoroso.

A neve que caia, tão branca e bela, quase não penetrava nessa imensidão de árvores, onde nem os próprios habitantes se atreviam a sair de seus ninhos e tocas.

Já deveria ter saído deste lugar mas Justin não aparecia, estava sumido fazia três horas e a três horas estou a sua procura neste lugar.

Ao longe era possível ouvir os pássaros e eles estavam agitados, em alvoroço, ouvia o barulho do bater de muitas asas, os granidos desesperados, toda essa inquietação não era normal, eu ouvia algo mais... o crocitar dos corvos.

Corri em direção ao som dos pássaros o mais depressa que pude, sempre pensando no que encontraria quando chegasse lá, corvos não era bom sinal.

Galhos batiam em meu rosto e me cortavam, cada corte era uma lição, aguente a dor pois ela é apenas coisa de sua cabeça, a verdadeira dor está no coração, onde ninguém pode por um curativo. Meus pés doíam de tanto tropeçar em raízes e pedras, meu rosto ardia e sangrava, minhas roupas estavam rasgadas e sujas, porém me mantive a correr.

Estava perto de uma clareira quando o barulho dos pássaros cessaram, tudo no maior silêncio, na calmaria. Continuei a andar para a clareira e ao chegar vejo um lago congelado.

O lago, em outra ocasião, teria sido bonito e agradável, quem sabe um ótimo lugar para passear com a família num dia quente e alegre ,mas naquele momento a única coisa que eu senti foi um medo inebriante, um gelo subir pela minha espinha e meu corpo ficar trêmulo. Um embrulho preto e grande se encontrava a beira do lago congelado. Me aproximei para verificar o que realmente era e relutantemente desvirei o embrulho e ao perceber o que havia dentro dele, gritei. Um corpo... um corpo estava à beira do lago. E era o corpo do meu filho.

Logo sinto alguém chegar por trás de mim e colocar algo pressionando em minha cabeça, antes de sequer pensar em me virar, ouço o barulho do disparo de uma arma e o mundo fica preto e silencioso.

The Sinister ForestOnde histórias criam vida. Descubra agora