Proucura-se!

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   Eu continuo esperando na estação, até que a Claire acaba se acalmando, e Laise fica sentada em um banco de madeira, quieta e como se soubesse de tudo.
O trem chega... E eu as coloco no trem e pego as malas, e por fim, sento com elas na poltrona. O trem já iria partir, e elas ficavam olhando para a janela, era um dia cinzento, típico de Indiana.
   Quando o trem começou a andar, quando o trem passou em frente a nossa casa, la estava Antony, ele nos viu, e assim que viu, começou a correr atrás do trem, mas é claro que depois ele desistiu:
   - Oh meu Deus! - eu digo abraçando as crianças e fazendo com que elas não pudessem ver o que estava acontecendo lá fora. 

   - O que foi, mamãe? - Diz Claire 

   Claire é mais nova do que Laise, mas parece que sempre tem o controle de tudo, parece que ela já viveu muita coisa, para se comportar dessa forma, como se soubesse que tudo iria passar 

   - Não, não chore Laise - Laise chora, e acaba acordando um dos passageiros 

  - Tire essa criança daqui! Me dê essa criança - e ele puxa a Laise da poltrona - Vem cá, sua pirralho dos infernos! 

   - Você está louco, seu velho imundo! 

   Essa hora eu o empurrei, e ele levantou mais bravo ainda e... Ele me jogou do trem... E por reflexo Claire se jogou também

   Olha... Eu acabei de perder uma filha, Laise ficou lá dentro e o trem já estava cada vez mais distante, eu estava no chão com Claire, minha perna doía muito, mas não tanto como aquela situação. Completamente desnorteada, deitada no chão com Claire, já ia escurecer e eu estava longe da civilização. Ela dizia que estava com fome, e eu queria morrer! Mesmo quando o trem se foi, eu corri mas... É claro que não deu tempo, eu nem sei onde Laise está, se está com ele... Eu não sei mais de nada! 

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