Prólogo

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Minha respiração estava ofegante. Eu tentava controla-la, mas correr até aqui não foi uma tarefa tão fácil.

Os grilos cantavam alto. Nada mais se via, a não ser por alguns troncos de arvore próximos a nós.

— Emily. – ele falava também ofegante – Acho que a gente conseguiu despista-lo.

Levantamos de trás do tronco caído. Olhávamos para todos os lados. Naquele noite o céu parecia mais escuro, mais mórbido. Mas enfim eu escapara.

Eu consegui.

— Conseguimos – ri – Conseguimos, conseguimos – abracei-o o mais forte que pude.

Nossos olhos se encontraram. A alegria se misturou com a euforia de ter enfim se libertado e a vontade foi maior que nós. Aquele beijo parecia ser o melhor que eu já tive. Mas, de repente, havia um gosto diferente. Me afastei e vi sua boca sangrar.

Ele caiu, tentei segura-lo, mas já era tarde.

Foi então que eu consegui olhar para frente. E estava ali. O meu; o nosso maior pesadelo. Seja lá quem estivesse usando aquilo parecia sorrir por debaixo da máscara.

Eu devia correr, eu sei. Mas eu não conseguia. Minhas pernas não se moviam. Algo em mim pedia para aceitar meu fim.

Foi ali. Naquele exato momento que eu percebi.

Tudo acaba aqui.

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