Sweet Kisses

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Acordei no dia seguinte e fui tomar meu banho e me arrumar para a escola, agora que Brittany era uma líder de torcida ela deveria chegar mais cedo na escola então eu teria que ir com meus pais ao invés de ir até a casa dela e ir com ela.

"Madre, eu preciso que um de vocês me leve para a escola a partir de hoje." Eu falei quando cheguei no primeiro andar e meu pai estava fazendo um suco enquanto minha mãe estava sentada no mármore da pia como eu ficava quando ela estava cozinhando.

"Porque San?" Meu pai virou para me olhar e parecia meio preocupado, meio confuso, totalmente sem saber o que fazer.

"Brittany entrou oficialmente para as lideres de torcida, ganhou o uniforme e tudo." Eu abri um grande sorriso só de lembrar da felicidade de Brittany em virar líder de torcida. "Mas os treinos começam uma hora mais cedo que as aulas, então eu não tenho mais uma carona." Dei de ombros e sentei para tomar café.

"Eu te levo então." Meu pai sentou do meu lado e fez um sanduíche para mim enquanto minha mãe contava como tinha sido a feira de medicina que eles tinham ido durante o final de semana. Quando meu pai terminou de preparar o sanduíche ele embrulhou em uma folha de papel-toalha e colocou na minha mochila. "Vamos? Eu preciso chegar mais cedo no consultório hoje."

Eu levantei e dei um beijo na minha mãe e eles trocaram um beijo rápido, meu pai virou para mim e depois balançou a cabeça.

"Eu ia te pegar no colo, mas se eu fizer isso eu posso dar adeus as minhas costas."

Eu ri e sai da cozinha ao lado dele. "Eu não sou mais criança pai, não é legal você ficar me pegando no colo sabe?" Dei uma piscada para ele e nós dois começamos a rir.

"Eu sei que você não é criança Santie, mas é a minha filhinha e é duro ver que você cresceu sabia?" Nós dois entramos no carro e ele parecia triste.

"De onde veio isso papa?"

"Você está crescendo hija, daqui a pouco vai estar beijando na boca, se tornando mais independente. É complicado para um pai ver isso porque isso quer dizer que o filho daqui a pouco vai começar a ser livre e é tão doloroso ver que você se tornou dispensável e seu filho não precisa mais de você, que ele agora tem sua própria vida e é dono das suas escolhas, que a sua ajuda é inútil..."

"Padre, que besteira sem tamanho é essa que você esta falando?" Ele me olhou e eu vi algumas lagrimas caindo pelo rosto dele. Meu pai sempre foi mais dramático e chorão do que minha mãe e por algum motivo ele tinha acordado emotivo naquele dia. Quando eu era mais nova e acontecia alguma coisa comigo era sempre ele que chorava ou ficava totalmente surtado achando que eu ia ter uma hemorragia, quando eu menstruei pela primeira vez ele achou que eu estava com alguma infecção e estava morrendo, até ele se lembrar que aquilo acontecia com adolescentes e ai ele começou a chorar porque a filha dele estava crescendo e ligou para a família toda para avisar. Maldito sangue latino! "Você não é dispensável, sua ajuda nunca vai ser inútil e eu não vou te deixar de lado ok?" Ele deu um sorriso e assentiu, quando o carro parou ele aproveitou para limpar as lagrimas e me dar um abraço. Cheguei na escola vinte minutos mais cedo do que necessário.

"Me desculpe por isso San, você sabe como eu sou emotivo as vezes." Eu assenti e ele sorriu para mim e me puxou para mais um abraço. Dei um abraço no meu pai e sai do carro, ainda faltavam dez minutos para o colégio começar a encher e Quinn finalmente chegar então fui até o campo de futebol para assistir aos treinos. As Cheerios estavam lá treinando e mesmo de longe consegui encontrar Brittany fazendo alguma sequencia junto com mais 4 meninas e ela era incrível, realmente ela merecia aquela vaga, ela fazia aquilo tudo parecer fácil.

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