“Não há volta a dar por mais que tentes mostrar que tens 17 anos nunca irás conseguir Matty.”
“Não sejas envejoso, quem olha para mim vê logo que tenho 17 anos.”
Matty era meu primo, era mais novo do que eu dois anos, sempre fora muito bem-disposto e brincalhão, sempre nos demos bem, gostava de brincar com ele quando era criança era realmente muito divertido, mas agora ambos crescemos, ele continuou a ser a pessoa que foi, fui eu que mudei não o posso culpar por ter sido sempre quem foi, não o posso culpar pela minha frustração com a vida, eu sei que ele brinca quando me chama envejoso mas se calhar até sinto mesmo enveja, enveja da vida que ele tem e que eu queria ter também. Mas de qualquer das maneiras continua a ser uma companhia agradável é pena eu não estar á altura para retribuir essa companhia.
“Sim, se notasse eu não te teria dito?” Talvez não tenha usado o timbre apropriado, mas agora já fui
“Quando queres consegues ser mesmo mal-humorado sempre pensei que pudesse ser mais divertido ter-te a viver aqui em casa.” Doeu, doeu mais do que eu pensei ter ouvido estas palavras do Matty, muitas vezes nos divertimos na casa um do outro, e custa ouvir que não esta a ser agradável, e a culpa é inteiramente minha, só minha.
“Desculpa Matty, eu não queria … tu sabes que não é por mal, mas eu apenas não consi.. “Ele interrompeu-me com um abraço quando percebeu que se eu continuasse iria lembrar tudo ao pormenor
“Eu compreendo, não precisas de explicar nada, quero que saias daqui de cabeça erguida com olhos para o futuro.” Continuou abraçar-me e sim estava a saber bem.
“Isso nunca irá acontecer, os meus olhos para o futuro nunca serão os mesmos. “Desfez o abraço e agarrou no meu rosto forçando-me a olha-lo nos olhos
“Nunca percas a esperança, é o pior que podes fazer, acredita em mim existe sempre algo porque lutar.” Eu já não disse mais nada apenas assenti com a cabeça
Isto faz-me sentir mal, faz-me sentir que eu faço mal a quem esta a minha volta, a minha baixa autoestima a minha insegurança de mim próprio até mesmo a minha persistência no passado, faz com que eu sofra e ao mesmo tempo que as pessoas que ficaram do meu lado sofram com o meu sofrimento, a força que eles fazem para levantar alguém que caiu mas que não quer se erguido, como podem levantar alguém que parece que faz força para ficar no chão? É preciso mais para que me tire este peso forçado de cima de mim, a esse mais não aparecerá não há como aparecer, ninguém pode trazer nada de volta.
“Embora não pareça eu estou a lutar por isso.” É realmente verdade eu estava a lutar por conseguir ser feliz, mas também é verdade que a cada dia que passa me parece menos possível
“A coisa que eu mais quero é ter aquele Harry de volta era o melhor que me podiam fazer. Custa muito ver-te assim e não saber o que posso fazer”
“Matty? O teu pai ainda não desceu?” A minha tia entrou na sala questionado o Matty
“Não mãe eu passei por lá e ele estava a procura de uma papelada para levar mas ele já deve estar aí a … “
“Não devo estar já estou, vamos lá a este pequeno-almoço que já cheirava lá em cima.” O meu tio apareceu no cimo das escadas.”
Sentamos todos á mesa como nos mesmos lugares como sempre fizemos até agora para tomarmos o pequeno-almoço todo juntos, estava a ser agradável, sabia que não iria voltar durante algum tempo tinha que aproveitar este momento são como uma segunda família, mas nunca irá substituir a minha família, a não ser que eu não me habitue muito aos ares de londres e tenha de voltar antes do previsto, só quero que isto corra bem. Ia-mos comendo enquanto conversávamos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dark Mystery ∞
Fanfiction" Queria acordar e poder pensar que foi apenas um sonho mas na verdade foi a minha chapada para realidade. Eu queria recuar. Eu queria impedir aquele acidente. Eu queria congelar todos os meus sentimentos. Eu queria nao ter vindo para Londres. Eu qu...