Capítulo 46

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💞***💞

Pedro

O médico que estava cuidando do caso da mãe de Ester veio até mim, nós dois conversamos e ficou tudo resolvido a partir de hoje eu pagarei os aparelhos da mãe de Ester. Eu queria pagar tudo de uma vez, só que o meu Pai não libera muita grana assim pra mim ele me da só o suficiente de eu viver sem ter que incomodá-lo sempre. Ainda bem que já resolvi isso e deixei bem claro pro médico não dizer que sou eu que está pagando, não quero que Ester saiba disso.

Entrou na minha sala Diego e dois enfermeiros e o médico saiu com os papéis comprovando que eu agora sou responsável de pagar tudo o que a mãe de Ester precisar. Um dos enfermeiros estava com uma cadeira de rodas que colocou do lado da minha cama e eles vinheram até mim entrelaçando os seus braços no meu corpo pra me por sentado na cadeira.

Chegou o motorista do meu Pai que foi entrando na minha sala e ele olhou pra Diego. — Já podemos ir?

— Sim podemos ir, já pode levar o garoto. — Disse Diego.

E o motorista foi empurrando a cadeira de rodas em que eu estava sentado e quando estávamos passando pelo corredor daquele hospital, uma garota parou na minha frente fazendo todos pararem e olhar pra ela. Eu levantei minha cabeça e olhei pra ela e demorei de reconhece-lá até olhar os seus cabelos ruivos que estavam presos. Era Safira que estava diante de mim com o semblante bem apagado e triste.

— Pedro posso falar com você? — Sua voz saiu num tom triste.

— Eu pensei que você nunca pisaria em um hospital. — Falei sério.

— As coisas mudam não? Se fosse antes talvez eu não pisaria, mais agora é diferente.

— Diferente porque? — Olhei pra ela meio confuso, acho que algo grave aconteceu.

— Será que tem outro lugar pra conversamos, mais a vontade. — Disse ela olhando pra Diego e pro motorista do meu Pai.

— Sim tem o jardim do hospital, me leva que eu te digo a direção.

— Garoto nós vamos perder o vôo. — Disse Diego interrompendo.

Eu olhei pra ele. — Diego não tem problema atrasar-mos um pouco, até porque eu sei que se chegarmos lá os meus pais não vão estar em casa me esperando.

— Tudo bem só não demorem muito. — Disse sério.

— Fica tranquilo Diego pela minha amiga eu demoraria o tempo que fosse preciso. Agora vamos Safira?

— Ah sim vamos. — Disse Safira segurando a cadeira de rodas em que eu estava sentado e empurrando aos poucos.

— Segue reto e depois vire pra direita, vamos pegar o elevador e ir pro jardim OK?

— Sim Ok.

Safira foi seguiu reto e virou a direita como eu disse pra ela fazer, entramos no elevador e ela apertou o botão que nos levou pro jardim do hospital; ali tinha alguns pacientes sorrindo outros com suas famílias e eu preocupado com a Safira. Ela me levou pra debaixo de uma árvore que estava com uma sombra bem fresquinha e se sentou em um banco e eu fiquei ali na frente dela esperando ela dizer algo só que ela estava olhando pro chão e segurava as suas mãos que estavam entrelaçadas e deu pra perceber o esforço que ela estava fazendo tentando segurar as lágrimas pra não chorar. De verdade eu nunca tinha visto Safira assim antes ela estava frágil diante de mim até que levantou o rosto e uma lágrima desceu e me olhou nos olhos quebrando todo aquele silêncio.

— Pedro eu perdi tudo...

— Tudo como assim? — A olhei com um olhar calmo tentando compreende-lá.

O Tempo De Deus - [Livro 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora