O Tempo De Deus - [Livro 1]

Capítulo 34

Ester

O meu desespero foi tão grande que eu não sabia o que fazer, me ajoelhei ali onde estava a minha mãe caída naquele chão frio e estava tentando acordar ela.

Comecei a gritar e chorar. — Mãe por favor acorda. Mãezinha fala comigo!!! Você não pode me deixar agora? Não faz isso comigo. — Segurei a sua mão bem forte. Só que nem assim ela acordou.

Pedro chegou com um homem e carregou a minha mãe em seu colo e os dois saíram de presa a colocando no táxi. — Ester fecha a porta e vem logo.

E eu assenti me levantando e secando as minhas lágrimas, só sabia fazer o que Pedro dizia.

Dentro daquele táxi o Pedro estava mais desesperado que eu. — Moço tenta cortar um caminho mais rápido e vamos pro hospital mais próximo.

— Eu to tentando ir o mais rápido possível. — Disse o homem focado no volante.

— Ester cuidado com a cabeça da sua mãe não solte por nada.

Eu olhei pra ele e assenti com a cabeça e as lágrimas caiam sem parar de meus olhos e no fundo do meu ser eu clamava a Deus pra que ele fizesse a minha mãezinha acordar.

Senhor eu sei que estás ai, por favor escute os meus pensamentos e faça com que a minha mãezinha acorde. Meu Deus eu te suplico, não a leve agora com o Senhor. Tu sabes muito bem que ano passado eu sofri muito porque perdi o meu Pai na véspera de Natal e eu não quero nem me imaginar longe da minha mãezinha. Ela é a única pessoa depois do Senhor que eu mais amo nessa terra.

— Ester olha pra mim. — Disse Pedro apertando minha mão forte. — Vai ficar tudo bem eu estou aqui do seu lado.

Olhei pra ele com os olhos vermelhos e soluçava de tanto chorar que o respondi bem baixinho. — Obrigada.

— Chegamos vamos descer. — Disse o taxista.

Os enfermeiros vinheram depressa e colocaram minha mãe sobre uma maca e a levaram pra sala de emergência. E Pedro pagou o taxista e fomos pra sala de espera. E eu me ajoelhei ali no chão e só sabia clamar a Deus pela a vida da minha mãe. E Pedro veio até mim e se ajoelhou ao meu lado me abraçou forte e eu só sabia derramar lágrimas.

— Ester olha pra mim.

Eu o olhei e ele levou uma das suas mãos até o meu rosto secando minhas lágrimas e eu fechei os meus olhos e as lágrimas caiam ainda mais.

— Porque? — Eu o olhei nos olhos e o respondi como se todas as minhas forças estivessem se esgotando aos poucos naquele momento.

— Ester eu não conheço o seu Deus, mais pelo o pouco que andei com você  eu acho que você deveria aprender a confiar mais nele, se é nisso que você acredita, agora é hora de depositar toda a sua confiança nesse Deus. A sua mãe é forte e ela vai superar tudo isso e você não está sozinha.

Eu abracei o Pedro com todas as minhas forças e só saiu uma palavra da minha voz. — Obrigada.

— Vem Ester se sente aqui na cadeira e eu vou pegar algo pra você comer. Ta bom?