Poemando...

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Virei me diretamente para traz, vi um menino loiro, parecia ter aproximadamente a minha idade. Ele tinha cabelo loiro, caindo a franja e um óculos que destacava o seu rosto, o que o tornava muito bonitinho. Em seu olho castanho pude vê um olhar de surpresa e timidez, parecia bravo.

"Desculpe-me, eu não queria mexer nas suas coisas é que...",falei com um pouco de medo, e encantada.

"Você é curiosa!, Ou... queria roubar?"

"Desculpa senhorito, eu não tinha essa intenção!. Eu só estava curiosa...E... Este lugar me chamou atenção... E...", tremia.

"Você é a neta da Dona Luzia?" Ele se sentou e um banco. Serviu-se água e me ofereceu um pouco, aceitei.

"Sou sim!", gaguejava .

"Ah...perdão garota, é que aqui é um lugar importante para mim. Uma estranha aqui não se vê todos os dias. Aqui, vendo os meus caderninhos, e os faço também".

"Você escreve...Poesias?", falei um pouco surpresa.

"Sim!., Você tá bem molhada,  encharcou o meu espaço. Aqui sente-se!" Deu-me um banco.

"Desculpa, eu tenho uma roupa e uma toalha perto do riacho,vou lá,então... desculpe-me de novo e tchau!", não sentei, apenas sai dalí o mais rápido que pude.

"Ei espera... seu sotaque é diferente!", me alcançou. Parei de andar.

"Moro em Cancún!"

"Fala espanhol.... Indagou. Era como se ele já tivesse morado lá. Morou?

"Você é de onde?", o interrompi.

"Daqui de Porto Alegre. Mas, não posso deixar de mencionar que tô fazendo aula para ir para o exterior!"

"E para onde você vai?",andei até o riacho, ele me seguiu.

"Para Cancún!", ele disse olhando para os meus olhos atentamente esperando surpresa na minha expressão. Sim, eu estava.

"Sério?!", me enxugava.

"Minha namorada mora lá... eu até já fui lá, minha irmã mora lá, junto com a minha namorada. Ela ia mudar para o Japão, mas como meus pais vão morar lá, decisão deles, não autorizaram a sua ida, fazendo assim, eu ter que estudar para morar lá, junto com a minha família que irão junto comigo."

"Ah, tá!, então...eu já vou indo, tudo bem?!, Até mais."

"Até!",acenou. Já estava bem longe dele.

Sai sem rumo, àquela conversa me deixou mais empolgada, ou pela falta de amizade, deu esse sucesso. Cheiguei em casa, sem falar com ninguém, me tranquei no quarto, me jogando na cama, pensei no garoto e no qual nome ele tinha....adormeci.
..
"Oi filha, foi bom?!", minha mãe adentrou no quarto, fazendo eu despertar de repente.

"Ótimo!", me levantei, empurrando-a para fora. Não queria falar sobre o riacho, ou sobre o garoto pelo qual eu não parava de pensar... tranquei a porta, me joguei novamente na cama, mas dessa vez, eu não conseguia dormi, pois os meus pensamentos foram além do riacho...

Já estava anoitecendo, me levantei depois de um 50 minutos lembrando da minha manhã. Tomei um banho quente, já fazia frio. Vesti uma blusa preta sob uma jaqueta vermelha, um short com uma meia calça preta, por fim, soltando o cabelo, colocando um gloss,  e uma bota que ia apenas até o tornozelo e tinha um saltinho, saindo do meu quarto e me deparando com a minha mãe.

"Conta!", ela se aproximou.

"O que?", entrei no meu quarto novamente. Ela não percebe que eu não quero falar sobre o "caso" riacho?. Peguei meu caderninho de Natal, tinha que ter uma desculpa para sentar lá fora e ficar sozinha.

"Mãe tô lá fora, viu?, e não, não houve nada no riacho!", passei por ela e fui em direção a calçada da casa da minha vó.

Peguei meu diário. Queria tentar escrever...como foi meu dia?, sei lá!,iria tentar alguma coisa naquele caderno,um poema?...então comecei:

No riacho encontrei,
Um garoto que nunca mais verei.
Ele é dócil e também arrogante,
E seu sorriso é um diamante.
Queria abraça-lo
E também ama-lo,
O garoto que quase não conheço,
Mais quero como namorado.

"Que merda, eu sinceramente,não sei escrever! "

Olhei para a mata, depois para o riacho, bem distante,  estava uma luz clara, a casa estava toda acessa, o que clareava o riacho.

Momentos depois iria entrar, quando ele apareceu entre o matagal.

"Hora,hora... Quem está aqui, Luiza!"

"Como sabe meu nome?, E qual o seu?!"

"Me chamo Nícolas,e... eu que fiz este caderno na sua mão, sabia?!"

"Mentira!"

"O que você está escrevendo?"-disse ele se aproximando do batente da casa.

Alí, na escuridão, a lua refletia o rosto dele, e a única coisa que dava para ver é que ele tava perto, alí ficamos se encarando.

"Na-ada!"

"Posso ver?!"

"Não!"

"Por que?"

"Esta escrito um poema!".

Minha Vida Em PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora