Capítulo 3

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Acordei antes do Heitor, fiquei alguns minutos simplesmente o admirado e relembrando os detalhes da noite anterior, parecia tudo tão irreal.

Levantei da cama tentando não acorda-lo e fui até o banheiro, escovei os dentes e prendi meu cabelo, que antes estava uma tremenda bagunça. Meu estômago roncou lembrando que eu precisava comer, ao chegar na cozinha encontrei Bia e Caio tomando café e juntei-me a eles.

- Ontem eu esqueci de avisar que o Heitor viria dormir aqui, viu ele chegar? - Meu irmão perguntou.
-Hmm, não. Acho que já estava dormindo. - Fingi não está interessada no assunto e foquei em comer meu pão.

— BOM DIA PESSOAL! -Ouvi um grito animado e vi Heitor aparecer na cozinha sem camisa. Ele não fazia a menor questão de disfarçar sua felicidade.

- Bom dia mano. -Meu irmão fez um aceno e eu apenas tentei me diminuir até desaparecer.
Quando olhei para cima Bia estava me encarando com uma sobrancelha erguida e um olhar que dizia "Que diabos está acontecendo?", me fingi de desentendida e também ergui uma sobrancelha, ela apenas revirou os olhos e voltou a comer. Meu irmão agia naturalmente enquanto Bia me lançava um olhar diferente a cada segundo, assim como Heitor, que me lembrava só com um olhar de tudo que fizemos na noite anterior, meu desejo por ele só aumentara e nos imaginava fodendo na cozinha, no banheiro, na sala, em todos os lugares possíveis.

Meus olhos foram até seu corpo e o avaliaram de cima a baixo, lembrar que na noite passada tudo isso estava em cima de mim me faz ofegar, desviei os olhos, tinha medo de que meu irmão percebesse apesar de eu achar impossível. Não sei se eu batia no caio por ser tão tapado, ou se o agradecia.

Encarei meu pão avidamente, fingindo estar muito interessante e entediada em outras coisas. Eu estava encostada no balcão da cozinha, quando ele se aproximou e encostou seu corpo no meu, prendi a respiração, quando ele pegou o queijo que estava trás de mim.

- Bom dia! - Ele sorriu de lado. Eu apenas o encarei, tentando ao máximo disfarçar, tendo certeza que falhei nitidamente.

- Bom dia. - tentei tirar ao máximo os sentimentos que borbulhavam dentro de mim.

Ele saiu de perto de mim e se sentou no banco ao lado do meu irmão, eu continuei em pé, cheguei a conclusão que seria melhor.

Hoje era domingo, e como todo domingo comum o tédio marcava o dia. E hoje não foi diferente, fiquei vendo algumas coisas da escola, estava no último ano, e faltava menos de um mês para formatura, e até lá, estávamos a todo vapor. Não vi Heitor o resto do dia e da semana, o que me deixou Frustrada, parecia que ele estava me evitando e aquilo estava me deixando puta, a alegria do domingo foi dissipando a cada dia da semana.

No final de semana teria uma festa no apartamento da Bia, seria o aniversário dela e ali me veio a esperança de vê-lo.

Passe o sábado me arrumado, depilei cada canto do meu corpo, tinha a esperança de que foderíamos muito, e eu ansiava por isso.

Quando chegou a noite eu coloquei um vestido colado ao corpo, prata. Fiz uma maquiagem carregada, como era de noite não me importei, coloquei saltos e meus cabelos soltos com pequenos cachos nas pontas. Estava vestida pra matar.

Quando cheguei a festa, já estava a todo vapor, fui primeiro ao bar, antes de ir ao meu irmão e a minha cunhada. Tinha certeza que meu irmão iria embarrar que eu bebesse. Fui de encontro ao pessoal e o vi, ele estava lindo, calça jeans preta, blusa de gola, também preta. Tinha um ar mau e misterioso.

Como eu era fraca pra bebida, já estava bem leve, o suficiente para provocá-lo. Cumprimentei todo mundo com abraços e beijos. Quando chegou sua vez beijei bem no canto da boca pegando na sua nuca. Quando me afastei sorri e fui conversar com a galera.

- Está linda Hel. - Vitor envolveu minha cintura beijando minha bochecha.

Vitor também era amigo do meu irmão, e sempre deu em cima de mim descaradamente, para o descontentamento do meu irmão e agora para o de Heitor também. Vi a mandíbula do Heitor contrair, e a diabinha que habita em mim dar pulos de alegria, e eu claro usarei aquilo ao meu favor, nunca fui Santa.

- E você sumido. - virei-me de frente a ele.

Ele ainda segurava minha cintura firme, joguei meus cabelos tentando ser sensual, e coloquei meus braços em seus ombros.

- Sabe como é, muito trabalho pra fazer. - Vitor respondeu, como sempre contando vantagens sobre si mesmo.

- Entendo. Eu tam- -Fui interrompida por uma mão no meu ombro e quando percebi a figura imponente de Heitor estava parada atrás de mim.

- Fala aí, Heitor, quanto tempo nao? - Vitor estendeu a mão para Heitor e o mesmo ignorou com tamanho descaso.

- Deveria ter continuado assim. - Disse, com o olhar assassino sobre Vitor. - Helena, Bia disse que quer falar com você.

- Ah, mas eu estou matando as saudades do Vitor. - Resmunguei.

- A Bia realmente precisa de você, ela tá lá no corredor. - Olhou para mim como quem dizia "é melhor ir ou a coisa vai ficar feia.".

Resolvi obedecer e cambaleei entre as pessoas tentando chegar até o corresor, quando finalmente cheguei percebi que era o único local vazio da festa, procurei e nem sinal da Bia, ouvi passos atrás de mim e Heitor apareceu, apenas bufei e tentei sair dali, mas no fundo não queria. Ele me segurou e me empurrou gentilmente contra a parede.

- Eu realmente acho que você deveria ficar longe de bebidas alcoólicas. - Sussurrou da maneira mais sexy possível. - Mas se soubesse o quanto está com cara de safada, iria estar no mesmo estado que eu. - Ele colou nossos corpos e eu senti sua ereção. - Esse vestidinho em você é a coisa mais linda do mundo, mas eu quero muito te ver sem ele. - Eu apenas ouvia cada palavra e deixava que elas me afetassem, lá em baixo.

A bebida me deixava com um tesao incontrolável e eu queria atacá-lo, mas meu irmão estava naquela festa, não poderíamos arriscar.

- Heitor, eu quero você, quero muito, mas meu irmão está aqui. - disse com a voz quase inaudível.

Ele me puxou para dentro se uma porta e estávamos no banheiro, ele fechou a porta atrás de mim e me imprensou contra ela, sem me dar tempo de fazer nada, atacou minha boca com força. Agarrou minha cintura com força me trazendo mais pra ele, pressionando seu membro contra mim, suspirei. Seu beijo era forte, não tinha nada de gentil, naqueles momentos, toda gentileza que existia nele, ia embora.
Sua outra mão foi para minha bunda apertando-a forta e depois deferiu um tampa, fazendo-me gritar contra sua boca.

Ele tirou seus lábios dos meus e foi até minha orelha, mordiscando-a e dando beijo naquela região.

- Diga que é minha. - Ele sussurrou perto da minha orelha, e desceu sua boca pelo meu colo.

Abaixou a alça do vestido e atacou meus seios, mordendo-os fortes quase machucando, era uma mistura de gemidos, dor e prazer, tudo dentro de mim borbulhava.

- Diga que é minha. - repetiu.
Quando viu que eu não falaria nada apertou mais fortes os meus seios, causando dor, o prazer se concentrou no meu sexo.

- Eu sou sua. - disse.
Ele afrouxou o aperto nos meus seios, e começou a beijá-los. Uma de suas mãos entraram na minha calcinha constando o óbvio, eu estava encharcada, eu estava totalmente pronta para ser fudida por aquele homem.

- Boa menina. - Ele disse no meu ouvido. - Ninguém toca no que é meu Helena, e você é minha. - sua voz saiu rouca pelo desejo.

- Me fode, por favor, preciso do seu pau dentro de mim. - Pedi manhosa, passando a mão sobre seu membro.

- Ainda não, meu amor. Caio vai dormir aqui hoje e nós vamos pra sua casa. - Ele ajeitou meu vestido e minha calcinha, deixando-me com raiva e mais tesão. - Vamos sair um de cada vez.

Heitor abriu a porta do banheiro e meu irmão estava em frente à mesma, tentei disfarçar meu susto, mas não foi muito eficaz.

- O que estão fazendo? - Caio perguntou.

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