Capitulo 10 - Eu senti a morte

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Eu sabia que tinha que me cuidar, anorexia é algo serio, mesmo que muitos não se importem. Eu achei melhor não contar nada parta a Carla, não nos falamos desde que descobri que ela estava com o Austin. Eu não a culpo por nada afinal não contei que estava saindo com o Austin porque ele pediu sigilo e eu não o queria perder.

Eu aguentei tudo isso por uma semana, mas hoje a tarde fui ao colégio levar o papel da rematrícula pro próximo ano e vi o Junior com a Joey. Fiquei mal por isso.


Eu cheguei em casa e tinha uma mensagem do Austin me chamando para ir ate a sua casa, eu esperava uma explicação pois ate agora não tinha nenhuma. Ao chegar em sua casa eu entrei e parei na varanda, não tinha precisão de entrar mais.

Matteo: O que quer? – ele tentou me abraçar mais eu me afastei – Saí você ta namorando e me chama aqui pra isso? – tudo bem que era só um abraço mais eu sabia que não era so isso que ele queria –

Austin: Ela nem se importa comigo, e eu preciso de você! Vem?

Matteo: Pensasse antes de fazer o que Fe – dei de costas mais regressei – Por que você fez isso? Eu me entreguei e você me iludiu. Me fez criar uma história cor de rosa entre nós. Eu podia renunciar, mas eu me entreguei a ti Austin. Eu não sou, mas o mesmo, e nunca serei! Você me deixou pra ficar com a Carla, pra ficar com uma garota. Justo a minha melhor amiga?

Austin: Ela é sua amiga? Se você a perdoou por que não pode me perdoar?

Matteo: É diferente ela também é vítima, nunca soube que aquela nossa conversa foi alem.

Neste momento os pais de Austin chegaram e então eu achei melhor ir embora, não queria mais confusão. Eu podia sentir os seus olhos me fritando enquanto eu caminhava rumo a minha casa, para longe dele, para o meu único conforto.

Era uma tarde nublada, minha blusa de frio azul escura tinha um capuz, então comecei a chorar sem me importar e desta vez deixando as lágrimas saírem. Ao chegar em casa tive certeza de que essa seria a última vez que eu ia chorar por esse idiota. Eu estava sozinho em casa, liguei para a Carla e falei toda a verdade; disse adeus, pois aquela era a última vez que eu falava com ela.

Entrei no banheiro, sentei no chão, liguei o chuveiro e fiquei chorando, pensando no Austin, no Junior e no que eu tinha acabado de fazer. Quando eu terminei de tomar banho foi me olhar no espelho do banheiro. Eu vi uma gilete... Não eu não me cortei e sangrei ate a morte, sou covarde demais para isso!

Talvez algo menos doloroso como remédios funcionasse. E foi o que aconteceu, eu tomei todos os tipos de remédios que encontrei pela casa. Desde os controlados que meu pai tomava ate os de gripe.

Hospital Hernandes

Eu não me lembro de mais nada, só lembro-me de acordar aqui no hospital e ser informado pelos meus pais que estou aqui há dias. Minha mãe achou melhor eu começar a fazer terapia, e já começamos logo cedo.

Psicóloga: Então você fez isso tudo por conta de um garoto que te trocou por uma garota? – ela respirou e voltou a dizer – Matteo não vale à pena fazer isso por ele. Prometa-me que a partir de hoje você vai mostrar estar cada vez mais feliz para que ele veja que isso não te afetou em nada e que ele realmente foi um idiota!

Matteo: Eu prometo, de verdade. Eu acho que desabafar me ajudou bastante.

Psicóloga: Sim! Partir nunca será a melhor opção, falar sim! – ela se levantou e se despediu com um abraço – Eu volto amanha na mesma hora.

Matteo: Esta bem, obrigado! – sorri –

Ela se foi e eu fiquei sozinho, percebendo que eu já estava melhor. Ela tinha razão, falar sempre será a melhor opção! Algumas horas depois minha mãe entrou no quarto que eu estava, ela estava chorando, parecia brava e ao mesmo tempo triste com algo.

Safira: É verdade? – parou em frente a cama – ME DIGA?

Matteo: O que foi mãe? O que esta acontecendo?

Safira: Você ta... você realmente esta saindo com um garoto?

Matteo: Co-como?

Safira: Entao é verdade Matteo? Voce é viado – ficou de costas – A onde eu errei? O que eu fiz de errado para voce virar isso?

Aquelas palavras me mataram por inteiro, eu nunca esperava isso dela. Eu estava sentindo muita dor e medo dessa situação.

Enfermeira: Senhora, não é horário de visita do seu filho!

Safira: Ele não é meu filho!

Ela se foi e eufiquei ali, em choque, sem saber o que fazer...

Ela se foi e eufiquei ali, em choque, sem saber o que fazer

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