A última luz

Apenas uma filósofa

A um ano atrás...
Sabe, parei pra pensar e cara, eu to seguindo em frente do meu jeito, a cada bem-me-quer e mal-me-quer da flor da nossa vida a gente vai aprendendo, posso dizer que nesses anos que se passaram eu consegui ter algumas das melhores pessoas ao meu lado, To descontando minhas confusões em meus sonhos, e cada obstáculo é uma motivação pra mim seguir em frente, afoguei minhas mágoas em tardes de competições, concentrei meus sonhos em madrugadas de pensamentos, e durante o dia eu era apenas eu, tento viver por mim e pelos meus pais e irmãos que se foram, depois do que aconteceu, eu tento levar minha vida em um único propósito, não é vingança, nem nada disso, apenas queria um mundo mais justo, as leis que hoje existem, são apenas rótulos muitas vezes não cumpridos, a educação de hoje, é apenas um padrão, que muitas vezes o governo tenta mudar a cabeça dos estudantes, pois sabem que a educação derruba o governo, brigar por poder, isso que a sociedade atual tem feito, pois se cada um fizesse sua parte, haveria menos desigualdade ou corrupção, haveria escolas com bons ensinos e hospitais com grandiosas estruturas.
Não, eu não quero ser política, apenas tento expor meu ponto de vista pra haver futuras mudanças, não sou aquela pessoa de ir lá e protestar, pois muitas vezes não adianta, a população não tem poder aos olhos dos governantes recém-eleitos.
Vivi pouco, aprendi muito, me arrisquei tanto, e olha onde eu estou, isso mexmoo, dando uma de filósofa.
Mano, eu não sou qualquer uma, amo conversar, mesmo sozinha, ganhamos as coisas através do diálogo, não vou mentir, sou mesmo daquelas típicas meninas clichês, é claro que se uma maluca com 16 anos, que é uma das maiores skatistas e a mais conhecida nas corridas de carros, é clichê, então isso me define.
Tenho opinião própria, nunca precisei seguir ninguém pra me tornar popular.
Se eu sou temida ?
A não ser que você queira enfrentar uma garota que vem de uma das famílias mais ricas do continente, então não devo ter moral pra implantar medo.
Não sou muito conhecida, pois sempre me mantive longe da mídia, ou seja, se eu quiser e lá na Rua 1º de março (veio na cabeça) e bancar a doida, provavelmente 0,0000001% das pessoas locais vão me reconhecer por esse rótulo.
O Lipe tem me ajudado bastante, mas nesse último ano ele tem estado tão ausente, devido ter atingido a maioridade e ter de tomar conta das ações da empresa.
Falando em empresa, me lembrei de faculdade, não, não sei o que eu vou fazer, quero tirar um ano longe de tudo, como uma pessoa normal, e curtir um pouco essa correria que as pessoas chamam de vida, se eu continuar assim vou virar hippie, e quando retornar, talvez embarcar na carreira de Direito, pra ver se eu consigo fazer o mundo um lugar mais justo.
Talvez um dia eu conte o que aconteceu, mas se sua definição de clichê for a minha vida, quem sabe eu possa te surpreender.