Capítulo 31

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Bishop

Assim que chegamos no clube todos começam a procurar em meio às caixas e papéis por qualquer coisa que possa ser usado contra Franklin.

- Eu duvido que Carla tenha qualquer coisa contra o pai. - Alexa diz.

- A idéia de procurar aqui foi sua. - Lembra Tayler.

- Eu sei, mas não estamos procurando uma coisa única que possa ser usada contra Franklin e sim algo que possa ser usado a nosso favor. - Alexa diz abrindo mais uma caixa e tirando um porta jóias de madeira.

- Isso explica. - Falo.

  Voltamos a nossa busca em meio às coisas de Carla. A puta pode ter morrido mais deixou muita merda para trás.

- Será que não temos um diário ou nada do tipo? - Pergunto. - Afinal as mulheres não fazem essas merdas?

- Nem toda mulher passa vida escrevendo as merdas dela em um caderno, você não vai encontrar um diário no quarto de uma mulher determinada.  - Fala Alexa. - Diários são para quem sonha, a vida é para quem corre atrás do que quer.

- Certo. - Levanto as mãos me rendendo. Não quero atiçar o gênio forte dela, muito menos ter Tayler no meu pé por irritar Alexa.

  Nesse momento Alexa da um passo para trás e bate na caixa de jóias, que cai no chão e uma parte dela voa para o outro lado. Alexa se abaixa para recolher tudo e levanta com um caderno nas mãos e uma arma.

- Acho que não precisamos mais procurar. - Diz. - Pela primeira vez Carla me surpreende, a vadia tinha um diário.  Que tipo de cadela do mal tem um diário? - Alexa da de ombros e então diz: - Esqueça a pergunta. 

  Com o caderno em mãos ela se senta em uma cadeira e começa a ler, enquanto isso eu vou até a caixa no chão e recolho um envelope. Quando abro encontro uma chave e um endereço, parece ser de um cofre na cidade.

- Acho que sua mãe escondia mais coisas. - Falo entregando a chave para Alexa. 

- Vamos descobrir o que tem nesse lugar, mas agora eu acho que temos o que precisávamos. A nossa arma está engatilhada! 

- Podemos usar esse diário contra Franklin? - Pergunto.

- Sim e não, aqui diz que Franklin  amava a mãe da Carla. Mas com a minha família vai se saber. - Diz dando de ombros. - Carla matou a mãe dela. 

- O que?

- Pois é, parece que é uma tradição de família as filhas manterem as mães. - Alexa ri, um riso vazio e sem emoção.

- Por que ela faria isso? - Afonso pergunta se sentando ao lado da irmã.

- Aqui diz que Carla descobriu que não era filha do Franklin, a vadia quis foder comigo e no final era tão fodida quanto eu. - Alexa está com raiva e todos vêem isso pelo tom de voz. - Na noite em que ela descobriu pegou uma arma e foi confrontar a mãe, as coisas saíram do controle... Ou melhor o temperamento de Carla foi embora e a cadela matou a mãe. E com medo do Franklin descobrir ela escondeu o corpo e inventou merda sobre a mulher.

  Afonso toma o diário das mãos de Carla e lê a parte onde ela confessa o que fez:

" 4 de Dezembro de 1957

Hoje ouvi uma conversa da minha mãe com um homem. Não estou nem aí se deveria estar ouvindo ou não, mas o que ouvi me fez ficar com medo. Meu pai sempre disse que não criaria filho de outro homem, não importa o quanto ele amasse a minha mãe ou a criança.

Não posso deixar a minha mãe contar a ele, meu pai é a única pessoa que sei que posso confiar e que me ama acima de tudo. Somos iguais, como minha mãe gosta de zombar, semos farinha do mesmo saco. "

4 - Salvação - Royal MC 4 (REPOSTAGEM)Onde histórias criam vida. Descubra agora