Tracy

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Ouvir vozes, pressentir mortes, encontrar corpos sem saber como, ser uma banshee não é nada fácil. E ser metade banshee e metade lobisomem, muito menos. Sou a Megan Ferraz, e sou uma híbrida. Sim, eu nasci uma híbrida. A minha mãe é uma banshee e o meu pai um lobisomem, eles ensinaram-me tudo á cerca dos sobrenaturais.

Neste momento estamos em Beacon Hills pois um amigo do meu pai, Deaton Allan, telefonou-nos a dizer que precisava de ajuda com uma coisa.

Entramos na clínica de Deaton e logo vimos o mesmo que nos cumprimentou e guiou-nos até uma sala com uma mesa de metal no centro.

"Ainda bem que chegaram"- disse Deaton sorrindo.

"Para que precisas de nós?"- perguntou o meu pai.

"Na verdade..."- disse Deaton olhando diretamente para o meu pai. " Eu preciso da vossa filha, a Megan."

(...)

Tracy. Foi o que Deaton me disse. Preciso encontrá-a, e como o Deaton me disse, neste momento, ela está na Beacon Hills High School.

"Tens a certeza que ficas bem querida?"- perguntou a minha mãe pela milésima vez. "Eu posso te ajudar se quiseres."

"Mãe, não é preciso."- disse revirando os olhos. " Eu fico bem, se algo me acontecer eu ligo-te. Não te preocupes."

A mesma sorriu para mim e parou o carro logo em frente á escola. Sai e entrei logo. As vozes na minha cabeça não paravam de dizer o nome. Tracy. Tracy Stewart. Estava andar ás voltas quando vi um rapaz a ativar o alarme de incêndio. As pessoas saiam das salas, e eu continuava com as vozes na cabeça. Com a minha super audição ativa ouvi uma voz.

"Tracy.."- era a voz de um rapaz.

Segui a voz e dei por mim dentro de uma sala com o tal rapaz que ativou o alarme, um homem que acho que é um professor, um rapaz alto e á frente duas raparigas. Uma delas estava de pé com as suas coisas e a outra estava sentada a respirar pesadamente com a sua mão a agarrar a braço da outra rapariga, vi que ela tinha garras, logo deduzi que aquela era a Tracy Stewart. Ela nunca largava o braço a rapariga, e o rapaz moreno continuava a chamá-la.

"Tracy solta. Tracy"- continuava a dizer o rapaz.

"Ela está a magoar-me."- disse a rapariga a choramingar.

Sem pensar duas vezes, com os meus olhos num tom amarelado, fui até á Tracy e agarrei o seu braço com imensa força que a fez soltar a outra rapariga e se levantar a olhar fixamente para o nada. Não sei se era imaginação minha, mas conseguia ouvir sons metálicos.

"Eles vêem aí"- disse Tracy. "Eles vêem aí por todos nós."

Ainda estava com a minha mão a agarrar o seu braço, quando ela caiu por cima de mim. Devagarinho fui a deitando no chão e começou a sair um líquido cinzento da boca da mesma. O professor e o rapaz alto tiraram-na da sala e levaram-na. Deaton falou-me deles, mas nunca me chegou a dizer os seus nomes,e neste momento iam a levar até á clínica. Saí da sala e logo ouvi a rapariga que a Tracy magoou a falar.

"Ela nem sequer devia estar na nossa aula."- disse enquanto olhava para o rapaz. "Para onde estão a levá-la?"

"Para o hospital, eu acho."- respondeu o rapaz. "Precisas de ajuda para ir ao gabinete de enfermagem?"

"Acho que consigo."-respondeu a rapariga e logo indo embora.

Ia me embora quando o rapaz me chamou a atenção.

"Hey!"- disse ele e logo olhei-o. "És a Megan, certo?"

Assenti e logo depois saí a correr até o carro da minha mãe deixando o rapaz sozinho a olhar-me de longe, quando lá cheguei fomos diretamente para a clínica.

Dread Doctors- Liam DunbarOnde histórias criam vida. Descubra agora