[09]

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Eu: O que você...- Puxo ar, já que meus pulmões reclamavam pela falta dele.- Como sabe este nome? "Eu sabia"? Sabia de quê..? Você conhecia minha mãe?- Acabo atropelando minhas perguntas por conta do forte nó que minha garganta dava.

Yato: Calma Jimin...- Ele fala parecendo procupado.- É uma história meio complicada...

Eu: Não é nada complicado!- Me exalto, apoiando minhas duas mãos na madera velha de sua mesa.- Só... Me diga logo... *suspiro* Como você conhece minha mãe? Eu nunca ouvi falar de você...- Me sentei na mesa ao meu lado e tampei meu rosto com uma das mãos, disfarçando a vermelhidão do mesmo.

Yato: Kuroko...- Ele o encara.- Por favor...- Antes mesmo de terminar sua frase, o outro sai da sala em silêncio.- Jimin, tudo bem para você perder esse intervalo?- Retirei minha mão do rosto, voltando a encara-lo.

Eu: Quem é você?- O professor baixou a cabeça antes de se levantar de sua cadeira, logo sentando na carteira ao lado da minha, virando-se para mim e colocando suas mãos em meus ombros.

Yato: Eu, era um amigo muito íntimo de sua mãe. Nós... Bem, na época ela trabalhava em um restaurante, você sabe disso. Um dia fui lá para comer e ficar um pouco sozinho, pois tinham acontecido coisas que, não vêm ao caso...- Yato tira suas mãos, direcionando-as para sua nuca.- Bem, naquele dia sua mãe, foi ela quem me atendeu, e, meio que depois disso, tudo foi...- Ele pensa.- Foi se encaixando, para que nos tornacemos grandes amigos. E foi o que aconteceu.- Acabo por arquear uma sobrancelha.- Tsk, não me olhe com essa cara... Pois bem, ela me atendeu e depois de um tempo, voltou para minha mesa entregando duas garrafas de Soju. Ela percebeu que eu não estava bem naquele momento, então, como estavam poucos clientes, Sohyung simplesmente se sentou à minha frente na mesa e brindou comigo. Fiquei sem reação na hora mas, acabamos por conversar até o restaurante fechar.- Estava prestando total atenção em sua história.- Se passou um tempo e ela me contou que estava grávida, passando assim alguns meses, ela teve você. Nunca a vi tão animada... Você tinha que ver a alegria dela ao me contar que finalmente teria um filho, os olhos dela brilhavam.- Não conseguindo mais segurar, algumas lágrimas se manifestam.- Não chore...- Diz num tom brincalhão, com a expressão tranquila, em seguida, limpando minha bochecha.

Eu: Desculpe...- Controlo minha respiração.- É que, sinto tanta falta dela...

Yato: Sim, eu sei...- Sua mão acaricia minha cabeça.- Eu também sinto.- Ele sorri.- Com um tempo afastados por conta do trabalho...- Ele continua.- Eu te vi pela primeira vez andando.- Ele ri, pandeirando seus dedos pela madeira da carteira.- Você era um bebê muito fofo e desajeitado.- Acabo por rir.- Como era tão novo, não se lembra de mim.- O encaro mais tranquilo. Fiz uma tempestade por conta disso, eu tinha certo direito de faze-lo.- Apesar de ter ido embora antes dos seus dois anos, consegui lhe reconhecer assim que ouvi seu nome na diretoria. Pensei estar confundindo ou algo assim, mas quando o vi, estava certo.- Ele se aproxima.- Você continua com essas bochechas fofas.- Derrepente começa a aperta-las.

Eu: Argh i-isso dói!~- Esfrego-as.

Yato: De qualquer forma, agora você sabe toda a verdade.- Assinto.- Faltam seis minutos para tocar o sinal, caso queira ficar aqui, fique a vontade.- Me levanto.

Eu: Não~ Preciso ir ao banheiro.- Ele acena e eu faço o mesmo, indo embora.

Cheguei no mesmo e havia ninguém. Dei um longo suspiro, baguncei minhas madeixas, logo em seguida, entrando em uma das cabines, a trancando, sentando na privada e, fazendo o que estava segurando naquela sala. Chorei até sentir meus olhos reclamarem.

[pov kuroko]

Então este é o Jimin que tanto fala o Yato.

Quando acabo de sair da sala dou de cara com o grupinho que estava com ele, eles me olham e um de cabelos castanhos fala:

I ѕιмply love yoυ ¡! ᵐʸᵍ'ᵖʲᵐ Onde histórias criam vida. Descubra agora