O Palácio Solar

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                       Eu vi a manhã

     Ela foi destruída por uma arma

    Ouvi um grito, vi-o cair, ninguém            chorou...

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O Palácio Solar, era assim que Kirk chamava a casa no qual ela estava presa, sem saber de seu bebê. Pensou em correr, quebrar tudo, pedir informações e exigir que sua bebê estivesse com ela, agora! Mas o mesmo a alertou que havia muitos guardas, sempre vigiando cada cômodo da casa. Disse também que sua pequena, logo estaria em seus braços. Era muita informação mal processada em pouco tempo. Pensou em fugir, mas logo não cogitou, olhando pela janela, ela percebeu que realmente, a casa estava fortemente protegida.

Se sentindo frustrada, ela sentou pesadamente na pequena cama do quarto em que ela estava, olhou tudo ao redor, viu fotografias suas, brinquedos, bonecas, livros, tudo aquilo era um total desconhecido. Desespero bateu nela como um soco, tentou se acalmar, mas nada faria menos. De repente se sentiu claustrofóbica, sufocado, preso, ela queria gritar! Correu até a porta e a fechou com força, soltando sua raiva e tristeza. Com a testa encostada na porta, ela teve um vislumbre de ter visto Reddington. Oh Deus, Reddington. Ele precisava salvá-la. Ele viria para ela.

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Durante sua inspeção pelos quartos, um som característico rompeu seus pensamentos.

— Checar os fundos. Ninguém saí!

Descendo as escadas rapidamente, ela encontrou Ressler, parado, vidrado em sua persona com sua arma em mãos.

— Keen...

Ela correu em sua direção e se jogou contra o abraço de seu ex companheiro de trabalho. O mesmo retribuiu o abraço colado, segurando a mesma bem perto, não deixando nada dela fora.

O resto da equipe FBI, entrou em cena com suas armas em mãos, procurando e abrindo portas, procurando o rastro de Kirk, mas o mesmo desapareceu em minutos.

— Perímetro limpo. Não há ninguém na residência.

Ressler mandou evacuar a casa e olhou para liz.

— Kirk se foi.

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Durante a viagem no banco de trás do SUV preto do FBI, Ressler tinha um olhar desconfiado e isso só tornou a viagem mas sufocante. Por mas que lhe explicasse os motivos, eles não entenderiam. Tinham o total direito de estar com raiva, todo o rancor direcionado a mim seria bem vindo.

Quando o plano foi elaborado, sabia o que estava em jogo, sabia o que resultaria a minha perda para eles.

Quando o carro parou, Ressler desceu ao seu lado, guiando a para dentro de um galpão fortemente protegido e escondido a mando de Reddington.

O ar ficou pesado, o corpo exigia oxigênio, ele estava perto. Ela o sentia, sentia seus olhos, e quando o carro dele parou e ela visualizou seu olhar abatido, cansado e magoado, ela soube naquele instante que ele sofreu mais do que qualquer um. Mas do que qualquer amigo que ela teria ou tinha, sua mágoa era nítida e isso a fez doente de remorso. Ela o perdeu, perdeu suas histórias, sua risada, seu humor, ela perdeu tudo isso. Ela o perdeu.

Mesmo do outro lado da rua, sentia o que sua ausência causou, sua forma séria irradiou raiva. Ela quase chorou, mas sustentou seu olhar para o único homem cujo sacrificou tudo para tê-la protegida, ela e seu bebê. Ela se culpou consequentemente, Agnes valia a pena. Por Agnes, ela faria tudo.



Continua...

Under The Same SunOnde histórias criam vida. Descubra agora