II. Sentimentos Perdidos: Parte 1

14 1 0
                                    

Peço perdão caso tenha algum erro de gramatica ou ortografia, às vezes na revisão eu acabo não percebendo. Boa leitura!

Quando voltou a acompanhar seus colegas reparou que os corredores pelo qual passavam eram iguais ao cômodo que havia acabado de sair, branco e iluminado demais. Se sentia em um hospício. Talvez esse lugar fosse exatamente isso. Um hospício. Dean estaria louco e fora mandado para cá. Era a única explicação plausível para ele até agora.

O destino final era um pátio enorme, pessoas e mais pessoas iam chegando e sentando em cadeiras que haviam sido colocadas para imitarem um auditório, o silêncio para um espaço com tantas pessoas chegava a ser incomodo, nem murmúrio eram escutados.  Alec se aproximou percebendo a rosto perdido de Dean, o guiou até uma cadeira vazia e se sentou ao seu lado.

Passos pesados anunciaram a chegada de uma mulher vestida com roupas elegantes junto de alguns indivíduos uniformizados. Todos se levantaram em posição de sentido,  dois dedos erguidos serviram de ordem para que  a plateia se sentasse novamente em uma sincronia perfeita.

Boa noite, espero que estejam todos bem. Como de costume queria apenas repassar os horários e datas dos próximos testes[...] - ela falava de forma banal, quase como um desinteresse, com a voz arrastada falava números e mais números, além de instruções que Dean não entendia. 

Desviou seu olhar procurando por algo que nem ele sabia, naquele momento uma garota em pé perto da entrada o encarava com um sorriso... aliviado? Ao se dá conta que o rapaz percebeu sua presença, recuo instintivamente, tinha medo de ser reconhecida, por mais difícil que fosse essa possibilidade. Podia sentir seu batimentos acelerando em seu peito, desviou seu foco para a mulher que dava as orientações finais, esperando ansiosamente para sair de lá o mais rápido possível.

A atenção de Dean se voltou para a mulher novamente quando ouviu seu nome, ela o encarava assim como todos no salão. Se levantou após se cutucado por Alec que parecia apreensivo com a situação, murmurando para que ele não fizesse nada idiota.

Vejo que já se recuperou, senhor Nielsen. Estamos todos muito felizes com a sua volta, tenho certeza que seus colegas irão ser muito receptivos e o ajudarão nessa adaptação, acredito que seja algo difícil acordar sem nenhuma lembrança e entendo que esteja confuso querendo respostas. Dou a minha humilde palavra que elas serão dadas, mas não agora.

A mulher disse com o mesmo tom vagaroso de antes, entretanto agora mantinha um sorriso forçado em seu rosto, Dean chegou a pensar ter interpretado um tipo de ironia em suas falas, tratou de ignorar esse pensamento, afinal ela havia sido muito educada e tinha prometido que tudo ficaria claro, decidiu confiar em suas palavras.

Senhor Nielsen, me diga, como está sua estadia no novo dormitório? Estão lhe tratando bem, espero.

Não sabia ao certo porque, porém suas mãos começaram a suar, seu corpo todo tremia, todos o olhavam como algum tipo de fantasma que havia voltado a vida, sua garganta ficará seca e apenas alguma silabas sussurradas foram emitidas por Dean.

Pode ficar tranquila, senhora Armolins. Dean está em boas mãos. – Disse Alec com um sorriso simpático, recebendo um aceno positivo dela.

Dean se sentou e agradeceu internamente a ele por o livrar daquele momento estranho. Ao mesmo tempo ficou bravo consigo mesmo por não conseguir responder uma simples questão, um "sim." Seria melhor do que toda aquela cena constrangedora.

Armolins pareceu satisfeita com a resposta, agradeceu a presença de todos e se despediu recebendo calorosos aplausos. Aos poucos o lugar foi esvaziando e Dean observava a garota de cabelos escuros sumir entre os outros jovens pela entrada tão rápido que era como se fugisse dele. Quando a pegou o observando de um canto escuro pode sentir sua respiração ficar ofegante, a forma como ela olhava e sorria mexeu com um sentimento profundo guardado por Dean. Estava indo a procura dela quando foi impedido por um abraço de uma menina de cabelos cor de rosa.

Onde você estava? Que me matar de preocupação? Você está bem? Fizeram algo com você? - ela fazia uma pergunta atrás da outra o analisando para vê se ele não tinha algo diferente. O cabelo estava mais curto do que de costume mas era apenas isso, era o mesmo Dean que ela lembrava ter conhecido. Não esperou por nenhuma resposta, apenas o abraçou novamente.

Eu... Eu acho que estou bem. - Dean olhava com desconfiança, por mais íntima a ele que a garota parecesse, assim como cada pessoa naquele lugar, ela era uma total desconhecida naquele momento.

O sorriso alegre de vê-lo novamente, se transformou em uma linha fina e seus olhos eram pura preocupação ao se afastar a garota havia percebido o semblante confuso dele. Ela tinha medo que isso acontecesse, se afastou e colocou as mãos nos bolsos de trás da calça jeans.

Claro, você não lembra. Me desculpe por chegar assim. - Sua voz falhava e ela mantinha sua visão em seus próprios pés.

Alec se aproximou dela, sussurro algo inaudível para os demais. O local estava vazio, apenas os três sozinhos, e a luz estava fraca. Naquele instante duas sombras surgiram da penumbra atrás de Dean, seus braços foram segurados com força e um pedido de socorro foi abafado por um pano úmido contendo uma droga forte o suficiente para derrubá-lo em segundos. 

Alicia suspirou alto, não achava a sugestão de seu amigo a melhor para a situação, porém mal teve poder de decisão. Observava os rapazes que atacaram Dean se movimentarem e arrastarem o seu corpo desacordado para uma porta enferrujada do lado contrário do palco, ela dava entrada para a parte mais escondida do jardim.

Foi uma caminhada silenciosa, tranquila se fosse levada em consideração o que estavam fazendo. O vento sacudia as folhas das árvores enquanto passam por um trilha, faltava pouco para anoitecer, Alicia estava começando a ficar apreensiva, ela tinha medo de escuridão mesmo acompanhada se sentia totalmente vulnerável. Alec segurou a mão dela ao perceber o seu nervosismo, ela o olhou surpresa e sem nada ser dito em voz alta soube pelo o sorriso do amigo que tudo iria ficar bem, não importasse como nem o que deveria ser feito, ou sacrificado, para isso.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 21, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

AcantriaOnde histórias criam vida. Descubra agora