Peço perdão caso tenha algum erro de gramatica ou ortografia, às vezes na revisão eu acabo não percebendo. Boa leitura!
Se sentia atordoado, sua cabeça tombava para frente e para trás por conta da velocidade que o carro estava, uma dor insuportável era predominante e fazia ele soltar alguns gritos de dor pedindo por socorro. Após um longo tempo carro para, ele quer se levantar e sair correndo, não se sentia seguro com quem quer fosse as pessoas que o acompanhavam, porém nem ficar sentando ele estava conseguindo por mais que tentasse falhava miseravelmente, seria impossível ficar em pé
Estava tão zonzo que mal conseguia entender o que as pessoas falavam a sua volta, eram palavras solta quem não faziam sentido, ficar sem saber o que fazer ou onde estava piorava sua dor de cabeça que latejava a cada som emitido. Era uma verdadeira tortura.
Alguém falava com o mesmo, mas ele não compreendeu, tudo ao seu redor girava, sentia todo seu corpo formigar, a morte naquele momento parecia um boa alternativa, já que tudo o levava a crer que aquele era seu fim. Com os olhos fechados suplicava para que fosse levado desse mundo.
Seu braço foi passado em volta do pescoço de uma pessoa que o arrastou até um local, passando por uma grama molhada e fria que causou calafrios em seus pés descalços, sentiu o concreto tocar sua pele, estavam subindo uma escada. Não sabia onde era, mas parecia ser um lugar muito iluminado, seus olhos ficaram irritados mesmo fechados, tomou a decisão de os manter assim.
- Dean...
Era a voz de uma garota. Uma voz doce. Por algum motivo desconhecido o rapaz se sentiu aliviado, quis responder de volta mas não conseguia, seu corpo foi empurrado desmoronar sobre uma maca fria e dura, sentia-se ficar agitado, queria olha para ela, pedir ajudar, ele precisava dela, a queria perto dele, murmurou pedindo para que ela voltasse.
- Não, não! Dean! Me soltem! - Seus gritos pareciam enfurecidos e eram abafados se tornando cada vez mais distante. Eles estavam a levando para longe dele.
Tudo ficava mais escuros a cada segundo que passava, seus sentidos iam se perdendo. A dor latejante em sua cabeça cessou, a verdade era que ele não sentia mais nada, estava entorpecido em um silêncio perturbador.
Abriu seus olhos lentamente com a visão um pouco turva, demorando para enxergar onde estava, aos poucos foi possível reconhecer uma sala toda branca, com algumas pessoas espalhadas por todo o local conversando normalmente, não pareciam se importar com o corpo deitado e ferido de Dean sobre uma de suas camas.
- Vejam pessoal, a bela adormecida acordou! - um rapaz magro e de cabelos cacheados disse arrancando risadas de todos presentes no local. Os jovens agora olhavam para ele curiosos e se aglomeravam em grupos para cochichar sobre, eles tinham sorrisos bobos e riam de vez em quanto. Dean quis mandar todos calarem a boca, mas não fez, apenas se sentou e analisou mais detalhadamente o local.
Parecia um enorme quarto, com a única cor branca pintada em todas as paredes e cobrindo do teto ao chão, as camas de solteiro estavam organizadas em fileiras, impecavelmente arrumadas, não pareciam nunca nem se quer ter sido tocadas. O hall vazio, onde se encontravam as demais pessoas presentes, nas paredes estantes de madeira velha alcançavam alturas suficientes para a necessidade uma escada de rodinhas de pelo menos 2 metros. Os livros pareciam iguais com poucos se diferenciando no tom azul.
Dean tinha certeza apenas de uma coisa aqueles eram rostos conhecidos, mas não se lembrava de onde. O rapaz que havia feito a piada estava sentando na cama ao lado da sua com um livro antigo e pesado em mãos, talvez pertencente a estante que cobria as paredes, o título estava em letras garrafais num tom vermelho claro "Sobreviva a sua própria prisão ou simplesmente morra!" ,causando estranheza ao recém chegado, não havia um autor ou editora, apenas essa frase mórbida.
- Cara, você tá bem acabado. – Alec coloca o livro de lado e levanta abruptamente, ao cruzar os braços, o rapaz parecia muito mais autoritário agora de pé, era bem mais alto que ele e por mais que seu porte físico não fosse muita coisa, seu rosto tinha um sorriso cínico que junto com toda a cena fazia Dean querer socar a cara dele.
- Desculpa, nos conhecemos?
- Na verdade não, mas já ouvi falar de você. Sabe como é, né? O tão admirado Primeiro-Sargento do2º Pelotão - o garoto falava abrindo os braços e fazendo uma imitação engraçada de algum tipo de cumprimento de soldados e rindo logo depois, mas teve como resposta do rapaz ao seu lado apenas um olhar impassível.
"Capitão? Pelotão?? Mas afinal ao que ele estava se referindo?" Se perguntava Dean. A última coisa que ele se lembrava era de sua avó pedindo para ele levar o casaco ou algo do tipo, mas não tinha nada a ver com essas coisas militares que Alec se referia, se sentia atordoado com tantas perguntas surgindo ao mesmo tempo, o incapacitando de racionalizar naquele momento.
- Onde está meus modos? Afinal não deve se lembrar de mim, me chamo Alec Rivera. - Estendeu sua mão em cumprimento.
- Dean Nielsen. - Falou tentando ser o mais simpático possível e Alec dá uma risada sarcástica.
- Cara, eu sei quem você é. Na verdade todos aqui sabem. – Mais uma vez o garoto faz uma grande reverência dramatizando suas frases ditas, virando-se para o seu público que ainda os observava e balançavam as cabeças em afirmação. Todos tinham um olhar de admiração para Dean, fazendo com que as bochechas dele começassem a esquentar apresentando um leve rubor. Dean desviou seu foco dos olhares afoitos para o seu novo conhecido.
Dean pensou em dizer que ele não fazia a mínima ideia sobre o que ele estava falando e nem aonde eles estavam, entretanto manteve-se calado. Passou as mãos nervosamente pelos cabelos castanhos tentando lembrar de algo que faça sentido para tudo aquilo, e isso fazia com um sentimento de raiva ao invadisse, querendo gritar loucamente. Contudo por fora sua feição se tornou calma e ao ouvir o som de uma sirene alta percebeu uma movimentação seguida de alguns xingamentos em sussurros, os jovens se organizaram quase que automaticamente em filas organizadas, onde mantinham uma postura impecável, senão fosse pelas roupas casuais poderiam os considerar soldados em formação. "E talvez fossem isso." Pensou Dean.
- Todos para a Sala Central, agora!- Uma voz robótica anuncia por altos falantes.
Dean achou melhor os seguir, estava tomado por um sentimento de dejávu, passou pelos corredores um pouco mais atrás da fila de seu quarto, observando cada cantinho, todos eles conhecidos em memórias esquecidas. Parou subitamente ao se deparar com um grande mural, onde haviam fotos e medalhas de todos os tipos, encontrou seu rosto estampado em um rapaz fardado, de rosto limpo com um semblante sério, não havia sequer um resquício de felicidade em seus olhos, o dia estava frio na imagem. Se perdeu por alguns segundos encarando a si mesmo do passado, no fundo se sentiu aliviado de deixado tudo para trás.
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Acantria
Mystery / Thriller©Todos os direitos reservados. Acantria se passa numa realidade alternativa da nossa onde o mundo está em colapso, a poucos passos de cair no declínio total do fim da humanidade. Dean é um rapaz sossegado, vive a rotina regrada dos ainda sobrevivent...