Prólogo_ Seu Futuro Marido.

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Traição.
Uma das coisas que mais detestei na minha vida. Para mim isso é;
Inadmissível.
Inaceitável.

Nunca imaginei que eu seria traída. Principalmente quando passei 3 anos junto da pessoa, isso mesmo. TRÊS ANOS! Perdi 3 anos da minha vida!
3 anos em que eu poderia estar nas baladas, bebendo, fumando (embora eu detestasse), usufruindo de tudo que é proibido, ou então, sentar no sofá e rever todos os filmes de Harry Potter e star wars. Ou melhor, assistir todas as temporadas de Naruto(TODAS), e rever death note pela quinquagésima vez (sim, gosto de animes, me julguem).

Mas ninguém poderia imaginar, ninguém nunca imagina, principalmente quando estamos cegos de amor. Eu amava o Piter, amava de verdade. E pensei que se um dia nosso relacionamento acabasse, eu estaria totalmente destruída. Mas não foi bem isso.

Quando presenciei a traição, um sentimento de liberdade invadiu meu peito, de uma forma que nunca pensei que aconteceria. Eu pensei que iria chorar, e esse sentimento estaria para se concretizar, se não tivesse desaparecido completamente num piscar de mágica. Era como se eu tivesse sido espetada com a flecha do amor, e quando presenciei aquilo, o efeito saiu completamente. Foi um sentimento muito passageiro, e passou rápido de mais. Para alguém que na minha opinião dizia que amava.

Uma das coisas que mais me chamou atenção foi quando ele me viu. Eu pensei que ele correria atrás, e dissesse que estava arrependido. Ou qualquer desculpa esfarrapada que dão ao serem pegos no ato. Mas não foi nada disso. Ele não correu atrás, apenas me fitou, sorrindo fraco e apertando o corpo da loira bunduda para si. Como se dissesse "acabou, estou com ela agora", não demonstrei nenhuma reação, a única coisa que fui capaz de fazer, foi correr o mais rápido que pude como se estivesse em uma maratona. Oi em outros casos, em um filme de zombie.

Eu não entendia o motivo da traição, simplesmente não entendia, estávamos tão bem, falávamos até em casamento, nunca me passou pela cabeça que isso iria acontecer. Não mesmo.

Confesso que foi difícil refazer a vida, eu passava muito tempo com Piter, e isso tinha se tornado uma rotina. Minha vida virou de pernas pro ar (não literalmente) depois daquilo. Embora eu não estivesse tão machucada emocionalmente. E isso me fazia perguntar, "por que eu não estou machucada?", "por que não estou chorando?", "por que não estou comendo chocolate até engordar?".
- Perai, eu sempre como chocolate. Independentemente do estado emocional.

A única coisa que tinha me abatido foi a humilhação que passei, eu não ligava para o Pitter e muito menos para a loira bunduda com quem ele me traiu.

— Então você não o amava.
-minha mãe disse quando contei a ela sobre isso.

— Sim talvez eu não o ame. -respondi, sabendo que ela estava de alguma forma, certa.

— O que você vai fazer agora que sabe que não o ama ? -ela perguntou, demonstrando desinteresse, mas tentando não transparecer. (Minha mãe não gostava de Piter e qualquer assunto assunto relacionado a ele).

— Vou seguir minha vida. -respondi firme, ela sorriu, não por estar feliz por minha atitude, e sim porquê aquilo indicava o fim da conversa.
Despejou um beijo em minha testa e se retirou do meu quarto.

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— Eu vou seguir minha vida. Normalmente. -eu disse em voz alta, de frente ao espelho, enquanto respirava fundo, como se aquelas palavras fossem um tipo de fortalecimento.

— Que você vai seguir sua vida eu tenho que concordar, mas a parte do normal. Não. -me virei bruscamente para encarar o dono daquela voz. Meu coração acelerou desesperado, o medo tomou conta de mim. O dono daquela voz era um homem (tecnicamente, adolescente). Alto, e com uma espécie de arma em sua cintura, ele me encarava atentamente, sorrindo de um jeito abobado. Como se estivesse feliz de eu estar vendo-o agora.

— SO-SO... SOCORRROOOOOO!-gritei com todas as forças possíveis, na esperança de alguém me escutar, mas foi uma tentativa falho, minha mae havia saído para ir ao mercado, e os vizinhos tinham ido viajar. Eu estava sozinha. Frente a frente com um homem adolescente estranho armado.

— Gritar não vai adiantar. -ele se jogou na minha cama, suspirando feliz por estar deitado em uma cama tão macia como aquela.

— Que-Quem é você? -ele se levantou num salto, fazendo suas botas pretas baterem forte no chão, ajeitou seu cabelos loiros de modo exagerado (se eu não estivesse tão apavorada, acharia que aquilo era uma tentativa falho de seduzir), respirou fundo e se aproximou de mim, confiante.

— Me chamo Max. -"max" se aproximava ainda mais de mim, me fazendo dar passos pra trás, para evitar a aproximação, enquanto dava olhares furtivos a espécie de arma que ele carregava.

— O-oque você quer aqui?! -meu corpo se chocou com a parede, eu não tinha para onde fugir. Max continuou à caminhar, parando apenas ao ficar poucos centímetros frente a frente de mim. Ele estava tão próximo que pude sentir sua respiração acelerada e seu perfume forte de "macho alfa".

— Eu não vou te machucar Riley. -sussurrou, com uma voz calma e doce.

— Como sabe meu nome?

— Eu sei tudo sobre você. -diz sério, aquilo fez com que eu tivesse mais medo dele. O encarei assustada, criando coragem para olha-lo nos olhos. Seus olhos eram em um tom azulado que nunca tinha visto. Eram incríveis e surreais.
-Tá, não é hora de ligar para isso. Foco Riley!-

— Co-como? -respondi, ainda encarando-o. O brilho em seu olhar me hipnotizava. E eu não estava feliz com isso.

— É essencial saber afinal. Sou seu cupido... -ele sorriu, percebendo meu olhar incrédulo e ainda assustado sobre ele. "Cupido", agora tinha certeza absoluta, aquele homem/jovem muito bonito de olhos brilhantes hipnotizantes, era um louco de pedra.

— E também... -Max colocou suas mãos na parede ao meu redor, me impedindo de fugir, abaixou a cabeça, colocando sua boca próxima ao meu ouvido, e sussurrou a frase que mudaria minha vida por completo.

Seu Futuro Marido.

Meu Cupido [Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora