*Narradora: Laís
Era uma fria manhã de janeiro quando meu despertador tocou às seis da manhã. Era o dia 27 de janeiro de 2014 e também o meu primeiro dia no novo colégio. Eu estava começando hoje uma nova etapa na minha vida: o ensino médio. Eu esperei durante anos por esse momento, pensei até que eu fosse ficar mais empolgada nesse dia, acordar até mesmo antes do despertador, mas não. Eu estava era com saudades dos meus amigos, que infelizmente, quase todos estão em colégios diferentes. Sei que poderíamos muito bem marcar um dia e todos nos encontrarmos novamente, mas... Agora fica mais difícil, por diversas circunstâncias, como a distância e os estudos.
Por necessidade, eu me levantei da cama. Acordei meus pais, como de costume (que contradição...) e depois minha mãe preparou meu café. Vesti aquela farda nova, me arrumei e meu pai me deixou no colégio. Essa escola era bem maior do que a que eu estudava e lá existiam várias turmas de uma mesma série, ao contrário do meu antigo colégio. Fui matriculada no Primeiro C de um total de cinco primeiros pela manhã. Confesso que meu desejo não era ficar nessa turma. Uma amiga minha ficou na turma E, e eu até chorei para que mãe me matriculasse lá, mas... Não tinha mais vagas. O que fazer? Se acostumar apenas a vê-la na hora do intervalo e da saída. Algo totalmente chato e angustiante para mim, que sempre fui super apegada às amigas. Mas teve que ser assim.
Para a minha sorte (ou azar...) o menino que estudou comigo no outro colégio e que eu gostava muito, também estava estudando lá. Que ótimo, achei na época. Mas hoje vejo que não. Mas na hora fiquei tão feliz, achei que dessa vez essa paixão que eu sentia por ele durante o ano anterior fosse aumentar e fosse se tornar recíproca. O nome dele era Carlos, e eu passei meses e meses gostando dele em segredo. Mas, depois que contei para as minhas amigas parece que tudo se espalhou. Ainda não acredito como uma delas fez isso comigo e fico pensando em que tipo de amigas eu tinha. Sabe qual é o meu problema? Eu sempre fui besta. Acreditei demais sempre que todos fossem verdadeiros comigo, que as mentiras não existissem em meu meio, que tudo era um conto de fadas. (Doce ilusão...)
No último dia de aulas no antigo colégio eu confessei para Carlos que estava apaixonada por ele, e dei um abraço nele, com lágrimas nos olhos. Eu realmente achava que não veria ele mais. Fui bastante inocente nesse ato. Esse menino nunca gostou de mim, nunca. E ainda por cima... achava que eu era feia. Mas mesmo assim iniciou o novo ano e eu ainda gostando dele.
Eu subi as escadas do colégio e perguntei a uma senhora onde era minha sala, a mesma me respondeu gentilmente, e eu subi aquela rampa. Ela estava cheia de alunos e muitas vezes eu encostava sem querer em alguns, que me olhavam com um olhar diferente. Bem, deviam ser veteranos. Eu era novata e não conhecia ninguém. E estava até mesmo admirada com o tamanho da escola, com tantos alunos, tantas salas, tanta alegria no rosto de muitos ao rever os amigos. Enquanto isso... Lá estava eu, sozinha.
Cheguei no primeiro andar e vi minha sala. Na frente da mesma tinham alguns meninos e uma menina sentada na mesa do professor. Lembro-me que essa garota, cujo nome é Vanessa, me perguntou se eu estava na sala certa. No momento respondi que sim, mas depois fiquei me perguntando se ela não estava me zuando. Eu tinha 14 anos, mas um rosto de criança de 12 anos. Eu tinha as sobrancelhas bem mal feitas, um cabelo cacheado todo desarrumado, baixa, bem branquinha e magra, e ainda por cima... Usava aparelho. Eu me senti sozinha ali.
Após essa indagação, procurei a carteira mais longe o possível de Vanessa para me sentar e sentaram ao meu dois outros novatos. Maria e Matheus. Puxei assunto rápido com eles, percebi que também estavam sozinhos. E com pouco tempo, a aula começou. Era professor José, de história. Todos os alunos bem atentos (Primeiro dia de aula é sempre assim...). Vi diversos rostos diferentes e pensei que a maioria deles não iriam dar a mínima importância para mim.
Quando chegou a hora do intervalo comprovei isso. Nem mesmo aqueles novatos que conheci na sala (Maria e Matheus), ficaram comigo. Todos me deixaram sozinha e eu me senti uma idiota. Fiquei muito triste. Desci para o pátio e fiquei no canto da parede, sozinha e vendo a alegria dos outros. Agradeci a Deus quando o sino tocou para voltarmos para as salas e agradeci mais ainda quando acabou a sexta aula e voltei para casa.
Minha mãe estava me esperando na frente do colégio e fui com ela de ônibus para casa. Lar doce lar. Larguei todo o meu material e pensei: eu não estou nem um pouco animada para acordar amanhã cedo e ir para o colégio. Chorei de saudades dos meus amigos, chorei como uma criança chora quando quer algo que os pais não vão dar. Chorei e chorei.
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Olá, leitores! Quero pedir que deem seus votos e comentem. Isso é o incentivo para que eu continue a escrever essa história que trará grandes emoções. E aí? Como vocês acham que vai ser a manhã de Cesar? Vocês acham que ele viu Laís naquele mesmo dia e se apaixonou ou demorou para isso? Opinem.
Desculpem qualquer erro de ortografia. Não revisei o capítulo.
Beijossss e abraços
Deus abençoe vocês!
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Um doce Amor
Non-FictionEssa história é baseada em fatos reais e conta a história de uma garota, chamada Laís e um garoto chamado Cesar, ambos viviam em estados diferentes, mas por acaso, aos 15 anos, a vida dos dois se cruzaram e ambos passaram a estudar no mesmo colégio...