O sonho

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A noite beirava escuridão, as nuvens tampavam o céu escuro e negro, a neblina tampa a visão de quem ousa enfrentá-la os risos da garota é  o único som presente no local até ser agonizado por um estrondo que percorre os próximos 2 km, a garota que se prende ao sinto momentos antes do acidente não é arremessada do carro e no meio da carcaça adormece em um pesadelo que mal começou, mas o menino, pobre garoto, é arremessado para fora batendo antes contra a janela de vidro e caindo em meio ao asfalto que gélido estava devido ao tempo, a mulher condutora é chocada de frente com quem vinha e acaba no meio dos entulhos.
Meredit acorda soando frio e com Eric ao seu lado tentando acalma-la, a menina que chorava e derramava cada gota como se fosse virar um rio levanta e corre para o banheiro abre o chuveiro e se derrete em baixo dele com cada peça de roupa em seu corpo.

- Ei, calma Meredit . Eu to aqui tudo bem?

- Eu vi.( fala com a voz falhando )

- Viu  o que minha querida ?

- O acidente, eu vi, ele olhava pra mim!

Meredit  solta um grito de dor e se ajoelha no chão do banheiro deixando a água gelada tentar desperta-lá do sonho que tivera.
Após 10 minutos ela pega a toalha e ainda em choque vai até o guarda roupa e pega um short e uma blusa de setim e veste ali mesmo, sem se importar para o garoto que a observava. Vai em direção à cama e senta puxando as pernas para si abraçando os joelhos.

- Você tá melhor?

- Tô, desculpa.

- Você não precisa pedir desculpas tá, vem cá! ( ele a puxa e a aconchega em seus braços ) - Vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você.

Meredit  o encara e como uma chama, como um fogo que acende dentro de si e queima cada parte o beija, um beijo caloroso, macio, lento e suave mas que pega ferocidade no ato, ele a retribui e  lhe toca lentamente do pescoço a cintura, puxando-a para mais perto.
Eles deixam o sentimento ali presente queimar.
Por falta de ar se separam e olham-se profundamente e se abraçam, dormem o resto da noite assim.

No outro dia acordam com o despertador que os obrigam, Dona Ângela ( governanta) bate na porta do quarto e abre ao ver os dois fecha a porta envergonhada.

- Ela vai contar pra meu pai, ele vai me matar, tô morta já!

- Você não fez nada de errado, vai lá e explica pra ela o que aconteceu e para seu pai também ué, eu te salvei ontem praticamente! Eles irão entender.

- Você acha ?

-Espero.

- Sobre ontem... me...me descu...desculpa!(fala nervosa e envergonhada) - eu não sei o que me deu.

- Respira e para de gaguejar( fala abrindo um sorriso) pare de se desculpar por tudo que faz! Eu não me arrependi de ter retribuído e gostei muito, e ontem você estava confusa foi muita coisa para uma noite só.

Dona Ângela estava na cozinha, preparava o café da manhã de Meredit todos os dias, e hoje acrescentava mais um prato na mesa, como a mulher curiosa que é, não esperava a hora de conversar com sua enteada, como brincava de chamar Meredit devido ao fato de ser sua governanta quase que mãe também. Ângela era uma mulher de 53 anos, muito conservada para sua idade, apresentava poucas rugas de idade e alguns fios de cabelos brancos apenas, estava sempre com vestidos brancos ou pretos e todos longos, uma mulher muito bonita apesar do olhar cansado devido ao trabalho exaustivo de cuidar da mansão.Dona Ângela observa o garoto descer as escadas e fica maravilhada com tamanha beleza, por dentro de orgulho da enteada de tão bom gosto que teve quando escolheu seguir a vida novamente, aí restava a dúvida, Meredit resolveu mesmo seguir a vida?

- Bom dia meu querido, sente-se para tomar o café, sou Ângela.

-Bom dia. Obrigado, sou Eric.

- Ho é um prazer conhecê-lo! Quer dizer que você é o namorado de minha filhinha?

- Mãe! ( Meredit repreende descendo as escadas)

- Ué! Eu sei que você não vai querer me contar, só estou buscando informações.

- É que ontem um cara tentou me atacar e Eric me salvou e me trouxe ficou comigo assistindo filme até tarde só que já tava tarde demais para ele ir par casa por que ele mora muito longe dai eu falei pra ele ficar e dormi no quarto de visitas só que eu tive um pesadelo e aí ele ficou lá comigo para me ajudar a dormi.(Meredit respira fundo após falar tudo de uma só vez)

- Menina que fôlego! Tudo bem não vou falar com seu pai, mas da próxima vez me avise! E aproveitem o dia hoje é sábado!

- Haa ... tá bom, beijo! ( fala terminando de comer a torrada e se levantando).

Os dois se despedem de Angêla e saem para caminhar.

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