Agradecimentos e oportunidades

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Ela chegou em sua casa, enorme quase uma mansão, mas não gostava se sentia vazia, sozinha já que em maior parte estava mesmo, afinal seu pai vivia em viajem.
O menino olhou o lugar encantado com tamanha beleza e luxo do local. De longe observou a garota a tentar abrir a porta e nervosa não conseguir se virando e encostando na porta escorregando lentamente até se apoiar com os antebraços nos joelhos e baixar a cabeça.
De longe avistou um estranho se aproximar da garota e puxa-la pelo braço com uma das mãos , levou a menina até um canto afastado da rua, Eric se adianta e pega um pedaço de madeira e vai até o local onde o homem levou a garota.
Ao chegar no local se identificou com uma sena que causara repulsa, se deparou com o cara amarrando as mãos da garota e tentando beija-la começando a levantar seu vestido, Eric olha incrédulo e leva a madeira como um porrete na cabeça do homem, toda sua fúria e revolta foi aplicada no golpe que derrubou o homem.

- Você está bem ? ( pergunta já ligando para os policiais).

- Eu... não.

Meredit cai novamente em lágrimas abraçando Eric que a acalenta e leva de volta a porta. Após adentrarem a casa ele a coloca no sofá e vai a procura da cozinha, volta com um copo d'Água entrega-lhe e senta ao seu lado. Os policiais chegam e Eric sai para dar depoimento. Adentra a casa novamente e se senta do lado de Meredit, ela se encosta no ombro de Eric que a enlaça com um dos braços mantendo-se em silencio.

- Obrigada. ( Meredit fala quase sem voz)

- Está tudo bem agora Okay? Você tá a salva aqui comigo tá ?

- Agora eu to graças a você, mas e se você não estivesse lá ?

- Mas eu estava!

- obrigada!

- Meredit você não tem que me pedir obrigado! Olha você é um pessoa maravilhosa e não entendo o por que de passar por isso tudo.

- Eu não era assim.(Fala e olha para baixo).

- Você não é assim!(dá ênfase no "é")- no primeiro dia que se batemos você estava acabada, aquelas pessoas pisaram em você e você deixou! Olha para você hoje, esta muito linda, e pelo pouco que conversamos vejo que é uma pessoa boa para se conviver e muito inteligente. Então por que deixa as pessoas te verem como aquela menina ingênua e inocente escondida atrás de um capuz?

- Eu não consigo mais ser eu na escola, todos na escola sabem que meu melhor amigo morreu e eu sou a culpada! Eu não consigo mais sair desse mundo que estou agora, eu amo o Gustavo e ele se foi, já tem seis anos, mas ele ainda tá aqui  comigo e é tudo culpa minha.( deixa uma lágrima escapar).

- O que te faz pensar que é culpa sua ?

- Bom, eu pedi pra tia dele nos levar ao parque e na volta fiquei brincando de passar de um lado pro outro no banco, atrapalhei a tia dele que estava dirigindo e ela não conseguiu escapar do carro que veio na outra direção pq tava chovendo e nublado e eu atrapalhei.

- Meredit isso não foi culpa sua, como você disse estava chovendo e nublado( dá ênfase) -e você reparou no tanto de vezes que falou "foi culpa minha" e " eu atrapalhei"? Você se culpa por algo que não foi sua culpa e tenho certeza que Gustavo também te amava e que gostaria de te ver muito feliz novamente.

   Meredit se cala e em meio a tantos pensamentos começa a considerar o que Eric falou. O clima na sala fica tenso mas depois de alguns minutos eles voltam a falar sobre coisas aleatórias.
Eles passaram o resto do dia ali, conversando sobre assuntos do mundo e vendo filmes, ela se sentia completa e segura e ele se sentia único na vida, mais vivo que nunca, se encantava como os olhos de Meredit que lhe causavam arrepios e alterações só em mirar-los.
Já eram 23:00 pm quando Eric se levantou e anunciou que teria de ir embora.

- Eric, espera! Fica aqui essa noite, já esta tarde e agora é perigoso lá fora.

- Obrigado Meredit mas não quero atrapalhar seus pais.

- Que pais ? Minha mãe faleceu e meu pai está em viajem, mal passa em casa.

- Acho melhor eu ir...

- Fica! Por favor.

- Tudo bem, vou só ligar para avisar a minha avó.

Meredit sente um arrepio percorrer seu corpo e abre um leve sorriso que não deixa o garoto ver, porem não foi muito perfeccionista na hora de esconder e Eric a viu e sorriu de volta, um sorriso tão lindo e encantador.

- Quer tomar um banho ? Eu pego uma roupa do meu pai para você.

- Tudo bem.

Meredit foi até o quarto e pegou um moletom de laicra do seu pai e uma camisa de manga, ambas cinzas, foi até o banheiro entregar a roupa a Eric, e acabou por perder o ar quando se deparou com ele sem camisa, entregou a roupa e saiu vermelha.Foi até o quarto e entrou no seu próprio banheiro ligou a banheira e se despiu, colocou as espumas e mergulhou no mar de água ali presente.
Eric acaba o banho e sai a procura de Meredit pela enorme casa, avista a porta de um quarto meia aberta e vai até lá, chama por ela mas nenhuma resposta, então ele entra e começa a observar o ambiente, tão delicado como a dona mas tão diferente de como ela se mostrava na escola, quando vira e vê uma porta entre aberta por onde sai um vapor e vê uma silhueta de costas, que identifica como a da menina ele tenta disfarçar mas não tira os olhos do corpo nu da garota, logo ele se vira em direção contaria a porta e senta na cama esperando.
Meredit sai de dentro do banheiro com um moletom e se assusta ao ver o garoto no seu quarto que parecia um pimentão de tão vermelho que estava devido o acontecido.

- O que foi que está vermelho?( dá uma um riso nasalado).

Ele a olha sem grassa e levanta da cama.

- Onde eu vou dormi?

- No quarto ao lado pode ser? É o de visitas.(encara Eric pensando  na troca de assunto rápido ) .

- Tudo bem.

Trocaram meias palavras e Meredit foi até o quarto ajeitar as coisas necessárias para Eric dormi, assim começou a noite, eles foram para seus quartos e adormeceram.

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