Algo escondido

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Gabrielle diz a Guerreira que estava morrendo de saudades de sua tribo amazona e que queria visita-la, sem pensar duas vezes Xena atende seu pedido e então começam a caminhar em direção da tribo.
Gabrielle percebe um olhar diferente em Xena, olhar pensativo meio triste mas não teve coragem de perguntar. Chegando lá Gabrielle cumprimentou a todos e mata sua saudade com o fim da tarde toda, mas repara que a guerreira ficou sozinha calada em sua tenda. As amazonas oferecem uma tenda especial a Gabrielle.

A mesma não entendia o ocorrido e pensou que Xena poderia querer lhe deixar mas viu que este pensamento era pura bobagem as duas enfrentaram muitas barreiras pelo caminho e desistir de tudo agora era tolice, talvez Xena queria ficar um tempo sozinha então aceitou a ideia de ter uma tenda especial.
Sua tenda era dos deuses frutas de todos os tipos,castanhas, vinho, água e pão além de uma cama super confortável. Mesmo com todo conforto sentiu falta de Xena mas achou que já era tarde e poderia falar com ela no dia seguinte. Então adormeceu.

No meio da noite a barda sente um calor diferente em sua testa mas com preguiça e muito cansada volta a dormir. Nem sabia ela que era a guerreira que preocupada veio ver como estaria sua barda de madrugada.
Xena volta a sua tenda sem entender porque Gabrielle não dormira junto com a mesma, mas deixou esse fato de lado além do mas sua cama era de solteiro e deixaria Xena "desconfortável". Chorou a noite toda, sim Xena chorou, pela primeira vez se sentia perdida e consumida por um sentimento cada vez maior por Gabrielle, seus olhos inchados e com muita olheira denunciava o que fizera esse tempo todo, sentiu dores no corpo por toda tensão resolveu preparar um banho para acalmar os nervos pegou a tina, água quente, se despiu e entrou na água em poucos minutos sentiu-se  relaxada e nem percebera que estava amanhecendo.
Então pegou um pano se enrolou e começou a enxugar seus cabelos negros após uns momentos as amazonas começaram a se manifestar com pequenos barulhos e percebeu que já estava na hora de sentir um ar fresco, vestiu suas roupas sem seu coro e sua armadura, usou calças e uma camiseta larga com barbantes entrelaçados na gola v. Muitas amazonas nem prestaram atenção que era a Xena por parecer uma mulher comum mas com roupas um pouco masculinas. Mas ela não se importava pelos olhares desatentos ou extremamente surpresos por sua escolha diferente e repentina.  Ela pega seu café da manhã e volta a tenda, por suas costas escuta muitas pessoas questionado o porque deste comportamento mas não se importa nem um pouco.

Mais tarde Gabrielle desperta de seu sono com sonhos românticos e eróticos com a guerreira, sentiu-se um pouco envergonhada mas aliviou-se de saber que só ela teria essa informação um tanto quanto íntima. Saiu de sua tenda indo tomar seu café, todos perguntam a Gabrielle o que avia acontecido com Xena mas ela não sabia responder suas perguntas então engoliu sua comida e posicionou a caminho de Xena. Abrindo a tenda a barda assiste uma mulher com roupas mais masculinas dita como comum fitando o teto. Xena percebe Gabrielle e logo senta em sua cama um pouco nervosa mas Gabrielle parecia não perceber, só suas olheira e o olho inchado então sentou se na cama de Xena. Olhou com preocupação e logo falou em um tom baixo mas audível.

-sou sua amiga

Ao escutar o que a barda lhe disse pensou em jogar tudo para o alto e colocar as cartas na mesa mas algo fez não dizer nada. Xena sentiu medo, o medo da rejeição pelo seu amor e contando acharia que ficaria pior não poder ter Gabrielle por perto pensando que iria ir embora. Então Xena respondeu acenando com a cabeça positivamente e esperou sua amiga falar.

-Xena, sei que você é reservada, mas, por Eli me fala o que está acontecendo, estou preocupada com você todos estão e sei que você chorou então é algo muito sério, e não me diga que não é, porque sei que é além disso não quero ver quem eu mais amo chorar.
As palavras saíram sem Gabrielle perceber o que acabara de dizer, percebendo o ato depois de alguns segundos instantaneamente começa a ficar vermelha suas bochechas e seus olhos verdes ficam cada vez mais verdes escuros e Xena sabia muito bem o que significava ela sabia que Gabrielle estava extremamente constrangida com a situação mas mesmo assim sentiu uma pitada de esperança esperando uma correspondência mais concreta da barda. Xena olhas fixamente para seus olhos e diz:

- Eu não tenho escolha né?
- Não mesmo
- Porque me deixou sozinha na tenda?
- Eu não acredito Xena, sério isso?! Eu pensei que você queria ficar sozinha, pensar, refletir algo do tipo.
- Sabe que não consigo ficar sem você?

De novo a barda senti suas bochechas corarem diante do que ouvia, não conseguindo disfarçar sua reação. Timidamente ela fala:

- Na...Não consegue?
- Claro que não e você sabe disso

Xena pronuncia suas palavras com certa confiança.

- Me desculpe
- Não se desculpe

Então a guerreira beija a testa de Gabrielle.
Saindo da tenda Xena é bloqueada pelas palavras de Gabrielle lhe pedindo para esperar. A mesma se vira e se surpreende com um abraço sincero, na troca de surpresas Gabrielle sente uma lágrima cair do rosto da guerreira, então ela aperta mais o abraço e enxuga suas lágrimas.

- Xena sei que não fiquei com você ontem, e quero compensar em ficar com você aqui e agora se você não tiver algo melhor pra fazer

Então ela acena positivamente e volta pra sua cama pedindo para a barda lhe acompanhar assim a mesma atendendo seu pedido. Deitando lado a lado Xena passa seu braço direito pela cintura de Gabrielle como se ela fosse um travesseiro na vertical. Ficando um tempo se acalmando com o cafuné tímido de Gabrielle ela quebra o silêncio:

- Xena?
- Hum?
- Sei que não é só isso.
- Isso o que?
- Sobre a tenda, sei que você está triste bem antes disso. Mas não exijo explicação, só se você quiser dizer.

As palavras com entonação reconfortante fez com que a guerreira tivesse um pouco de motivação a falar. Respirou fundo e enfim disse:

- Penso em nossa amizade sinto medo em acabar sinto muito mesmo.

Não era o que realmente ela queria dizer mas um pouco daquilo era verdade.

- Por Eli! Você sabe que nunca me perderá. Me desculpe por não lhe deixar claro isso mas como eu te disse antes eu não consigo ficar sem você Xena.
- Desculpe-me eu por de certa forma não confiar em você
- Tudo bem agora vamos eu estou com fome
- Agora pouco acabamos de comer
- Já está perto do almoço, para já faz um tempo.
- Hahaha tudo bem então.

No almoço antecipado, os elogios de Xena para Gabrielle corriam a solta.

- Ei Gaby
- Hum?
- Posso te chamar assim?
- Claro que pode.

A barda sorri timidamente após ganhar um apelido dado por Xena.

- Xena?
- Hum
- Sabe, você é a pessoa que eu mais confiei então eu quero que guarde um pergaminho pra mim no melhor esconderijo que você tiver.
- Tudo bem
Sem perceber a guerreira mais uma vez atende os pedidos de Gaby no exato momento, já como instintivamente.

Levando o pergaminho a uma caverna distante Xena deixa Gaby com as amazonas era o seu momento de matar a saudade e sabia  ela como era difícil sentir saudades de algo ou alguém principalmente alguém,que se chamava Gabrielle.

Voltando para a tribo Xena vê um lugar bem diferente do que um tempo antes. Percebera então e foram atacadas por algo forte de mais para as Amazonas.Procurando Gabrielle ela tem a infeliz surpresa de que tinha sido raptada mas não sabia por quem.

(Continua no Próximo Capítulo)

Xena e Gabrielle Onde histórias criam vida. Descubra agora