Capítulo 4

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Capítulo 4: My worst fears

Acordo péssima de uma noite mal dormida, olho no relógio de cama são exatamente 3 da amanhã, dizem que é a hora em que os Demônios atacam suas vítimas, sou vítima de tudo, das dificuldades, circunstâncias de todos os temores. Já era de se esperar, acordar assustada de madrugada, minha infância foi repleta dessas noites peculiares, faço o máximo de esforço e quando já são quase 5 horas eu me entrego ao sono. Agora deitada em  uma maca clichê de um consultório quase falido, conto meus medos ao meu psicólogo favorito.

- Bom doutor Dilan,  essa foi a descrição de uma das minha noites não tão assustadores nesses últimos dias.

- Vejo que você anda se exaltando demais, isso não é bom para você.

- Doutor, o crápula do Renan sabe que hoje é meu aniversário e levou meus filhos para viajar, tudo isso pra me destruir.

- Faz dois dias que eu saí de casa, depois de uma tarde ótima com meu filho Thiago eu entrei naquele purgatório e peguei minhas roupas sem ele ver.

- Judite, você anda tomando seus remédios no horário certo ?

- Preciso talvez de um aumento excessivo nesses remédios, nem uma noite de sono consigo ter ultimamente . Me olho no espelho e me vejo deplorável, inútil, não imagino como pude chegar a esse estado de calamidade.

- Preciso que você se acalme, Judite você precisa ser forte, seus filhos precisam de você.

- A, por sinal meus parabéns!

- Obrigado doutor. Quando é a próxima consulta ?

- Depois você passa aqui e marca, tudo bem por você ?

- Ok, tenha um bom dia doutor.

- Você também, se cuida tá.

No caminho para o ateliê entro novamente na mesma cafeteria de sempre, e como o de costume peço o mesmo de sempre. Vou para o meu carro e começo a escutar R.E.M-Everybody Hurts, ultimamente apenas essa banda me satisfaz, no porta luvas do meu carro ainda tá guardado o cartão que eu ganhei, a curiosidade para saber se esse alguém realmente estará lá no local marcado só aumenta, decido ir para o ateliê e chegando lá tenho uma surpresa não muita agradável.

Atendente do Ateliê: - Bom dia dona Judite, não tenho boa notícias.

- Aliás tenho duas notícias, uma boa e uma péssima.

- Por qual começo ?

- Por qualquer uma, já não tenho senso de otimismo.

- Bom, o presidente da misteriosa empresa de decorações marcou um jantar no restaurante do senhor Renan, para hoje a noite, como é uma questão de negócios eu concordei, tudo bem ?

- Não quero ver a cara do Renan mas preciso ser profissional, e ele cozinha muito bem.

- A segunda é o que as contas bancárias do Ateliê foram bloqueadas pelo senhor Renan.

- Obrigado, vou para a minha sala resolver isso.

- Não deixe que me atrapalhem ok ?

- Como quiser senhora.

Vou para a minha sala e chegando la
Vem em minha mente um lapso de memória, hoje seria o dia de encontrar com o meu passado, não posso fugir  dele, eu o quero, mas hoje é uma importante reunião e não posso desmarcar, não sei o que fazer.


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