Capítulo 1 - Pesadelo!

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ColdMine, dias atuais.

Era por volta das 4:30 da madrugada de segunda-feira quando Blake teve um pesadelo naquela fatídica noite.

Estava de pés descalços, vestido num jeans escuro, sem camisa em meio a uma floresta pouca iluminada de grandes árvores tortuosas.
Não sabia o porque de estar ali, mas sabia que tinha que sair o mais rápido possível.

Ele observa o ambiente úmido, iluminado com a pouca luz que saia da lua prateada em meio as nuvens densas.
Todo o chão era coberto de folhas podres que caíra das árvores pelo vento que soprava frio.

Por um momento, Blake pensou que estaria sendo observado por algo entre a escuridão da floresta em meio as árvores. Sua boca estava seca, seus lábios rígidos em linha reta e os olhos arregalados suspeitando que algo o observava. Todos os sentidos do corpo estavam apitando e uma luzinha vermelha de perigo brilhava na sua mente. Tinha que sair dali!

Blake reuniu coragem e saiu correndo procurando a saída daquele lugar sentido seus pés esmagar as folhas molhadas pelo sereno da noite. Seu inconsciente martelava a ideia de que estava sendo seguido, fazendo o garoto não se descuidar e a todo instante olhar para os lados e para trás.

Quanto mais ele corria, mais aumentava a sensação de estar sendo observado. Seus cabelos negros como a noite se mexiam freneticamente bagunçados e molhados de suor.

Um cheiro de animal podre saíra de meio à escuridão enchendo o nariz do rapaz de um cheiro desagradável.
Em poucos minutos Blake estava correndo numa trilha tentando sufocar o ar para não sentir aquele cheiro de animal em decomposição ou então desmaiaria.

Uma criatura encapuzada alta e magricela saiu atrás dele em meio as árvores, enquanto medo, pavor e agonia tomavam conta dele que não estava mais conseguindo correr e a criatura o estava alcançando com facilidade.

Ele não deixava de notar que ela flutuava uns trinta centímetros do chão ao invés de andar com seus pés.

- O que é isso? - Se questionava na mente enquanto seu corpo se paralisava do medo, sua respiração falhando contribuiu pra isso também.

Em fração de segundos a criatura tomou sua frente e ambos estavam cara a cara, enquanto ela falava o nome do garoto com uma voz arranhada e cansada.

- Blake.... Blake.... Blake. - Ao falar, a criatura soltava um tipo de fumaça do lugar onde deveria ser a boca. Era tudo que Blake conseguia ver por baixo daquela escuridão que cobria seu rosto.

Sua voz saia e entrava nos ouvidos dele fazendo-o arrepiar-se de medo.
Blake tentou falar ou gritar, mas sua voz não lhe obedecia e ficava retida em sua garganta, seca.

Seus pés também não se moviam, agora estava a mercê da criatura que esticara seu braço direito em direção ao garoto que tentava se recuar, mas em vão. 

A mão da criatura estava ficando exposta e mostrava parte dos ossos de seus dedos e feridas abertas escorrendo um líquido incolor misturado ao sangue na parte de cima da sua mão.

Era inevitável, a aquilo conduzia sua mão em direção ao rosto de Blake que estava petrificado a sua frente tentando sair do estado de paralisação do medo, mas seus esforços eram em vão. A mão da criatura começara a cobrir sua visão e numa última tentativa Blake urrou um grito tão forte que seu corpo despertou do transe.

Quando despertou estava sentado na cama com o lençol entre suas mãos trêmulas molhado pelo suor que escorria. Uma ponta de vento frio entrava pela janela do seu quarto junto com o brilho esfumaçado da lua escondida em meio a algumas nuvens que pairava no ar.

O princípioOnde histórias criam vida. Descubra agora