CAPÍTULO DOIS ~ CONFLITO ~~ LUCKY

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Eu acabo de ver a mulher mais perfeita dentro do elevador. Quase não me controlei e a beijei lá mesmo. Uma coisa que nunca fiz na minha vida, porque nunca beijei ninguém. Estranho eu sei, mas nunca senti vontade de fazer isso. Até agora.

Eu saí do elevador e fui para minha sala.

— Bom dia, senhor Donovan. — Falou Nancy, minha secretária, com seu Tablet em mãos. — O senhor quer ver a sua agenda para hoje?

— Não! — Eu entrei em meu escritório. Ela me seguiu.

— Eu quero que você entre em contato com Sasha e Bastiam agora mesmo. — Olhei para ela. — O Bastiam primeiro.

— Sim, senhor. — A sua voz era séria, mas podia senti-la encolhida. — Mais alguma coisa?

Eu me sentei em minha cadeira de madeira com estofado de veludo preto, e olhei para ela com meu rosto impassível.

— Não.

Ela se virou e saiu quase correndo, parecendo estar com pressa de sair da minha presença rígida. Eu sei que sou rígido e autoritário, e não vou mudar só porque algumas pessoas não gostam do meu jeito de ser.

Eu não tinha tempo para me preocupar com o que os outros sentiam ou não ao meu respeito. Eu tenho normas especifícas para quem trabalha comigo. Quem não tem eficiência no trabalho não fica em minha empresa, porque comigo tem que fazer o que é mandado e com a competência de um profissional que seu cargo exige.

Olhando ao redor no meu escritório espaçoso, forrado por uma luz clara que vinha de minhas janelas de vidro francesas. A vidraça de vidro pegava a parede central de cima a baixo e a outra onde ficava a minha mesa de vidro também.

Eu gosto dessa magnífica vista para a cidade de Manhattan. Gosto de olhar para esse esplendor todos os dias. Por isso comprei o prédio onde moro. Ele também tem a vista mais linda para a cidade e para o Rio Hudson River. Isso é uma vida boa e com fartura nada comparado com o lixo de onde eu vim. Deixei esse pensamento de lado e pensei na garota que não saía dos meus pensamentos.

Essa garota é a mais linda que já vi em minha vida. E olha que já tive muitas mulheres lindas, mas igual a essa, nunca. Seus cabelos negros e anelados chegavam até a sua bunda perfeita, parecia uma cascata negra, e ficou mais linda em sua pele de marfim. Mas, aquela boca vermelha carnuda era a coisa mais perfeita que já vi. Ela não parecia usar batom, então aposto que era linda por natureza. Sua boca me fazia lembrar rosas vermelhas.

O seu corpo curvilíneo parecia uma obra de arte que a deixava como uma Afrodite. Embora ela pareça não saber o quanto ficava sexy naquele terninho preto e com saia lápis onde se destacava o seu corpo. Nunca achei terninho algo sexy, mas porra, nela ficou a coisa mais linda do mundo. Minha nossa!

Se o Ryan visse essa garota, ele com certeza cairia em cima dela e logo a contrataria como sua modelo para desfilar para ele. Garanto que ele lucraria muito bem com ela. Mas isso não vai acontecer, porque eu não vou deixar a Samantha trabalhar para ele. Ela nunca vai desfilar por aí com roupas intimas para um bando de babacas ficarem babando por ela. O único homem que vai apreciar e tocar naquele corpo sou eu e mais ninguém. Eu soube seu nome pelo crachá que estava em seu bolso, que ficava em cima de seus seios lindos e com certeza saborosos. Será que eles também se pareciam com rosas vermelhas? Estou louco para saber.

O telefone tocou me tirando de onde a minha mente estava, pensando naquelas curvas que amaria passar minhas mãos.

— O quê? — Respondi com a voz crua e rígida.

— Bastiam na linha, senhor. — Respondeu Nancy com um pigarro.

— Passe a ligação.

— Senhor Donovan.

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