Capitulo 1

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É, eu estava ferrada!

                Eu tinha acabado de ser jogada em uma sela suja e imunda.

_ Vigie ela! – ordenou o filho do rei Delafils, ao guarda. - _ Ela é muito espertinha! – disse ele abrindo um sorrisinho malicioso em minha direção.

_ Seu idiota! – vociferei, batendo nas grades. - _ Eu ainda vou...

_ Vai o que? – ameaçou ele, com seus olhos castanhos me fuzilando. - _ Vai deitar no chão e fazer birra?

_ Ah, cretino! – gritei ainda me debatendo contra as grades de aço puro. - _ Quando eu sair daqui, irei arrancar a sua cabeça fora!

_ Que pena! – disse ele sarcasticamente. - _ Pois você não irá sair daí, tão cedo!

                 E então, ainda gargalhando, aquele idiota foi embora.

           

Depois de alguns minutos, peguei um de meus grampos de cabelo, e consegui abrir aquela sela fedorenta.

                Saí correndo, sem olhar para trás. – Por sorte, o guarda estava em um sono profundo, que não conseguiu ouvir o barulho do meu salto.

                Entrei em um beco, escuro, e quase tropecei na escada.

                Desci por elas, tentando achar a saída daquele covil que Gorbys Delafils, chamava de castelo!

                No final das escadas, havia uma porta. – Parei por um minuto, respirei, e vagarosamente, abri a porta. –  Era um quarto, simples, que exalava um perfume, muito tentador.

                Corri até a janela mais próxima, para ver á que altitude eu estava. – Mas, fui impedia por um barulho, que ouvi, de água.

_ Droga! – sussurrei.

                Então, sem pensar duas vezes, cheguei até a janela e tentei pulá-la. – Porém, alguém me segurou. –

_ Pensa que vai onde, princesinha? – perguntou, uma voz muito conhecida.

                Sem palavras, me virei rapidamente e me deparei com Erick, - o mesmo que me jogou naquela sela imunda – só que, com um pequeno detalhe... Ele estava nu!

                Não completamente, nu. – Usava apenas uma toalha em volta de seu quadril, tampando as suas partes íntimas.

_ Eu disse para aquele idiota ficar de olho em você! – Erick começou á me puxar para o centro do quarto, irritado.

                Eu não conseguia piscar! – Pela primeira vez, eu vi como Erick Delafils, era bonito.

                Seu cabelo louro estava molhado, por causa do banho. Seus olhos, castanhos, estavam da cor do mel. E seu tórax... Bem definido!

_ Ei! Da conta! – gritou Erick, me chamando pelo apelido que tinha colocado em mim quando éramos crianças!

_ Meu nome é Dakota! Seu idiota! – vociferei, tirando seus dedos, fortes, do meu braço.

_ Eu sei disso, Srta. Delamour! – Erick começou á me pressionar contra a sua escrivaninha, graciosamente.

_ Me solte seu cretino! Meu pai saberá disso! – Antes mesmo que a última palavra saísse de minha boca, Erick me jogou, com tudo, em um divã, próximo á escrivaninha, e se colocou em cima de mim.

_ É claro que ele vai saber!  - Erick disse, amargamente, por cima de mim. - _ Que sua pequena e frágil filhinha, invadiu o castelo Delafils, em busca de um pequeno e idiota baú, porém foi detida e mandada diretamente... Para os aposentos do príncipe, onde, com muito amor, perdeu a sua virgindade!

_ O que? – perguntei intrigada, batendo meus punhos em seu tórax.

                Erick começou á ficar mais próximo, até seus graciosos lábios, encostaram-se nos meus.

_ Dakota? – gritou uma mulher, com um tom de indignação na voz, ao abrir a porta e interromper o começo de um beijo. - _ Senhor Delafils! O que está fazendo?

_ Eu? Apenas estava ajudando a Srta. Delamour á se levantar. – Erick, que já estava de pé ao meu lado, esticou seu braço, para poder me levantar. - _ Não estou certo? Princesa!

_ S-sim! – gaguejei, aceitando a mão estendida.

_ Mas, o que você está fazendo aqui, Dakota? – perguntou a mulher, vindo em minha direção. - _ Seu pai está louco atrás de você!

_ E-ele está aqui? – gaguejei novamente.

_ Sim! – ela respondeu calmamente.

_ Oh, droga! – exclamei, já ajeitando os fios rebeldes do meu cabelo.

_ Vamos? – A mulher estendeu sua mão em minha direção.

_ Não! – vociferou Erick, me puxando para seus braços. - _ Eu mesmo á levo.

_ M-mas... – gaguejou a mulher. - _ ... O senhor está... Nu!

                E então, Erick se olhou, e se deu conta de que ainda estava de toalha.

                Aproveitando o momento, me apressei e fui logo dizendo:

_ Deixe, eu vou com ela! – novamente, tirei sua mão de meus braços, e me curvei para sussurrar em seu ouvido. - _ Fique tranquilo, eu não vou fugir!

                 E com um sorriso malicioso, eu me afastei.

O beijo do DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora