Capitulo 3

106 6 0
                                    

            

A noite logo caiu.

                Então, tivemos que procurar um abrigo. – Pois, estávamos tão longe de casa, que a tentativa de voltar, nem passou por nossas cabeças. –

                Não muito longe de onde estávamos, tinha uma pequena cabana, abandonada. – Onde, decidimos ficar.

_ Está confortável, princesa? – disse Erick ironicamente, ao terminar de estender um lençol mofado, por cima do sofá.

_ Já dormi em lugares piores! - Comecei á tirar os grampos dos meus cabelos, para não me machucarem, ao deitar. - _ Mas, e você? Onde vai dormir?

_ No chão! Onde mais? – Erick, já havia jogado uma camada grossa de coberta sobre o chão, agora, estava tirando suas botinas.

                Quando ele tirou sua camisa, fiquei um pouco em tranze, por lembrar do que tinha acontecido no castelo Delafils, ou melhor, nos aposentos de Erick. – Eu tinha começado á tirar o meu corpete, quando, Erick me olhou do mesmo jeito que em seu quarto. – Por isto, hesitei. E me deitei do mesmo jeito que estava. – Exceto pelas botas! –

_ Sério que você vai dormir com... – Erick apontou seu dedo indicador por todo o meu corpo. - _ ... Tudo isso aí?

_ Por que? Algum problema? – eu disse ironicamente, me virando em sua direção.

_ Bom... Comigo, não! – Erick deu de ombros. - _ Mas, fala sério, essa sua roupa parece ser muito desconfortável!

_ Meu caro. Toda roupa feminina é desconfortável! – Expliquei, socando a pequena almofada, que havia no sofá, para ver se ficava mais confortável.

_ Então, o que você ainda está fazendo com essa maldita roupa? – indagou. - _ Tira logo!

_ Ficou louco? – Me levantei rapidamente, olhando-o indignada.

_ Relaxa! Eu não vou fazer nada! – Erick, abriu um sorriso malicioso, olhando em direção aos meus seios. - _ E outra... – disse ele, finalmente olhando em meus olhos. - __... Eu estou morto de cansaço! Mesmo que eu queira, não vou aguentar nem lhe dar um beijo!

_ Que seja! – Dei de ombros, e então cedi. – Tirei meu corpete, e em seguida a minha túnica, verde-esmeralda. – Assim, ficando, apenas com um fino vestido de seda, que geralmente eu uso para dormir.

_ Agora sim! – Erick me olhou de cima á baixo, dando pequenas pausas em minhas curvas. – _ Isso sim que é roupa... Para dormir, é claro.

                Olhei-o de soslaio, e assim, novamente, me deitei no sofá. – Mas diferente de antes, me virei para encarar Erick, que tinha se deitado ao mesmo tempo em que eu. – E fiquei me perguntando, se era realmente verdade, que ele não estava sentindo, nem vontade de me beijar. – Não que eu me importava com isso, é claro. – Mas, fiquei um bom tempo, intrigada. Até que suas doces palavras me fizeram, automaticamente, fechar minhas pálpebras.

_ Boa noite, Dakota!

                Eu praticamente sonhei, com suas palavras. – Afinal, não era sempre que ele me chamava pelo nome.

                Mas também, essa não foi a única coisa que sonhei...

                ... Eu estava na mesma casa abandonada, ou melhor dizendo, tudo estava do mesmo jeito. – Quase me enganei, e pensei que aquilo não era um sonho. – Porém, uma coisa não estava certa. – Erick estava morto.

                Acredito que eu tenha chorado no meio da noite, pois, chorei tanto em meu sonho, que mal conseguia abrir meus olhos de tão inchados que estavam.

                A única coisa que me acalmou, foi uma música... A qual, minha mãe cantava para mim quando eu tinha pesadelos... O Beijo do Dragão. - Uma bela melodia infantil, porém muito poderosa. Capaz de limpar a alma de qualquer um. –

                Segui esta melodia até um quadro de uma linda camponesa, que estava pendurado em cima de uma clareira, que por curiosidade, eu o tirei da parede, e vi um pequeno buraco, onde a musica ficava mais forte. E quando eu coloquei minhas mãos lá dentro, senti algo, muito parecido com uma caixa, e no momento que o tirei de lá dentro, vi o que realmente era... O Baú do Dragão. – Um pequeno baú, que sobre ele, havia uma estátua de um dragão, com uma pequena abertura na boca. – Onde devia se encaixar a chave.

O beijo do DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora