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Frederick entrou em casa e ouviu a mãe a gritar:
-Deixa de ser otário, Draco. Não estamos em condições de aceitar as tuas parvoíces. O meu salário não chega para sustentar o nosso filho. E os Domi-Quaquemé não existem!
-Domi-Qualemen, e existem. Eu lembro-me deles. Eles conseguem controlar os elementos e se eu descobrir um, nunca mais teremos problemas com dinheiro.
-Pára, Draco. Precisamos de mais um salário.-chorou a mulher.
-Pede ao teu filho. Ele é quase adulto e não faz nada. Mete-o a trabalhar.
-O nosso filho tem doze anos e é estudante. O único que não faz nada aqui és tu!-cuspiu a mãe de Fred, cada vez a chorar mais.
Fred estava farto. Era demais para ele. Voltou a sair de casa e foi até um café.
Olhou para o velho que estava atrás do balcão e falou-lhe:
-Bom dia, eu deixei cá a minha carteira, acha que  pode ir ver se tem alguma guardada?
-Não me lembro de terem entregado nada, rapaz, mas vou ver.
-Obrigada. -respondeu Fred.
Enquanto o homem entrava na outra parte do café, o rapaz olhou para a caixa registadora. Aproximou -se.
-Tu és honesto! Não és como o teu pai! -pensou ele.
Deu três passos para trás e olhou á sua volta. Reparou num cartaz:
Vaga para empregado.
Sorriu aliviado e o velho voltou.
-Aqui tens rapaz! A tua carteira, certo?
-Oh sim. Muito obrigado.
O velho já se estava a ir embora quando Fred voltou a falar:
-Acha que posso ficar com essa vaga?-perguntou apontando para o cartaz.
-Guarda esse espírito trabalhador para quando fores maior de idade, pequenote.
-Por favor! Trabalho do meio-dia ás nove da noite todos os dias.
-Se me apanham, multam-me. -resmungou o velho.
-Va lá, senhor Pattinson. Eu sou discreto.
-Está bem, está bem. -respondeu impaciente.
-Obrigado. Só mais uma coisa.
-O que é?
-Os meus pais não podem saber.
-Meto uma criança a trabalhar sem o conhecimento dos pais! Estou lixado!-enquanto disse isso, o velho foi até ao outro lado do café e pegou uma t-shirt que dizia “Café Pattinson” e entregou-a ao rapaz.
-Podes começar já. És uma criança por isso não há contrato. Apenas a nossa palavra. Cinco euros á hora? Não dou mais.
-Perfeito!
Fred nem queria acreditar na sua sorte. Arranjou um emprego e vai passar a poder ajudar a mãe. Agora só tinha de pensar numa desculpa para a mãe não descobrir de onde vem o dinheiro.
Chegou a casa ás oito e meia porque o novo chefe tinha-o deixado sair mais cedo. Tinha ficado de lá aparecer amanhã ao meio-dia.
-Cheguei mãe.
-Meu filho, onde te meteste?
-Desculpa,  estava na casa de um amigo a fazer os trabalhos de casa e depois fomos brincar para a rua e distraí-me com as horas.
-Está bem. Para a próxima liga a avisar para onde foste. Tens aí a tua parte do jantar.
A mãe de Fred era uma senhora baixa e gorda. Com a nova obsessão do marido, tem vindo a emagrecer por causa do stress e da falta de alimento. Fred também já passou fome mas nunca se foi abaixo á frente dos pais.


Desculpem, pessoas, eu sei que devia ter publicado este capítulo ontem mas não me lembrei, para ser sincera.
Foi um dia muito cheio e não deu para lembrar 😕
Espero que me perdoem e que gostem do capítulo.
Todos os fins de semana um capítulo será postado.
Se o livro começar a ser lido por mais pessoas a regularidade irá aumentar.
Obrigada e desculpem o atraso.

O Caminho Para A Meia-Noite-A Revolta Da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora