Feliz Natal, Paris (One shot)

Capítulo Único

Hotel Brighton, Paris - 24 de Dezembro às 19:00

  - Ah, oi Pierre, eu já ia pedir que chamassem você... Conseguiu agendar o meu voo para às 20:00?
  - Senhorita...
  - Eu ainda não acredito que comprei passagem só da vinda... Eu não devo ter enxergado as opções do site.
  - Senhorita!
  - Eu não chegarei antes da meia-noite, mas pelo menos...
  - Srta. Sachs! - O recepcionista aflito do hotel interrompeu a tagarelice da Andy, que parecia assustada com o feito. - Eu... Não consegui um voo para a senhorita... Todos de agora a noite foram cancelados devido a uma tempestade de neve. - Andrea não podia acreditar no que acabara de ouvir. Havia ido a Paris para entrevistar um dos mais antigos cuidadores do Louvre, faria uma matéria especial sobre ele em homenagem ao aniversário do renomado museu, mas ficou tão empolgada com a oportunidade, que se descuidou na hora da compra da passagem.
  - Isso não pode estar acontecendo! Quando é o voo mais próximo?

  -Ah... Depois de amanhã.

  - DEPOIS DE AMANHÃ? - A morena disse antes de desmaiar.

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Hotel Plaza Athénée, Paris - 24 de Dezembro às 19:28

- Como assim ninguém está disponível? Será que é tão dificil arranjar um jatinho quando eu quero um? Arrrg. - A mulher desligou, jogou seu celular dentro da bolsa, chamou sua assistente sênior sem parar sua firme passada em direção ao elevador. -Emily, chame o motorista, estamos indo até o aeroporto. - A ruiva apressou-se e fez o que lhe foi pedido, logo as duas estavam dentro da habitual Mercedes à caminho do aeroporto. - Emily, consiga uma passagem para Nova York hoje. - A assistente prontamente entrou em contato com o Charles de Gaulle Aéroport.

- Eu preciso de um voo de 1ª classe para Nova Iorque hoje...O quê? Não, você não está entendendo, é para Miranda Priestly e ela precisa de um voo para hoje! Ta, ta bom, sua incompetente. - Ela olhou para Miranda após terminar a ligação. - Todos os voos foram cancelados por causa do mal tempo...

- Eu não sou surda. Não é possível que eles me farão ir até lá para fazer alguns perderem o emprego. Ande logo com isso, motorista.

- Jeffrey, sra. Priestly. - Miranda rangeu com o nome.

- Que seja.

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Charles de Gaulle Aéroport, Paris - 24 de Dezembro às 21:30

- Meus Deus, moça, eu preciso voltar para NY! Eu preciso ver os meus filhos! - Andrea estava debruçada sobre o balcão de check-in. - Pelo amor de Deus, o senhor precisa fazer alguma coisa! Eu preciso voltar pra casa, eu...

- Eu sinto muito, senhora, podemos acomodá-la em um hotel até os voos tornem-se disponíveis.

- Você só pode estar de brincadeira comigo. - A morena saiu da fila, pegou seu celular e foi em direção a saída praticamente correndo, a pressa e o nervosismo a cegou de uma forma que não percebeu estar se aproximando de alguém que há muito não via.

- Oh céus, me desculpe... - Ela disse antes de paralisar ao perceber em quem havia esbarrado.

- Andrea, algumas coisas nunca mudam, não é mesmo? - A voz fria e cortante penetrou a espinha da jovem menina, mas logo se recompôs para mostrar que os anos de convivência a fizeram reagir melhor ao famoso tom La Priestly.

- Olá, Miranda... Como está tudo? Oi, Emily... - A ruiva revirou os olhos e foi atender o telefone que gritava em sua bolsa.

- Você não deveria estar em NY com as crianças?