*Vou viajar*

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-Canta para mim. -ele pede e eu sorri. Ele deita a cabeça no meu colo e fico a mexer-lhe no cabelo.

-Que música? -perguntei e ele sorriu fraco.

-A nossa. -ele disse e eu suspirei.

Sempre me lembro dos detalhes mais banais
Da cara feia quando eu conheci seus pais
Seus olhos verdes meio cinza no verão
E daquela canção

Lembro dos dias e das noites sem dormir
Das incertezas com a roupa pra sair
Seu jeito fácil de ganhar meu coração
E daquela canção, que diz assim:

Baby, I love the way you make me smile
Maybe, it's just the way you lead the crowd
Lady I've always been a little wild!
Cause I love everything, about you
Baby, eu acho isso tão normal
Maybe, seu jeito de ser tão real
Lady, eu canto pra te ver sorrir
Porque eu amo tudo,
Cause I love everything, about you

Sempre me lembro dos detalhes mais banais
Da cara feia quando eu conheci seus pais
Seus olhos verdes meio cinza no verão
E daquela canção

Lembro dos dias e das noites sem dormir
Das incertezas com a roupa pra sair
Seu jeito fácil de ganhar meu coração
E daquela canção, que diz assim:

Baby, I love the way you make me smile
Maybe, it's just the way you lead the crowd
Lady I've always been a little wild!
Cause I love everything, about you
Baby, eu acho isso tão normal
Maybe, seu jeito de ser tão real
Lady, eu canto pra te ver sorrir
Porque eu amo tudo,
Cause I love everything, about you

Tanto faz se eu disser em outra lingua
Se hoje eu canto com a voz do coração
Eu sei que você vai entender o que eu sinto
Toda vez que ouvir nossa canção

Baby, I love the way you make me smile
Maybe, it's just the way you lead the crowd
Lady I've always been a little wild!
Cause I love everything, about you
Baby, eu acho isso tão normal
Maybe, seu jeito de ser tão real
Lady, eu canto pra te ver sorrir
Cause I love everything, about you  

Olhei em volta e vi que já estava na hora do intervalo, olhei na mesa habitual e vi que todos me olhavam surpresos e chateados.

-Obrigada. -Diego diz com um sorriso nos lábios e eu sorri para ele.

-De nada, eu sei como te sentes. -digo e ele olha-me triste- Ele também era como um irmão para mim. -digo e vejo uma lágrima a cair no seu rosto, limpo-a e ele abraça-me, pois já estávamos em pé.

-Desculpa, por tudo o que eu te fiz. -ele disse e vi que estava a ser sincero.

-Tudo bem. -disse e ele sorriu abraçando-me, novamente.

-Eu vou assumir aquele filho. -ele afirmou e eu sorri para ele.

-Eu acho muito bem. -disse e ele abraçou-me.

-Depois falamos. -ele disse e deu-me um beijo na bochecha, saindo em seguida.

Fiquei um pouco mais ali, sentei-me novamente e olhei para o céu.

-É, cúpido. -murmurei e sorri- Mais uma vez nos unis-te. -disse e olhei para a frente e levantei-me, fui até á mesa e sentei-me entre o Mendes e o JJ.

-O que estavas a fazer com o Diego? -perguntou Nash e eu revirei os olhos.

-Estávamos a falar. -respondo e deito a cabeça nos meus braços que estavam cruzados sobre e mesa, permitindo-me soltar mais lágrimas.

Todos falavam normalmente e eu continuava a chorar discretamente.

-Ema? -ouvi uma voz de choro atrás de mim e vi Diego novamente, ele estava a chorar e eu corri abraçá-lo- Eu não consigo. -ele diz entre soluços.

-Isto dói tanto. -dizemos em coro e continuamos abraçados.

-Ei, ele não nos ia quer ver assim. -murmuro e ele assente, limpo as suas lágrimas e ele as minhas- Nós temos que ser fortes... por ele. -digo e ele assente sorrindo.

-Vamos ser. -ele diz e eu abraço-o.

-Por ele. -dizemos em coro.

-Que raios se passa aqui? -perguntou Matt ao chegar junto com Kath.

-Nada. -digo e Diego assente- Logo vou apanhar um avião para Lisboa, vou ficar lá uns dias, queres vir? -perguntei, murmurando pois ninguém sabia da viagem, e ele assentiu. 

Abraçámo-nos e ele saiu. Voltei a sentar-me no meu lugar e coloquei a cabeça no ombro de Jay, que num movimento rápido me olha, segurando a minha cara entre as suas mãos.

-O que estavas a fazer com ele? -ele perguntou rude.

-Falar -digo simples.

-E para falarem tem que se abraçar? -ele perguntou frio e eu ri.

-Isso são ciúmes, Jack? -perguntei e ele suspirou.

-Eu não confio nele. -ele diz e eu reviro os olhos- Porque estavam os dois a chorar? -perguntou e eu abaixei a cabeça.

-Hoje é um dia difícil para os dois. -respondo e ele assente contrariado.

-Posso beijar-te aqui, á frente de todos? -murmura no meu ouvido, pois ele abraçou-me, eu ri.

-Podes. -murmurei também e ele riu. 

E ele beijou-me, em frente a todos. Em frente dos nossos amigos, do meu irmão e do colégio inteiro.

Parámos o beijo e sorri-mos um para o outro, olhámos o pessoal e eles estavam todos a olhar para nós surpreendidos.

Uma Espinosa\\J.JohnsonOnde histórias criam vida. Descubra agora